EMA LOHANMEUS olhos não tinham força o suficiente para se manter abertos, os fechava a cada dois a um minuto pela falta de claridade. Eu consigo ouvir o gemido de dor dos meus amigos e ouço a voz de petra soar baixa em um pedido de ajuda.
Forço o meu corpo para se manter em alerta e acordado, mas tudo parece impossível, parece que qualquer movimento falso, aquele homem nos mataria.
— Ajuda... — Sinto meu peito se aperta ao ouvir a voz de petra novamente. Fecho os olhos e aperto os dentes tentando segurar a vontade de chorar. — Água.
Levantei a cabeça e tentei procurar alguma coisa que pudesse servi para chamar a atenção, as correntes presas no meu pulso não me permitia ir muito longe.
Mordo o lábio inferior com força tentando formar algum tipo de coragem, sem pensar muito começo a bater a corrente no chão. Eu sou a que está em condições de pedir ajuda ou ao menos um pouco de água.
— Ei! — Gritei, minha voz estava rouca pelo tempo que passei sem falar. — Tem alguém aí!?
Continuei gritando enquanto batia a corrente no metal que prendiam a gente na parede, estava procurando forças que nem sabia que poderia ter.
A minha preocupação com a minha irmã apenas aumentava a cada minuto que eu passava naquele lugar, pequeno e úmido. Parecia que estávamos dentro de uma lata ou algo do tipo.
— Chega Ema, ninguém vai vir. Não gaste sua saliva. — Ouço a voz de will, cerro os dentes não satisfeita com aquilo, eu iria continuar a bater até que viessem aqui e arrancasse meus braços.
Mas não precisei fazer mais nenhum movimento, o homem albino entrou pela grande porta trazendo um pouco de claridade para a gente, ele acendeu a luz do local. Pisquei os olhos sentindo eles ficarem doloridos pela claridade.
— Quem tava gritando? — Ouço a sua voz fria e sinto meu corpo estremecer. Abaixo a cabeça e resmungo um: "fui eu." — O que disse? Não consegui ouvir.
— Fui eu. — dessa vez minha voz saí um pouco mais alta, no entanto não tão alto como eu queria que fosse. Os olhos azuis estavam focados em mim dessa vez.
— Você deve ser a Ema..— Ele resmungou meu nome em um tom baixo, engulo em seco e minha garganta parece arranhar pela falta de algo úmido.
— Por favor.. nos dê água, vamos acabar morrendo desidratados. — Ouço will dizer com a voz baixa, aquilo para ele era quase um pedido de socorro. Era um pedido de socorro.
Fecho os olhos novamente tentando conter o aperto no peito, parecia que a qualquer momento aquele aperto iria ser tão intenso ao ponto de esmagar o meu coração.
— Por que eu faria isso? — O homem zomba olhando para o will dessa vez. — É isso que a Emy quer.. que vocês morram, de maneira lenta. — Ele continua falando com a voz baixa e carregada de alegria. — Mas, eu não sou esse tipo de pessoas, vou mandar água para vocês. Preferem quente ou...
Sinto meu estômago se revirar ao imaginar no que ele estava pensando em dar para eu e meus amigos beberem. A comida quase não vinha e a falta d'água poderia nos levar a morte lenta.
— Aguardem.. vocês invadiram por escolhas de vocês, caso ao contrário.. — Ele deixou a frase morrer, e eu já havia entendido que estávamos pagando pelo nosso próprio erro. Abaixo a cabeça, derrotada.
...
Aquele homem saiu do nosso 'cativeiro' a quase 2h e até agora estávamos olhando ansiosamente em direção da porta, por mais que a luz fosse pouca ainda dava para enxergar pela brecha por debaixo da porta.
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A escrava do Demônio
Paranormal"- Deves voltar, e nunca mais prosseguir nesse caminho. Volte antes que seja tarde, antes que ele a pegue. E se ele a pegar, nem Deus é capaz de tirá-la dele." Emy é uma adolescente que mora em um pequeno vilarejo de 100 habitantes. Apesar de sua...