13-A Reconciliação

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Carrie on.

Eu estava sentada em minha cama, refletindo sobre a minha vida, quando senti uma dor muito forte no peito. Não era uma dor comum; era como se fosse uma dor que vinha de dentro da minha alma.

Eu me levantei da cama e coloquei a mão na cabeceira, respirando profundamente. De repente, ouvi uma voz me dizendo: "Perdoe seu irmão, antes que seja tarde".

Eu só podia estar ficando louca. Como eu estaria ouvindo alguém falar comigo se não havia ninguém aqui? Johnny nem estava em casa para fazer essa brincadeira.

"Não é brincadeira, Carrie. PERDOE SEU IRMÃO ANTES QUE SEJA TARDE!" - disse a voz com um tom mais alto.

Confesso que fiquei meio assustada com aquilo, mas eu já estava mesmo pensando em fazer as pazes com meu irmão. Afinal, já estávamos há muito tempo sem nos falar. Apesar de tudo, ele é meu irmão e não consigo viver tanto tempo longe dele. O que me assustava era que alguém havia falado comigo, mesmo sem ter ninguém em casa!

Resolvi descer para ver se Johnny já tinha chegado e esqueci o lance da voz.

Oi, Johnny! - falei descendo as escadas.

Johnny acabara de entrar pela porta.

-Carrie? *diz com uma expressão de alegria e surpresa*

- Podemos conversar?

- Claro! Podemos sim. *fala sorrindo*

Nos sentamos à mesa para conversar melhor.

Com licença, eu já posso servir o almoço?

(Johnny) - Tia Mad? Eu te procurei por todo o hospital!

(Tia Mad) - Ah, desculpe por ter te deixado preocupado, querido! Eu vim mais cedo para fazer o almoço.

(Eu) - Ué, tia? Você não tinha pedido demissão há uns meses?

(Tia Mad) - Sim, eu havia pedido, mas seus pais conversaram comigo e eu resolvi voltar a trabalhar aqui.

(Eu) - O que? Meus pais pediram pra você voltar a trabalhar aqui, é isso mesmo que estou ouvindo?
*falo surpresa*

(Tia Mad) - Por incrível que pareça, sim. *fala sorrindo* - Até se ofereceram para pagar a faculdade da Dafne, por esses anos que ela perdeu.

(Johnny) - Nossa! Que incrível, não sabia que meus pais podiam ser tão bons, mas você não acha isso um pouco estranho?

(Tia Mad) - Confesso que achei sim, mas já faz um tempinho que seus pais estão tentando se redimir comigo e com a Dafne, e até se ofereceram para pagar o médico dela quando estava doente. Para mim, eles estão sendo sinceros.

(Eu) - Acho que a Tia Mad tem razão. *falo olhando para Johnny e dou um sorriso sem mostrar os dentes*

(Tia Mad) - Então quer dizer que os irmãos mais lindos desse mundo voltaram a se falar? *fala sorrindo*

(Johnny) - Não, não é isso tia. A Carrie só queria conver-

(Eu) - É isso mesmo tia.
*Digo interrompendo* *Dou um sorriso*

(Johnny) - Sério?

- Sim. *falo assentindo com a cabeça.* Mas antes, precisamos conversar.

Tia Mad sai da sala de jantar e vai até a cozinha.

(Eu) - Olha, Johnny, eu sei que estamos há muito tempo sem nos falar, e eu queria te pedir desculpas por ter sido tão dura com você.

(Johnny) - Que isso, eu é que te devo mil descul-

(Eu) - Não, Johnny! Você já se desculpou mais de um milhão de vezes. Agora é a minha vez de me desculpar. Eu sei que ultimamente tenho sido dura com todos, principalmente com você, Johnny. Mas eu quero mudar isso. Não quero que fiquemos brigados desse jeito. Me desculpa por tudo! E vamos esquecer daquele assunto de uma vez por todas.

(Johnny) - Tudo bem, eu te amo, irmãzinha! *levanta da mesa e iniciamos um abraço*

(Eu) - Eu também te amo, irmãozinho. Estava morrendo de saudades desse abraço quentinho. *falo com lágrimas nos olhos e nós dois nos emocionamos*

(Johnny) - Olha só! Nunca mais faça isso comigo. Você não sabe o quanto chorei por não poder falar com você. Você é tudo pra mim, Carriezinha. Não posso viver sem você. *fala olhando nos meus olhos* O Johnny só me chamava assim quando éramos crianças. Fazia tempo que não ouvia esse apelido.

(Eu) - Carriezinha? Fala sério né.

(Johnny) - Pensou que eu tinha esquecido?

(Eu) - Bem a sua cara, lembrar dessas coisas.

(Johnny) - Tá bom, agora chega de choro! Isso tá muito meloso já haha *nós dois damos risadas*

(Eu) - Uuuh, a personalidade adolescente do meu irmãozinho voltou!

(Johnny) - Para, né? Não voltou nada, garota. Agora eu sou um homem!

(Eu) - Eita, como você cresceu! Haha

(Johnny) - Você me respeite, que eu sou mais velho que você.

(Eu) - Haha, que engraçado, só porque nasceu 2 minutos antes!

(Johnny) - Você sabe o que pode acontecer em 2 minutos? (Nunca comentei, mas Johnny e Carrie são gêmeos)

(Eu) - Nascer um bebê?

(Johnny) - Exatamente!

(Eu) - Ah, fala sério!

*Nós dois damos risadas*

- Vejo que a conversa foi um sucesso! - Tia Mad diz, colocando o almoço na mesa.

(Johnny) - Panquecas? Esse só pode ser o melhor dia da minha vida! Minha Carriezinha voltou a falar comigo, Tia Mad voltou a trabalhar aqui e ainda fez panquecas! Não é possível, eu devo estar sonhando.

(Eu) - Ai, que exagero!

(Johnny) - Você fala isso porque não foi você que ficou sem falar com você todo esse tempo!

(Eu) - Am??

*Eu e tia Mad nos olhamos*

E todos rimos.

Terminamos o almoço e Johnny disse que iria voltar ao hospital para ver a Dafne, então resolvi ir junto com ele, pois fazia tempo que eu não a visitava.

A caminho do hospital...

- E a Dafne, teve alguma melhora?

- Ah, claro! Ela teve uma grande melhora. Johnny diz com um sorriso meio duvidoso.

- Nossa, que bom! Mas por que você está sorrindo dessa forma estranha?

- Que forma estranha o quê, garota? Ficar muito tempo sem sair de casa te deixou um pouco paranoica.

- Então tá, né.

Desisto de perguntar e vamos em silêncio até o hospital.

Dessa vez, não tem perguntas, galera. Só faço perguntas quando o capítulo termina em suspense, e esse não foi o caso. Espero que tenham gostado!

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A Dama de VermelhoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora