Capítulo 12 ( lugar de paz )

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Pov/Freen

Não imaginava que o Heng iria ter a excelente ideia de chamar gente para casa, não sei como ainda fico surpresa.

Fiquei brava com o Davi, ele com aquelas gracinhas dele, ele não percebeu que deixou a becky desconfortável? Tem horas que penso que não gostar de homem é na verdade um livramento.

Vitória era uma chata filhinha de papai, nunca gostei dela, ela  muito menos de mim, ainda mais depois que eu fiquei com a ex namorada dela em uma festa de rodeio que teve quando vim da última vez, mas como eu iria saber? Nem sabia que ela gostava de meninas, até hoje ela guarda essa magoa.

Raissa era outra chata, fiquei com ela duas vezes da última vez que vim, deixei bem claro que não queria nenhum compromisso, mas quando ela me ver fica assim, apregada no meu pescoço, parece um carrapato. Tenho certeza que a vitória trouxe ela só para me provocar.

Jogando verdade ou desafio, ôh brincadeira sem futuro, porém ela me fez descobrir uma coisa que me deixou... Digamos, surpresa? Sim, acho que é a palavra, enfim, essa brincadeira infantil me fez perceber que o corpo da becky correspondeu a cada toque, por mínimo que fosse. Na hora em que ela escorregou da bailarina, eu senti que rolou algo ali, mas eu deixei para lá, pois poderia ser apenas o medo de ter caído, mas agora, ela pareceu pedir por cada toque. cada suspiro pesado que eu sentia dela em meu ouvido mesmo que ela tentasse segurar me fazia querer cada vez mais, sentir cada reação dela com os meus toques.

Passou mais algumas rodadas e a garrafa parou na becky.

— verdade ou desafio? - perguntou o idiota do Davi para ela.

— verdade

Davi olhou para ela com um sorrisinho malicioso que me deu gastura

— é verdade que você ficou toda molhada com a chupada da Freen no teu pescoço?

Becky ficou paralisada, sem reação, ela se encolheu um pouco, estava totalmente desconfortável com aquela merda de pergunta.

— já chega, essa brincadeira já deu - falei

— qual é Freen, eu só...

— fica na tua aí seu babaca! Já cansei das tuas gracinhas - nessa hora me levantei, acompanhada de Heng e  Joaquim

— ei, calma aí, furacãozinho. só estava brincando - ele fala ainda sentado com as mãos em rendição.

— cuidado com essas tuas brincadeiras! Pra eu secar um revolver na tua cara tá bem facinho - falo bem firme fazendo o sorriso dele sumir na mesma hora.

— tá foi mal, desculpa becky

Olhei para a becky e ela pareceu um pouco assustada, talvez pelo o meu jeito explosivo, detesto mostrar esse meu lado. Saí dali para ver se me acalmo. não quero perder a razão, ele está bêbado e eu estou sóbria, o que me resta é se acalmar.

Fui para onde os cavalos ficam, vi o dourado e a bailarina, peguei a ração e coloquei um pouco para eles.

— aquele babaca desgraçado, ele vai ver, eu só não...

Sinto alguém se aproximando, coloco a mão na faca que está na minha cintura, estava um pouco escuro não dava para ver tão longe, os passos estavam cada vez mais perto.

— conversando sozinha, senhorita? - era a voz da becky, soltei um suspiro pesado e dei um sorriso.

— eu sou um pouco esquizofrênica - falei e vi ela aparecer na claridade da luz onde eu estava, revelando seu rosto delicado.— desculpa ter explodido daquele jeito, eu só...

No Rastro do Amor - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora