Olhos nos Olhos

Capítulo XIII

Já fazia umas horas que não tinha chego em casa, por que? Se perguntava isso também.

Sentia que a cabeça ia explodir de tanta dor, sem falar que estava com sono, muito sono.

Parou o carro em frente a calçada que ligava as casas.

Nem sabia se o local que estava era o mesmo de antes, as casas pareciam muito iguais.

Abriu a porta do carro e saiu logo fechando-a.

Pegou o celular do bolso e digitou algumas mensagens, logo sendo respondido.

Por que ela estaria acordada as quatro da manhã?

Passou alguns minutos e ela abriu a porta, revelando o loiro que ainda estava de terno.

— Naruto? — perguntou vendo o loiro

— Eu — respondeu vendo a morena sair e encostar a porta

— O que está fazendo aqui? —  questionou olhando para os lados

—  Também não sei —  respondeu vendo ela o encarar desconfiada

—  Não é muito normal ver alguém andando pelas as ruas ai umas três horas da manhã, principalmente aqui onde moro — disse cruzando os braços

—  Eu não planeja vir aqui —  continuou —  mas você respondeu minhas mensagens e foi automático — completou vendo a morena sorrir

— Certo, quer entrar? —  perguntou vendo ele discordar com a cabeça

— Não, posso te levar em um lugar? —  perguntou com um sorriso amigável

—  Depende, quem me garante que não ira me sequestrar? —  a fala soou divertida 

— Pra que eu te sequestraria? —  perguntou confuso

—  Vai saber, não sei o que passa na sua mente —  arrumou o casaco que vestia

—  Pode ter certeza que não irei te sequestrar —  disse fazendo a morena rir

—  Eu sei que não vai —  comentou vendo o loiro caminhar até o carro 

—  Que bom, porque agora eu realmente irei —  falou vendo a morena soltar uma gargalhada

—  Eu sei que sou boa de mais, mas tenho uma família e não posso ser sequestrada por ti — entrou no carro

— Que pena, eu adoraria ter sua companhia todos os dias — fechou a porta e rodeou o automóvel e fez o mesmo

— Já tem, todos os dias estou na empresa — pronunciou

— Não é o suficiente —  disse logo soltando uma risada

—  Como não? Acho que já sei tudo sobre a sua vida —  continuou — sei mais que sua mãe —  brincou 

— Pior que sabe mesmo —  disse enquanto dirigia

— Você mora com sua mãe? —  perguntou

—  Olha só, você não sabe tudo sobre mim — sorriu

— Verdade — riu — Mas não mora? — perguntou novamente

— Não moro — disse

— Eu jurava que morava, no aeroporto disse que ela o mataria — supôs

— Na verdade não, não moro desde meus dezoito anos — disse — O que gosta de comer? — mudou de assunto

— Ah sim, depende, muitas coisas — respondeu

— Uma delas? — perguntou estacionando o carro

— Lasanha — respondeu vendo o loiro estacionar o carro em frente a empresa

— É bom — disse enquanto saia do carro

O loiro rodeou o automóvel e abriu a porta para a morena que logo saiu e a porta foi fechada.

— Na empresa? —  perguntou vendo o loiro olhar para ela

— Hurum — respondeu começando a andar —  vamos entrar pelos fundos —  disse enquanto era seguido pela a morena 

Ele destrancou uma porta que havia no fundo do enorme prédio e os dois adentraram.

Eles caminharam até o elevador e a mulher estranhava a falta de seguranças, afinal, a empresa era enorme e muito famosa, podia ocorrer roubos.

O elevador começou a subir e os olhos perolados foram até os azuis do loiro.

— Não tem seguranças? —  perguntou

— Tem —  respondeu e olhou a hora no relógio no pulso — Eles não ficam andando pela a empresa — disse enquanto olhava para a hyuuga

—  Ah sim — falou e as portas do elevador abriram 

o vento bagunçou os cabelos longos e quase azuis de tão escuro da mulher que saia do local que estava um tanto quente.

— Uau! — exclamou olhando ao redor

— Isso não é tudo —  comentou ficando ao lado da garota

— Não? — perguntou vendo o loiro sorrir

— Não, vai começar logo — comentou com um sorriso no rosto

— Ok — disse enquanto continuava a olhar a paisagem 

A mulher estava bastante surpresa por estar ali, era realmente muito incrível e bonito. Podia passar horas ali.

Era o que o loiro fazia quando estava com insônia ou apenas cansado da vida. Passava horas ali, e o lugar podia ficar mais lindo ainda quando estava no amanhecer e por do céu. 

Hinata era a segunda pessoa que ele trazia ali. Nem suas antigas namoradas haviam sido trago ali.

Seu pai dizia que o lugar era único e não era todo mundo que podia ir ali, ele dizia que apenas pessoas que se amavam mesmo e estavam dispostas a ficarem juntas pelo o resto da vida. Era besta.

Não era apaixonado por Hinata, nem sentia vontade de ficar com ela para sempre, ou sentia?

Com certeza não.

Talvez gostasse dela como amiga, ou estava carente mesmo. 

Obrigado por terem lido. Espero que tenham gostado.