Azul

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Soraya Thronicke

" Se essa for minha última noite com vida, quero viver com um pouco de dignidade..."

Voltar pra casa com a Simone interrompendo nossa viagem antes da hora foi ruim mas ao mesmo tempo tinha que ser feito, viajar com a Simone foi um sonho, tivemos muitos momentos felizes e eu pude conhecer mais ainda a mulher que eu amava, estávamos criando uma ligação que ninguém iria conseguir quebrar, era algo tão forte, eu me sentia ligada a ela de uma forma que eu não sabia explicar nem compreender.

Para que essa ligação não fosse quebrada fora do jogo para que a gente não tivesse que falar preto de novo para terminar com nossa relação D/s por causa do controle excessivo da Simone, tínhamos criado duas palavra de segurança novas o Laranja e azul, Simone vivia e respeitava as regras, fora do jogo o Laranja significava que o lado dominador da minha namorada estava entrando na minha vida fora do jogo, eu tinha usado ele apenas 2 vezes desde então e a Simone tinha respeitado bem, a outra palavra era azul, azul significava que a escolha era minha não dela, era eu que tomava as rédeas da situação, azul eu nunca tinha usado ainda.

Com as nossas sessões eu consigo até me comunicar com ela através do olhar, isso ficou até perceptível quando estávamos em ação contra os alemães na Itália, nós duas estávamos tão conectadas e na mesma frequência de pensamento que fazíamos os movimentos ao mesmo tempo, nossa relação BDSM tinha tudo haver com isso.

Para praticar o BDSM tínhamos que ter confiança uma na outra, principalmente minha para com ela, se tinha uma coisa que eu sentia em relação a Simone era confiança, eu confiava na Simone de olhos fechados, mãos e pernas acorrentadas e boca amordaçada, essa confiança se estendia para fora do quarto vermelho, isso entrava na nossa relação como namoradas e agora como parceiras de crime.

Antes de tomar qualquer atitude Simone escolheu primeiro esperar a virada do ano e estudar, as mortes na Itália como era de se esperar foi abafada, nem chegou como notícia nos jornais muito menos aqui na Flórida mas nas ruas o ataque foi se espalhando como pólvora mas nossas famílias ficaram quietas, Simone estava estudando todos os alemães da Flórida, ela não iria limitar sua vingança apenas a Miami, iria se espalhar pelo estado e depois Nova York.

Simone não queria eles em lugar nenhum onde a família dela tinha negócios e domínio e como eles tentaram me matar minha família iria ajudar com armas e homens, agora éramos praticamente uma coisa só, meu pai e o da Simone estavam até conversando para que minha família começasse a transportar as drogas da família Tebet, como tínhamos vagas em portos espalhados pelo país inteiro e fora do país pra transportar mercadorias iria ficar mais fácil transportar a mercadoria deles.

Parecia que no final das contas não era só amor entre eu e a Simone, Idinah e Lauane, que iria unir nossos famílias, os negócios estava no nosso sangue, agora os negócios iria deixar nossas famílias mais unidas em tudo e em todos os momentos. No começo eu tinha alguma duvida se nossas famílias iriam se dar bem mas agora eu tinha certeza que sim, tudo iria ficar bem.

- Tá pensativa - Disse a Simone atrás de mim.

Suspirei sentindo suas mãos fazerem uma massagem gostosa nos meus ombros, estávamos dentro da banheira tomando banho depois de outra sessão deliciosa.

- Eu estava pensando no quanto nossas famílias se dão bem coisa que eu pensei que iria ser mais complicado - Falei para Simone que sorriu e beijou meu ombro.

- Também achei que iria ser mais complicado, seu irmão ainda me odeia - Ela disse me fazendo rir.

- Luca é teimoso mas ele não te odeia mais, tenho certeza que ele vai matar por você na missão - Falei pra ela.

Submissa Versão SimorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora