𝐱𝐯𝐢. ❝ 𝒗𝒊𝒓𝒐 𝒖𝒎𝒂 𝒆𝒔𝒑𝒊𝒂 𝒔𝒆𝒎 𝒔𝒂𝒃𝒆𝒓

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Estávamos exaustos, a volta provavelmente foi mais demorado por esse motivo, além do fato de estamos carregando um escudo enorme e pesado pelo trajeto todo.

— Então Hillary, quem era aquele? – revirei os olhos quando Jackson implicou comigo, dando ênfase no meu nome

— Era Hefesto, batemos um papo super amigável. – disse sarcasticamente. — E você tá se achando porque eu contei meu segredo, não tá? – ele deu um sorriso, afirmando com a cabeça

— Só um pouquinho. – ele murmurou, tirando o escudo de Ares dos meus braços, estávamos revezando durante o caminho

— Nem pense que vai sair ganhando sozinho, estou esperando um segredo. – cutuquei seu ombro, me certificando de que ele prestava atenção

— Não tenho segredos. – ele afirmou, rapidamente dei um leve tapa em seu pescoço. — Ai!

— Todos tem segredos, diz pelo menos um. – insisti, ameaçando lhe dar outro tapa se não fizesse

— Deixa eu pensar... Eu gosto de comidas azuis. – ele respondeu, achei que fosse uma brincadeira já que existiam pouquíssimas comidas azuis pra aí, mas, quando olhei pro garoto, notei seu olhar se aprofundar na rua vazia, pensamentos o distraindo

— Qual sua favorita? – questionei, levemente curiosa

— Adoro panquecas azuis, mas os bolinhos azuis que a minha mãe faz no meu aniversário também são muito deliciosos. – ele pareceu entusiasmado ao falar sobre

— Minha mãe costuma fazer bolos de morango pra mim, no meu aniversário. Não existe melhor sabor. – afirmei, minha boca salivando só de pensar no gosto do doce

— Você precisa provar cookies azuis. Se ainda estivermos vivos, vou fazer você provar o melhor sabor de todos: Azul. Está oficialmente convidada pro meu aniversário, mas só se trouxer um pedaço do tal bolo de morango, fiquei curioso. – dei uma risada com a forma animada que ele falava sobre comidas azuis

— Quando é seu aniversário? – questionei

— Dezoito de agosto. – ele disse rapidamente, meus olhos se arregalaram instantaneamente

— Só pode ser brincadeira, é no mesmo dia do meu aniversário. – dei uma risada, o garoto pareceu tão surpreso quanto eu

— Sério? Isso é uma super coincidência! – uma lembrança passou por minha cabeça

Estava com minha mochila nas costas e parei por um instante, procurando algo em um dos bolsos. Quando achei, não pude deixar de abrir minha boca em surpresa.

— O que foi? – Jackson questionou, entreguei a foto a ele

Era a polaroide antiga que tinha levado para a missão, eu tinha acabado de nascer, a data dizia dezoito de agosto. Usava uma saída de maternidade vermelha no meu corpo, na touca que usava estava escrito: Hillary, dormia num berço.

Mas, no canto da foto, quase cortado, era possível ver um outro bebê, com uma roupa azul, tinha um bordado nela, nunca havia prestado atenção, mas, se forçasse o olhar, conseguia enxergar: Perseu.

— É você. – apontei para o recém nascido encolhido

— Sabia que reconhecia essa roupa. – ele disse, sorrindo ao analisar a foto

— Provavelmente é onde nossas mães se conheceram. – sugeri, ele concordando

— Talvez sorte, talvez azar, mas acho que fomos destinados a ser amigos. – ele disse, dando de ombros e me entregando a foto novamente

𝗛𝗘𝗔𝗩𝗘𝗡 𝗔𝗡𝗗 𝗦𝗘𝗔, percy jacksonWhere stories live. Discover now