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Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidade, na verdade a repulsa das pessoas por mim se tornou minha auto aversão, tudo isso antes dela... antes de conhecer ela... minha, pra sempre...
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2009 PRESENTE
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Eu estava na cozinha ajudando Rita, a cozinheira descascar batatas mesmo ela insistido pra eu não fazer.
-Senhorita Catarina não precisa. -Falou.
-Claro que precisa e afinal eu estou muito atoa nessa casa. -Eu ri e ela me acompanhou.
-Tá bom. -Falou desistindo.
-Você mora aqui perto Rita? -Perguntei.
-Na verdade mais perto da cidade do que daqui. -Respondeu.
-Aah sim.
-Eu estava procurando trabalho de cozinheira a um bom tempo, desde que...
-Desde que o que? -Perguntei.
-Desde que fui despedida da casa de uma família, fui acusada de roubar uma joia e então me colocaram na cadeia, mas depois fizeram um acordo comigo e pagaram minha fiança. -Falou.
-Que família?
-Eu não deveria ter te contado isso, eu... esquece isso Catarina.
-Mas Rita... -Tentei.
-Não! Não a mais nada a falar. -Falou.
-Você pode buscar algumas flores no jardim por favor, pra decorar a casa? -Pediu mudando de assunto.
-Certo, eu vou. -Peguei uma cesta ainda olhando pra ela e saí para o jardim.
Colhi, rosas, tulipas, margaridas e gérberas. Coloquei na cesta de flores e entrei novamente. Eu gostava daquele jardim, antes de entrar ouvir um barulho de água.
-Rita, tem um rio aqui perto?
-Aah tem sim. -Falou secando as mãos no avental.
-Fica um pouco longe da casa na parte norte da cidade.
-Hum... -Falei.
-Tem trilha pra ir até lá?
-Na verdade sim, mas apenas a pé, a trilha é estreita.
