Old friends

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Tenham uma ótima leitura!!!✨✨✨


Kimhan


-Senhor Kim, algumas áreas estão quase limpas. – Um dos guardas avisa, por telefone.

-Muito bem, faça uma separação de grupos entre vocês. Se dividam e busquem outros locais.

-Certo. – Encerramos o contato.

A situação por enquanto está estável, somente algumas cidades estão sendo contaminadas. De acordo com a minha lógica, precisamos manter esse ritmo de segurança, para acabar com todos os infectados.

Quando contraído o vírus, suas aparências mudam completamente. Assim como nos filmes e séries, as pessoas morrem, se tornando outro tipo de ser.

O efeito pode surgir em questão de minutos; segundos ou dias dependendo do organismo da pessoa. Pelas minhas pesquisas, o vírus pode ficar no corpo de alguém até 3 dias, antes dela se transformar por inteiro.

Caminho em direção a sala de treinamento, preciso distrair minha cabeça com alguma coisa. Antes que eu pudesse de fato entrar, fui barrado por Arm.

-Senhor Kim, sinto muito, mas a sala de treinamento está indisponível no momento.

-O que aconteceu?

-Estamos treinando um próximo guarda.

Então meu irmão conseguiu trazer Porsche para o seu lado, estava ansioso pra ver até onde isso iria dar.

-Ah, senhor Kim. O senhor Kinn pediu para avisar que a segunda família fará uma visita hoje.

Assinto, retornando ao meu quarto.

A vaga de chefe da segunda família, ainda não foi fechada. Diga-se de passagem, que queriam me colocar no cargo e eu prefiro morrer do que assumir uma coisa dessas.

Estou aqui somente para ajudar meus irmãos e nada mais.

••••••••••••


Porchay


Acordo, sem Porsche na cama ao lado.
Pelo visto, ele deve estar começando seus treinamentos. Me levanto, iniciando minha nova rotina repetida.

Escuto a porta bater, não vai ser fácil acostumar com isso, ainda mais quando você acaba de acordar. Abro, vendo uma jovem moça, também guarda-costas.

-Bom dia, Porchay. Seu café da manhã está pronto, por favor me acompanhe.

-Precisa ser agora?

-Sim, receberemos uma visita em breve da segunda família. Nossa cozinha não pode estar ocupada até lá.

Suspiro acompanhando a mulher, felizmente o local não era tão longe comparado a outros que parecia uma eternidade para achar. De cara, encontro o estranho Kim na mesa.

-Senhor Kimhan, você já deve conhecer Porchay, não é? – A mulher apresenta.

-Não conheço. – Ele responde, bebendo um gole de suco. – Aproveite seu café, Porchay.

Ele se retira, sorrindo minimamente antes de partir.

Mas que babaca.

-Sinto muito, o senhor Kim não é muito aberto com as pessoas.

-É e eu nem percebi.  – ironizo, me acomodando na cadeira, impressionado com a quantidade de opções na mesa.

Essa segunda família deve ser bem importante, óbvio né Porchay? São uma máfia.

Tomo o café e experimento os acompanhamentos, com todo gosto. Afinal, passei um bom tempo sem comer direito, o que torna meu paladar ainda mais ativo.

Isso tudo é delicioso.

Penso no meu plano de fuga, primeiramente preciso saber qual o horário específico em que os guardas não estão de vigia. Dependo completamente dessa informação, além de conseguir driblar as câmeras de segurança.

Sinto muito... Porsche.

••••••••

Novamente dentro quarto, sinto a solidão me preenchendo. Queria voltar viver como antes... Sorrir; aproveitar minha vida de universitário com os meus amigos; ajudar meu tio e brigar com Porsche sobre dinheiro.

Eu perdi toda essa energia, em questão de segundos.

Estou tão sufocado.

-Ei, Porchay. – Porsche finalmente aparece, entrando de surpresa no quarto.

-Irmão! – O abraço fortemente, mesmo que eu esteja com muita raiva.

-Você está me odiando, não é? – Ele retribuí o contato.

-Claro que sim, mas você ainda é meu irmão. Por favor, não me deixe sozinho.

-Desculpe, pequeno. – Nos separamos. – Juro que aceitei entrar nessa só para te proteger, e assim conseguirmos fugir.

Abaixo minha cabeça, implorando internamente as lágrimas não caírem. Eu não gosto de demonstrar tanto meus sentimentos na frente do meu irmão, sempre fui de guardar e fingir que nada aconteceu.

Eu sempre quis ser forte como ele.

-Tudo bem, irmão. – Sinto sua mão acariciar meu cabelo.

-Vamos descer? Kinn quer nos apresentar a segunda família.

Não adiantaria discutir com ele, no fim Porsche faria eu ir contra minha vontade. Aceito conhecer essa família, na esperança de ser algo bem rápido.

O acompanho em direção a enorme sala, de longe escuto barulhos de uma criança e um adulto. Entro no lugar, observando todos atentos a um único garoto.

-Porsche, esse é o Venice? – Sussurro, me lembrando das vezes que Pete comentava sobre ele.

-Ele mesmo.

Kinn percebe nossa presença, fixando sua atenção em Porsche.

-Deixe-me apresentar meu novo guarda-costas, Porsche. – Ele aponta. – Esse garoto, é seu irmão mais novo, Porchay.

-Ah, você é o famoso Porsche? Pete me falou muito sobre você, eu sou Vegas. – Vegas estende sua mão, nos cumprimentando.

-Porra, Vegas! Por que não avisou antes que estávamos vindo pra cá? – Um garoto entra.

Me assusto, não acreditando no que eu enxergava.

-MACAU?

-PORCHAY?

-Vocês se conhecem?- Meu irmão questiona.

-Sim, estudamos na mesma escola. – Respondo, demonstrando um sorriso sincero.

-Puxa, você mudou tanto... Vem, vamos fugir dos adultos. – Macau me puxa.

Meu coração acelera cada segundo, nunca imaginei que Macau vivia com a máfia. Não que eu me incomode, pois agora tenho uma pessoa com quem conversar.

-Estou feliz por ver você.

-Sua cara tá horrível, Chay. Precisamos estarmos fortes e preparados para enfrentarmos os zumbis juntos, ou então vamos continuar fracos e eu quero um dia lutar contra meu primo.

-Por que?

-Porque ele é forte, oras.

-Você mudou absolutamente nada, queria estar otimista desse jeito.

Andávamos entre o jardim perfeitamente construído, o clima continua cada vez mais nublado.

-É engraçado você dizer isso, me lembro de que era você que costumava ser otimista. Como estava indo a faculdade?

-Eu estava indo muito bem.

-Você faz música, não é? Ah... Lembrei que você era obcecado por um tal de Wik.

Cesso a caminhada, levando um choque de realidade.

Wik...

Era isso, então...

Kim me lembra o Wik.

-P’Wik...

-Chay, se você conheceu meu primo automaticamente você conheceu seu ídolo. – Macau ri. – Pediu seu tão desejado autógrafo?

-Macau, se eu te dissesse que eu tinha me esquecido dele... você acreditaria?

Aguardo sua resposta, Macau parece preocupado com essa pergunta. Antes que ele respondesse, fomos interrompidos por Pete.

-Ei, vocês dois. Venham comer.

Corremos de volta, todos nos aguardavam na mesa posta. Sento na cadeira de frente para Kim, Macau senta na cadeira ao meu lado.

Tento não transparecer, mas o olhar do irmão mais novo consegue me intimidar. Não sei explicar direito, é...

Tipo um ímã.

Talvez eu só esteja abalado por saber que ele é meu antigo ídolo, na qual como Macau mesmo disse, eu era obcecado.

-Porchay, sua comida vai esfriar. – Macau alerta.

Eu fiquei distraído há quanto tempo?

Kinn e Vegas conversavam sobre negócios, em alguns momentos Kinn tentava trazer Porsche para dentro do assunto. Pete mantinha toda sua atenção a Venice, junto de Tankhun.
Kim já havia saído da mesa, aproveito essa oportunidade e decido me abrir com Macau.

-Macau, você sabe como posso fugir daqui? - Sussurro.

O mesmo engasga, chamando atenção dos outros.

-Macau, você está bem?! – Vegas pergunta desesperado.

-Sim, sim. Não se preocupe, irmão. – O garoto bebe água rapidamente. - Você ficou maluco? Tem noção da situação lá fora?

-Me entenda, eu quero tentar salvar meu tio, ver meus amigos... Tem alguma solução, eu sei que tem.

-Chay... – Ele suspira. – Olha, em vez de cometer essa loucura, passe lá em casa. A gente pode jogar videogame... Fazer o que você quiser.

-E você sabe como eu poderia fazer isso?

-Os seguranças trocam de turno a partir da meia noite, você consegue fugir durante esse tempo. Para driblar das câmeras, você se camufla entre as árvores, mas precisa ser muito cuidadoso.

-Muito obrigado, Macau. – O abraço, feliz por saber que eu realmente poderia contar com ele.

Eu sairia daqui, ainda hoje.

Be My Company - Republicação (KimChay)Where stories live. Discover now