𝗛𝗘𝗔𝗩𝗘𝗡 𝗔𝗡𝗗 𝗦𝗘𝗔, percy jackson

𝐎. ❝ 𝒓𝒐𝒖𝒃𝒐 𝒖𝒎 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒎𝒆𝒖

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Percy's Point Of View

Between “ The Lighting Thief ” and “ The Sea Of Monsters ”

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Não esperava vê-la mais, talvez fosse um pouco desesperado dizer isso ao se passarem somente dez minutos, mas estava levemente nervoso e sequer sabia a razão.

Tínhamos conversado por mensagens de Íris, combinando um encontro já que ela estava por perto, não encontro, mas uma reunião, bem, isso não importa.

Já havia comprado os ingressos e a pipoca amanteigada, sabendo que ela gostava como havia dito milhares de vezes a mim.

Minha ansiedade estava completamente desregulada, meu coração batia sem ordem e meus pés seguiam o ritmo nervoso.

No instante em que eu estava prestes a partir, um barulho de passos atrás de mim me fez virar. Foi então que avistei Hydra.

A princípio, quase não a reconheci.

Seu cabelo havia crescido alguns centímetros, tornando-se mais longo e escuro do que nunca. Ela estava vestida de forma casual, com uma calça jeans desbotada, uma regata preta básica e seu par de All-Stars cinza que, de tão desgastado, se tornara um clássico seu, sem contar com sua mochila vermelha nas costas. Havia algo diferente no seu rosto. No canto do pescoço, pude notar algumas cicatrizes leves, marcas sutis que logo desvaneceriam.

Eu não podia evitar, estava completamente absorto nela, como se fosse a primeira vez que a via.

— Terra chamando Ariel, tudo bem Cabeça de Peixe? – a voz de Hydra me tirou do transe

Não pude esconder o rubor nas minhas bochechas quando percebi que encarava a garota sem qualquer discrição.

— Você tá... – minha tentativa covarde de dizer algo me fez gaguejar, suor escorrendo entre meus dedos trêmulos

— Atrasada? Eu sei! – a menina me interrompeu. — Tentei ajudar uma senhora a atravessar a rua, mas, quando chegamos do outro lado, ela tentou arrancar minha perna e se transformou num monstro de três cabeças. A cada vez que cortava a cabeça errada, outra crescia, e demorei um tempo para acertar. Depois disso, tive que fugir de alguns policiais que me acusaram de maltratar uma idosa e voei até o topo de um edifício, depois quase quebrei a perna na hora de sair lá de cima. O importante é que cheguei. – era incrível como ela passara por tudo isso e ainda parecia ter saído de um salão de beleza

— Você voa agora? – questionei, curioso com o fato, mais calmo pela casualidade com que contou sua história

— Eu faço várias coisas diferentes agora, por exemplo... Isso. – tentei ignorar meus pelos arrepiados quando ela encostou meu braço, usando a desculpa de que era somente a eletricidade da filha de Zeus

Não entendi o que pretendia, até que a menina sorrisse maliciosamente antes de me dar um choque, fazendo meu corpo retesar instantaneamente.

— Isso é novo. – suspirei, agarrando sua mão para que não fizesse novamente, sabendo que gostava de me ver com dor, o que era psicopata da parte dela, mas eu não ligava muito

— Vamos ver o filme ou não, Cérebro de Nemo? Preciso comprar minha pipoca com...

— Vamos, já comprei os ingressos e a pipoca, com o dobro de manteiga, porque senão a Estressadinha fica mais estressada. – provoquei a garota, recebendo um soco no antebraço

— Sorte que eu quero mesmo essa pipoca senão te dava um mata leão. – ela disse, pegando o balde de pipoca e me seguindo até a sala

Suor escorreu por todo o meu corpo quando percebi que não havia mais ninguém na sala além de nós dois.