Capítulo 25 - Casal

1.3K 192 14
                                    

Noah Williams

Encaro minha mulher rindo enquanto conversa com as meninas.

Eu me sinto estranho desde o ocorrido, me sinto assim porque eu sei que se fosse por ela, ela não estaria aqui.

Se não tivesse um maluco atrás dela, ela não estaria aqui. Eu teria a perdido.

Já tenho bastante gente atrás desse cara e, ao mesmo tempo que eu queria achá-lo, eu tenho medo de encontrá-lo e ela me deixar. Bom... Mas, a segurança delas em primeiro lugar.

Até porque, se ela pensa que vai me deixar, ela está bem enganada. Todos pensam que eu fui errado em prendê-la, mas não, eu sei que eu não fui. Ela iria me deixar. Se for preciso, a prendo novamente, e dessa vez seria para sempre.

Só de pensar em ficar longe dessa mulher, deixo meu lado louco tomar conta e me imagino sequestrando-a.

- Meu Deus! - minha mulher diz e ri, me fazendo voltar dos meus pensamentos nada saudáveis. - Eu não consigo imaginar o senhor Austin correndo assim - ela diz ainda rindo.

- O chame pelo nome - diz Ellie sorrindo.

- É por isso que eu chamo ele de abelha - Alice diz e ri junto com a Lua.

- Amor, fala pra Lua que é mentira da Alice - Austin fala com os braços cruzados e um biquinho nos lábios. Patético, parece uma criança.

- É a verdade, e não adianta a Ellie negar. Quem manda você ser o cão quando era criança, não sei pra que você foi tentar derrubar uma colmeia - Alice diz.

- Foi pra ver se tinha mel, tá bom? - Austin diz ainda com os braços cruzados. - E isso não tem graça - ele fala.

- Titio Austin correu pelado - diz Damon rindo e todos riem juntos.

- Agora que todos já riram, podem ir pra casa - digo de cara fechada.

- Puxa vida, mas eu e minha princesinha nem começamos a bincar - Damon diz e eu fecho a cara.

- Olha só, seu catarrento... - antes que eu termine, Justin toma a frente.

- Chame meu filho de catarrento de novo e eu juro que você sai daqui direto pro hospital - ele diz sério. São poucas as vezes em que vemos o Justin sério.

- Amor, calma - Alice diz e no mesmo momento Justin baixa a guarda. Ele pega seu filho e vai até ela.

Nesse momento, ouvimos um riso e olhamos pra baixo.

Sorrio ao ver minha filha engatinhando.

- Amor, você está engatinhando - diz minha mulher rindo maravilhada.

Vejo minha filha ir engatinhando até o catarrento mirim sorrindo.

Ele sorri com a mesma cara que o pai, cara de idiota, enquanto olha para Jade.

- Você veio pra mim. Você é minha pincesa e vamos nos casar - ele diz e sorri.

Lua Meneses

Me assustava com o fato de uma criança deste tamanho estar falando sobre isso.

É óbvio que eu sabia que ao crescer minha filha iria se apaixonar e casar, mas ela é uma criança ainda.

E isso, isso é bem problemático.

- Filho, o que nós conversamos com o papai? - Alice diz com a cara fechada.

- Tá bom, nós vamos ser amigos - diz ele triste.

- Amigos, vocês são bebês ainda - Alice ressalta novamente.

- Eu posso levar ela até o quarto que tem bincredos? - ele pergunta olhando para mim. - Eu po-prometo que não vou bagunçar nada, tá bom? Mamãe pode até tirar meu mama se eu bagunçar - ele diz e eu assinto com a cabeça.

Carrego minha filha até o quarto que o Noah mandou fazer para Jade, que era muito lindo. Me assombra a rapidez com que foi feito.

Abro a janela do quarto e deixo a porta aberta ao sair de lá.

- Você quer bincar de Barbie? Sabia que eu já assisti muitas barbies com meu papai? É muito legal. Quando você ficar gande como eu, você assiste também. Você gosta de sorvete? - ele diz e parece esperar ela falar. - Eu gosto muito. Eu gosto de pilurito também.- ele diz. - Mamãe diz que eu sou uma fomiga. Uma vez uma fomiga me mo-mordeu e eu chorei muito...- dou risada baixa ao vê-los conversar. E o mais incrível é que a Jade parecia interessada no que ele estava dizendo.

Volto para a sala e vejo que o Noah não estava lá. Agradeço mentalmente por isso. Eu sei que deveria agradecê-lo pela segurança, mas não deixo escapar a memória de seus erros.

É até estranho o fato de eu confiar e ter medo dele ao mesmo tempo.

Ele mentiu para mim, escondeu sua verdadeira identidade e ainda me sequestrou.

Mas temo sair daqui, pois sei que não seria capaz de passar mais do que uma semana viva, e eu não temo tanto por mim. Mas, sim, pela minha filha. Aquele homem viria atrás de mim e só de pensar na hipótese de minha filha em perigo, meu sangue gela.

°•°•°

Estava conversando com as meninas quando ouço um grito da minha filha.

- MAMA. - Ela diz isso e logo sua voz é interrompida por um choro alto.

Sem pensar duas vezes, corro em direção ao quarto e os outros me seguem.

Ao chegar lá, meu sangue gela com a cena. Sinto que meus piores medos voltam à tona.

Espero que gostem...♡

Noah Williams | Trilogia seu idiota possessivo Onde histórias criam vida. Descubra agora