𝐀𝐟𝐫𝐚𝐢𝐝.

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Já faz alguns dias desde que eu usei aquelas malditas drogas, nem eu sei por que fiz isso, na hora foi uma sensação diferente, e pela primeira vez em muito tempo eu me sentia bem com esse caos todo, eu consegui sentir a mesma sensação de quando Tom me beijou pela primeira vez, isso no início.
O lado ruim é que eu nem percebi que estava afetando aqueles que eu amo, droga eu fiz tudo por adrenalina e agora preciso dessa merda para não me sentir vazia.

Tom não olha na minha cara desde aquele dia no seu quarto, e por algum motivo eu achei que ele fosse me entender, mas a verdade é que ninguém nunca entende nada.
E pra piorar tudo Emma me flagrou injetando heroína na minhas veias. Por que é tão difícil alguém sentar e conversar comigo ao invés de me evitar? Isso só aumenta ainda mais a minha ansiedade e a vontade de usar.

Aquele desgraçado do Henry me drogou de propósito, ele me viu no meu pior momento, ele sabia que eu estava fragilizada e precisava de algo, algo que me desse adrenalina, algo que fizesse eu não querer me matar, ele aproveitou essa oportunidade para me dar drogas e acabou com a minha vida.

Se eu pudesse me arrepender de alguma coisa nesses meus 20 anos, com certeza eu não mandaria um
e-mail pra essa maldita faculdade, foi aqui que tudo começou, o verdadeiro terror começou quando me mudei pra cá.

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Eu estava agoniada, eu me via sozinha nesse momento e tudo que minha cabeça pensava era nas malditas drogas, e encarando a escrivaninha que existia em minha frente ainda havia algumas cartelas de pílulas, pílulas conhecidas como Xanax, Tarjas pretas e essas porras que me fariam me sentir feliz. O desgraçado daquele homem não parava de me enviar drogas no endereço da uni, minha semana vai indo de mal a pior, infelizmente eu ainda não sei controlar a minha mente e ela com toda certeza é a minha pior inimiga.

Nos últimos dias eu passei a beber e fazer coisas que eu sempre me arrependia no dia seguinte, não consigo me lembrar da última vez que consegui me manter sóbria, talvez hoje fosse o primeiro dia desde o funeral de Chloe.

Aquelas malditas pílulas me encaravam como se quisessem ser usadas por mim, como se elas soubessem que eu precisava delas.

—Uau, que milagre te ver sóbria Alyssa, nem me lembro a última vez que te vi assim. Emma surgiu do nada fazendo com que eu me assustasse.

—Sim Emma, hoje eu estou sóbria, aproveita. Respondi sarcástica a menina que revirava os olhos.

—Que merda tá acontecendo com você? Não percebe que está se afundando e afastando todos que gostam de você? Emma estava mesmo me falando isso?

—Nao é possível. Ri.

—Acha engraçado se drogar e cheirar que nem uma desgraçada? Então tá bom Alyssa, faça o que quiser você já é bem grandinha pra saber o que é certo. Emma continuava falando.

—Vai se foder! Cuspi.

—Como é? Tá louca? Ela vinha em minha direção mas eu não abaixei a cabeça.

—Eu louca? Ri ironicamente.

—Você acha que eu tenho medo de você Emma só por que você desce a porrada em todo mundo? Se quiser dar uma de louca pra cima de mim a gente compete pra ver quem ganha. Falei alto.

—Vai se foder, quem é você? Ela me empurrou saindo do dormitório.

—Achei que você me conhecesse Emma, por que está tão surpresa?

—Eu me enganei Alyssa, eu não te conheço e pelo visto eu nunca te conheci de verdade.

—É Emma, todos nós temos os nossos demônios e com certeza você não é uma santa.

𝐴𝐷𝑅𝐸𝑁𝐴𝐿𝐼𝑁𝐸.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora