Capitulo 17|Coordenadas

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Maratona 2/2

John Mitchel

Há cinco anos, desde que Tiana partiu deste mundo de maneira trágica, tenho seguido uma trilha sombria em busca de respostas. Começou nos laboratórios dos Estados Unidos, onde nosso passado se entrelaçou de maneiras obscuras. A dor da perda se transformou em determinação feroz quando decidi que Wyatt deveria pagar, de uma forma ou de outra, pelo que fez.

Contratei investigadores privados, esmiuçando cada pista, cada sombra que Wyatt poderia ter deixado para trás. No entanto, a busca revelou-se uma dança frustrante com o desconhecidos. Meus recursos se esgotaram, mas a chama da vingança continuou a queimar.

Junto aos amigos de confiança, rastreamos pistas que nos levaram a becos sombrios e cidades distantes. A frustração se entranhou em cada fracasso. Até mesmo uma visita ao antigo laboratório, onde os horrores começaram, se tornou inevitável. A sensação de estar lá novamente desbloqueou medos que eu pensei ter superado.

Os corredores frios e estéreis ecoavam memórias enterradas. Cada passo reverberava com a sombra do passado, uma lembrança constante de tudo que perdemos. O cheiro de produtos químicos pairava no ar, misturado com a amargura da vingança não concretizada.

Nossas buscas, embora cheias de tenacidade, não revelaram o paradeiro de Wyatt. Ele escapava como fumaça entre os dedos, deixando-nos com perguntas não respondidas e uma ferida aberta em nossos corações.

Enquanto o tempo avançava, a busca tornou-se mais do que uma missão de vingança. Era uma jornada para encontrar paz, para encerrar este capítulo doloroso que nos perseguia. Mesmo que Tiana tenha partido, sua presença ecoava em cada esquina, alimentando a chama que nos impelia a seguir adiante.

Cada noite era marcada pela incerteza, mas a determinação permanecia inabalável. Eu continuava a busca por Wyatt, atravessando fronteiras físicas e emocionais, enfrentando os fantasmas do passado com a esperança de que, em algum lugar, a justiça seria encontrada.

As luzes da lanterna cortavam a escuridão, revelando corredores sombrios e salas empoeiradas. Era a quinta vez que adentrávamos o antigo laboratório abandonado, e a tensão pairava no ar como um manto pesado.

Ivan, o mais experiente do grupo, dirigiu-se a mim com um tom preocupado.

- Parece que Wyatt deixou este lugar como um quebra-cabeça sem solução. Mas não podemos desistir, meu amigo. Vamos encontrar uma pista desta vez.

Ingrid, cuja coragem era tão inabalável quanto seu olhar determinado, concordou.

- Temos que pensar fora da caixa. Talvez alguém que tenha trabalhado com ele ainda esteja por aqui, escondido nas sombras.

Enquanto avançávamos pelos corredores labirínticos, o som de nossos passos ecoava, misturando-se com o rangido ocasional de portas enferrujadas. Sidra, sempre perspicaz, sugeriu:

- Talvez deveríamos nos separar para cobrir mais terreno. Se alguém estiver escondido aqui, podemos surpreendê-lo.

A ideia gerou murmúrios de aprovação e, com uma troca de olhares determinados, dividimos o grupo. Cada um mergulhou na escuridão, sua lanterna servindo como guia por entre destroços e lembranças sombrias.

Enquanto explorávamos, a tensão crescia. Os murmúrios do passado ressoavam nos corredores, como se as paredes tivessem memória própria. Meu coração batia forte enquanto vasculhávamos salas esquecidas e laboratórios decadentes.

De repente, a voz de Liam ecoou pelo rádio.

- Encontrei algo. Uma lista de funcionários antigos. Pode ser que alguém aqui saiba algo sobre Wyatt. - Rapidamente, nos reunimos em torno dele, nossas esperanças renovadas.

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