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—Eu não aguento mais enterros...— funguei chorosa enquanto arrumava os óculos escuros no rosto, para esconder os olhos inchados.

Estávamos reunidos no cemitério para o enterro de Han, que infelizmente faleceu em Tóquio.

Me senti péssima ao receber a notícia. Han era uma das pessoas que eu mais considerava naquele grupo, Han era uma pessoa incrível e a dor que sentia no meu peito era imensurável.

— Primeiro o Han, e agora o Hobbs tá' no hospital. Caramba! — Tej disse baixo passava a mão pelas minhas costas. — Estamos sendo caçados!

Levantei o olhar para Toretto, que estava parado em frente a foto de Han.

— Ele tá' por aí em algum lugar nos observando...— murmurei.

— Espero que sim...significa que tá' perto! — Brian exclamou.

— Só me promete uma coisa, Brian...chega de enterros! — Roman pediu.

— Só vai ter mais um. — fez uma pausa. — O dele!

— Cadê o Dom? — perguntei ao observar o local onde ele estava antes e não o encontrar.

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— Tô com fome...— reclamei enquanto estávamos no carro. — se o Han estivesse aqui, me ofereceria um de seus salgadinhos.

Abaixei o olhar, brincando com as mãos para disfarçar a imensa vontade de chorar.

— Chegamos. — o homem que estava assumindo a direção do carro disse.

Retirei o cinto de segurança e fiz menção de abrir a porta do carro, mas Tej foi mais rápido que abriu para mim.

— Obrigada, pretinho! — murmurei e deixei um beijo em seus lábios.

— Na boa, o que tá rolando aqui? — Roman perguntou ao ver onde estávamos.

Ignoramos a pergunta de Roman e andamos até adentrar o local.

— Família reunida! — ouvimos um homem velho dizer e ao olharmos em sua direção, vimos Dom junto a ele.

Loucura! — sussurrei

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— Nossa inteligência indica que Ramsey será transportado por um comboio armado através da Cordilheira do Cáucaso. Se conseguirem passar por ela e chegarem aí seu destino...teremos perdido Ramsey. — o senhor Ninguém explicou.

— Pera aí, deixa eu ver se entendi! — Roman começou e eu levantei o olhar em sua direção — Só tem uma estrada pra entrar e sair... despenhadeiro dos dois lados, com um super comboio protegido por um pequeno exército em mais de 1km e meio em cada direção?

— É...mais ou menos! — o velho concordou.

— Terminou? — um dos subordinados do Ninguém perguntou.

— Que mané terminei! — exclamou — Vocês me mandaram invadir uma delegacia, tá tranquilo. Depois me mandaram deter um tanque, eu não pulei de alegria, mas eu fiz! Aí vocês tiveram a brilhante ideia de abater um dos maiores aviões do mundo, que maravilha! — exclamou sarcástico — arranquei aquele piloto lá de cima!

Imitou o gesto de uma arma atirando para cima, mas eu franzi a testa.

— Nada demais, mas isso aqui, meu amigo... é simplesmente a ideia mais idiota que eu já ouvi na minha vida. — continuou.

— Eu esqueci que você foi o único que abateu aquele avião! — Tej disse, tirando a atenção do joguinho que estava jogando antes.

— Até porque, quem atirou no avião fui eu! — completei, o encarando incrédula.

MINA RALÉ - TEJ PARKER Onde as histórias ganham vida. Descobre agora