Capítulo 11

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     Ema e os outros continuaram a se enfiar dentro daquele túnel, esperando que aquilo os levassem para fora daquele lugar, saindo daquele castelo era o que mais importava para eles naquele momento.

— Vamos voltar com ajuda.. — Um deles fala com a voz baixa, ema apenas acena com a cabeça não dando tanta importância. — Mesmo que Emy seja uma traidora, vamos resgatá-la e fazê-la pagar.

Ema conseguiu engolir aquele ódio momentâneo sabendo que se explodisse agora, eles a olharia com os mesmo olhos que olham para a emy agora, e ela queria tudo menos isso.

— Tenho medo desse túnel não levar a gente a lugar algum. — Laís sussurrou, seus olhos fixos nas paredes que pareciam ficar mais apertada e sufocante a cada passo que eles davam.

— Eles nem notaram nosso sumiço ainda, não seja pessimista. — Will diz, a maneira como seu tom saiu, parecia que ele estava com raiva.

Ema engoliu em seco se sentindo que seu fôlego sumia cada vez mais rápido, ela não sabia exatamente se isso era algum efeito do nervosismo que ela estava a sentir, mas alguma coisa era.

O chão molhado causava um barulho pegajoso quando eles pisava no chão, os pés descalço se ferindo com algumas pedrinhas que haviam naquele lugar, naquele momento eles sentiam tudo, cada dor, cada agonia, cada arrepio. Tudo.

Ema puxou o ar com agressividade se sentindo cada vez mais incapaz de respirar corretamente, uma das mãos dela foram parar na parede grudando e que cheirava a algo metálico. Sangue?

Ela olhou para os dedos que supostamente agora estavam sujos daquela gosma nojenta, mas ela não se importou com aquilo. Ela piscou os olhos tentando focar a sua visão, que aos poucos começava a ficar turva.

— Ema, está tudo bem? — Heitor, era a voz dele. Ela reconheceria aquela voz até no inferno, ela tentou saber a direção que a voz vinha. Mas não precisou fazer muito esforço pois sentiu os dedos dele no rosto dela.

— O que aconteceu com ela? — Foi a vez de Beth perguntar, sua voz estava baixa. Não queria chamar muita atenção.

— Ela está pálida. — Heitor respondeu, ainda segurando o rosto dela. Ele olhou para a mão dela e fez uma careta de nojo quando viu que o braço da garota estava todo sujo pela aquela gosma que fedia a sangue podre. — Isso é sangue?

Todos se aproximaram de ema, a deixando cada vez mais sufocada, ela pensava que eles iriam ajudá-la e não a pressionar ainda mais. Ela fechou os olhos e a cabeça dela caiu para frente.

— Sim, parece ser sangue... — Will respondeu, enquanto pegava um pouco daquele líquido da parede com os dedos e o levava até o nariz. — Está por todo o chão e parede.

— Esses desgraçados fizeram um massacre? — Laís perguntou para si mesma enquanto olhava para o chão, onde pisava, seus pés morenos estavam todos sujos pelo líquido que antes vermelho agora era preto.

— Fala baixo, você enlouqueceu? — Petra disse, se referindo a Laís que parecia não se importar com a altura da sua ira.

Ema, que até esse momento respirava como se estivesse corrido por horas, sentiu algo como um embrulho em seu estômago, ela mordeu o lábio inferior se recusando a deixar aquilo tudo mais nojento.

Heitor tocou as costas dela e fez um leve carinho, ele notou que ela estava com ânsia e apenas queria ajudá-la a liberar aquilo, os olhos castanhos escuros estavam vidrados no rosto pálido da garota, apenas esperando pelo momento que ela voltaria ao normal.

O chão começou a ficar trêmulo, e todos olharam assustado um para o outro, parecia que o chão se partiria ao meio. Heitor, sem hesitar pegou a ema no colo, colocando um braço na curva do seu joelho, e o outro no meio das costas dela.

A escrava do Demônio Kde žijí příběhy. Začni objevovat