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TEMARI POV.


—Temari, levanta, o pai tá em casa. — Gaara me sacudia, sussurrando.

Me sentei na cama o analisando, a expressão de pânico sempre assumia seu rosto em dias como hoje.

—Tudo bem, se acalma, vou ligar para Kankuro nos buscar, vamos. — Peguei meu telefone trêmula, enquanto ele juntava nossas coisas.

Rasa No Sabaku não nos proporcionou uma vida fácil, ele era o prefeito de Sunagakure, uma cidade próxima de Konoha, mas se envolveu em dívidas que nunca será capaz de pagar, o que nos custou vidas, como a da minha mãe.

Ele era um monstro nojento, raramente aparecia em casa, mas quando isso acontecia não significavam coisas boas.

Kankuro estacionou o carro e nós descemos pela janela do meu quarto.

—Viram ele? — O mais velho questionou frio.

—Sim, mas ele não me viu. — Gaara respondeu olhando para a janela.


—Vamos torcer pra estar só de passagem. — Kankuro concluiu.

Nós três não fomos pra escola hoje, esperando por algo pior, mas quando o relógio marcou as dezoito horas eu me lembrei que tinha um compromisso.

"Preguiçoso


Me manda seu endereço.

Por que não apareceu na escola hoje?

Não é da sua conta

Hum


Localização 📍"

Vou sair, se acontecer alguma coisa me liguem. — Peguei minha mochila me despedindo deles.

—Toma cuidado. — Kankuro alertou e eu assenti.

Fui até o ponto de ônibus alí na esquina, era um horário de pico, claro que estava lotado.

Peguei no mínimo três ônibus até bater na porta do Nara e ele abrir com uma cara de poucos amigos, mas parou por um tempo, me analisando.

—Entra, a Ino veio comigo da escola, minha mãe tá puxando saco dela na sala. — Disse com as mãos no bolso.

Ele me guiou pela casa até o cômodo em que uma mulher morena conversava com Ino.

—Ela é muito bonita. — Murmurei. — Com certeza não foi ela que você puxou, preguiçoso. — Disse forçando uma risada fraca.

Estava tentando esquecer da minha realidade em casa.

A mulher pareceu me notar depois que fiz o comentário.

—Olá, Yoshino prazer querida, eu já gostei de você. — Ela sorriu estendendo a mão que eu apertei prontamente.

—Temari, o prazer é meu Senhora Nara.

Senti o olhar do garoto ao meu lado sobre mim o tempo todo.

—Fiquem a vontade crianças, eu vou estar na cozinha, se precisarem. — Saiu do cômodo.

—Eu vou anotar no computador enquanto vocês dois pesquisam. — Disse ligando o aparelho em meu colo.

Eles assentiram, nós demoramos pelo menos três horas pra terminar.

—Pronto, acabamos. — Salvei o arquivo suspirando cansada.

—Ótimo, meu pai vêm me buscar. — Ino se levantou pegando sua bolsa e correndo até a porta olhando para o celular.

Eu e ele seguimos a loira até o lado de fora.

—Também já vou. — Me virei para o caminho que tinha o ponto de ônibus mais próximo dali e caminhei até lá.

—Você vai andando? Não quer uma carona? — Shikamaru perguntou.

—Não preciso de ajuda. — Respondi e ele se calou.

Ao chegar lá, tinham alguns homens, eles me encararam de forma suspeita, me mantive alerta, isso não era um bom sinal.

—Então você é a princesa dos No Sabaku? Meu filho vai adorar. — Um deles disse tocando a ponta do meu cabelo.

Soquei o rosto dele, mais de uma vez, iniciando uma luta, eu contra quatro homens adultos.

Outro veio até mim com os pulsos serrados e eu desviei de seu ataque, dando um chute na barriga, ele acabou caindo sobre o colega, desmaiado.

Um deles se aproximou pronto pra me apagar, mas eu o empedi chutando a região de seu quadril e socando seu rosto, pra garantir que estivesse desacordado.

—Ninguém se aproxima. — Disse calmamente.

—Acabou a brincadeira, loira. — Uma voz repugnante soou e eu me virei lentamente.

Tomei distância e então chutei seu joelho.

Uma moto parou ao meu lado, antes do homem conseguir se levantar.

—Sobe logo, problemática. — Eu sorri subindo no veículo e ele acelerou.

—Você viu a luta o tempo todo e não foi me ajudar? — Questionei segurando em seus ombros.

—Achei que não precisava de ajuda. — Respondeu simplista e eu sorri.

—Você sabe onde o Kankuro mora? — Ele assentiu. — Ótimo, eu vou pra lá.

Depois de um tempo, ele parou em frente ao enorme prédio.

—Obrigada pela carona, bebê chorão. — Sorri ladino me virando para entrar.

—Você 'tá bem? Te achei diferente hoje. — Talvez essa fala tenha me afetado um pouco, olhei para ele e assenti.

Não ia conseguir falar sem parecer, no mínimo, suspeita e entrei no prédio.

—Cheguei. — Avisei, assim que passei pela porta de entrada Kankuro estava na sala, sério.

—Rasa ligou, ele descobriu uma forma de acabar com suas dívidas, mas você não vai gostar.

...

—Um casamento? Jamais vou ajudar aquele idiota com seus próprios problemas! — Disse furiosa.

—Vamos pensar em uma forma de resolver, não se preocupe. — Gaara se manifestou pela primeira vez acariciando minha cobra de estimação em seu colo.

Eu abracei meus irmãos, desejando que não se passasse de um pesadelo, que nada fosse real, que eu tivesse cinco anos em um colégio interno longe daqui, com minhas amigas.

Era tudo o que eu desejava.

Notas

É, as pessoas só voltam com interesses, sejam eles bons ou ruins.

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High School, Bad Students-NarutoOnde histórias criam vida. Descubra agora