Capítulo 09

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Emy lohan

    Meu coração batia descompensado no meu peito, de forma completamente exagerada, sentia meu pescoço ser puxado com agressividade por aquela corrente. Eu já estava incomodada com a dor agonizante, ele parecia se divertir com meus resmungos de dor.

— O que? Não tá feliz depois de ter vistos seus amigos? — Ele perguntou, não me atrevi a ergue a cabeça e respondê-lo, estava área.

Com um impacto, meu corpo é lançado contra a parede sem alguma piedade, senti minha costas dar uma leve fisgada de dor e meu fôlego sumir. Sinto uma mão fria e grande rodear os dedos pelo meu pescoço me sufocando, meus olhos se fecharam fortemente sem a minha permissão.

— O que? — Os dedos em volta do meu pescoço se fecham ainda mais, sinto um incômodo no meu nariz e a incapacidade de respirar. — Cê tá com medo..?

Os dedos se afrouxam e eu puxo o ar para dentro com agressividade, sentindo o meu pulmão arde. Abro os olhos e olho para o homem na minha frente, era como uma barreira de músculos.

Olhei em seus olhos, antes vermelhos escuros e agora vermelhos puro, como o sangue nítido. Engoli em seco e me incomodei por estar me sentindo estranha.

Seu corpo estava muito próximo do meu, emanava um calor confortável e desconfortável ao mesmo tempo. A pele do meu pescoço estava formigando enquanto meus olhos estavam presos em seus olhos que pareciam estar me hipnotizando.

Engulo em seco enquanto sinto seu corpo se aproximar ainda mais do meu, era como se estivesse um imã ou ele estava fazendo aquilo. Entreabro os lábios sentindo que não estava conseguindo puxar o fôlego.

— Responda. — Ele tocou seus dedos frios no meu rosto. Mesmo que estivessem frios como o gelo, seu toque parecia me queimar. — Você tá com medo?

— S-sim, senhor. — Sou sincera, e sinto o seu hálito quente bater sobre a pele do meu pescoço me deixando arrepiada.

Não tenho tempo de retomar nem as forças nas pernas quando ele volta a me puxar com brutalidade pela maldita coleira. Franzo a sobrancelha, como ele havia conseguido me enforca sendo que a coleira estava no meu pescoço?

Andamos minutos por aquele grande corredor, não importa quantos anos eu passe aqui, eu nunca vou me acostumar com o tamanho desse lugar. As pessoas que vivem aqui me olham como se eu fosse algum tipo de animal.

— Você é. Você é meu animalzinho. — Escuto sua voz dentro da minha cabeça e fico trêmula, ergo um pouco da cabeça para olha para seu rosto. Ele está neutro, parece que nem falou algo assim.

Encolho os ombros e abaixo a cabeça, eu teria que fazer um acordo, fugir ou cometer suicídio. Todos as opções pareciam perigosas demais, e se eu fizer um pacto com o diabo?

Levanto a cabeça e quase na nossa frente estava o castiel, ele estava ajeitando a manga da sua camisa. Seu cabelo estava alinhado perfeitamente, balanço a cabeça e desvio o olhar para o chão novamente.

As correntes são jogadas no chão assim que o rei se aproxima o suficiente do príncipe, olho para cima observando o dois se encararem.

— Não a toque. — A voz do rei Kendrecky soa perigosa, sinto minha garganta ficar seca.

— E se eu o fizer ? — Nos lábios do príncipe a um sorriso desafiador, o qual eu fiquei admirando, pois seus dentes eram tão lindos e alinhado, suas presas eram um pouco grandinhas. 

— Vou te considerar um mero mortal. E você sabe o que eu faço com os mortal. — Ele disse, seus olhos ficando vermelhos escuros novamente.

Castiel solta outro sorriso e se aproxima de mim, vejo o rei Kendrecky entrar na grande porta a sua frente, sinto meu fôlego finalmente voltar. Sem que ninguém me mande, recolho a corrente do chão, olhando perdidamente para a porta que o rei entrou. Ofereço a corrente para o príncipe.

A escrava do Demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora