Capitulo 46 - changes.

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P.o.v: Noa.
Estava de volta a cidade, pareceu que eu estive fora por muito tempo. Assim que cheguei em casa eu notei uma movimentação de pessoas entrando e saindo com coisas.

–Oi querido! – minha mãe me recebeu

–Oi, mãe. O que é tudo isso? – perguntei a ela

–Ano novo, casa nova. O seu genitor pediu a casa no processo de divórcio, e adivinha? Nós temos que nos mudar. – minha mãe parecia um pouco irritada com a situação mas não chateada

–Como assim? Eu cresci nessa casa, o Aidan sabe disso? – a questionei

–Ele sabe, mas tá tudo bem, comprei uma casa no condomínio do lago, tem uma ancoradouro lindo atrás da casa. – minha mãe respondeu

–Você não tá chateada em perder essa casa? – perguntei a ela

–Tô mais aliviada, tô estressada porque o Thomas pediu pra gente sair em cima da hora. – minha mãe respondeu

Eu suspirei sem dizer nada.

–Por mais que essa casa tenha lembranças maravilhosas, eu tenho péssima lembranças daqui. E nós guardamos as lembranças boas em fotos e na memória. – minha mãe segurou meus ombros

–Tá tudo bem! – forcei sorriso

Subi para o meu quarto tentando arrastar minha mala naquele emaranhado de caixas. Entrei no meu quarto e vi uma mulher arrumando as minhas coisas para a mudança.
Me sentei na varanda do meu quarto e mandei uma mensagem para o Atlas, nós ficamos conversamos ali um tempo. Minha mãe me chamou para terminar de arrumar e escolher o que eu ia levar além das roupas, não quis quase nada dali, a não ser mais PlayStation cinco e algumas decorações que eu fazia questão.

Chegamos na casa, uma casa azul de madeira com um canteiro em frente a varada e a garagem ao lado. Por dentro parecia bem maior, uma sala grande de estar ao lado de outra sala com de televisão, uma sala de jantar conjugada com a cozinha que tinha acesso livre para a varanda de trás, com um jardim enorme e uma piscina com vista livre para o lago.

–Não é legal? – minha mãe me abraçou

–É sim! – respondi acariciando sua mão

–Então, filho, tenho mais uma coisa pra te dizer. – minha mãe se virou pra mim

Na mesma hora eu pensei sobre o que o Atlas disse.

–Tudo bem, eu acho que já sei. – respondi e ela me olhou confusa

–Sabe? – minha mãe me perguntou e eu assenti com a cabeça

–E se você estiver pronta pra outro relacionamento, vai em frente. – sorri

–Eu pensei que estávamos sendo cuidadosas. – minha mãe falou

–Estavam, mas nada escapa dos olhos de águia do Atlas. – falei

–Então, eu e a Nathalyn estávamos planejando fazer um jantar para contar a você e o Travor. – minha mãe me contou

–Eu vou fingir que eu não sabia. – sorri. –Eu vou buscar o Atlas.

–Vocês não se desgrudam não? – minha mãe implicou

–Não. – respondi

De um beijo em sua bochecha e sai, assim que pisei na frente de casa vi o carro do Jensen parado com as luzes de alerta ligadas. Me aproximei e vi o Atlas dentro com o celular nas mãos.

–Amor o que é isso? – o questionei

–Eu não te esperei. – ele sorriu. –Eu não sei fazer baliza, estaciona pra mim?

–Tá bem. – respondi com um sorriso

Depois de estacionar o carro levei ele até o ancoradouro.

–Como você tá? – Atlas me perguntou

–Parece que a minha mãe estava se preparando pra mudar desde antes do natal. Pra mim foi tão de repente, eu tô tentando processar essa mudança. – respondi, não me segurei e comecei a chorar

–Noa. – meu namorado me abraçou

–Ele tá tirando tudo que pode da gente, eu nunca mais vou poder pisar naquela casa. Eu tô tentando parecer indiferente, mas eu não queria ter vindo pra cá. Eu quero a minha casa. – desabafei

–Fica calmo, eu entendo que deve ser difícil se mudar. Ainda mais daquela casa, até eu cresci lá. – Atlas disse. –Mas aqui você pode criar memórias boas, e você pode guardar as memórias da antiga casa com você.

–Minha mãe disse a mesma coisa. – falei.

–Viu?! – Atlas me jogou um sorriso

–Obrigado por estar comigo, tem sido uma loucura. – abracei ele, meu coração se acelerou e eu senti seus braços em volta de mim

–Eu tô aqui sempre. – ele suspirou. –E essa casa é linda, meu Deus!

–É sim, quer conhecer meu quarto? – sorri malicioso

–Nossa, melhoro rapidinho. – Atlas implicou

–Eu preciso de carinho. – fiz drama

–Carinho na cabeça da pica. – o garoto sorriu

–Para! – me aproximei dele. –Vamos ali?

Sussurrei ao pé do seu ouvido.

–Sua mãe tá em casa. – Atlas resistiu

–A gente tranca a porta. – argumentei

–Nossa, Noa. Você tava na bad agora, que bipolar. – o ruivo me deu um tapinha de no peito

–Eu fico safado perto de você. – sorri

–Você é ridículo! – Atlas sorriu, aquele sorriso me desmonta inteiro

Em um movimento involuntário eu comecei a beijar ele, aquele beijo e aquele abraço era tá reconfortante. Estar como ele fazia com que meus problemas sumissem por inteiro é só sobrasse nosso dois ali.

Meu Namorado De Mentira | Romance GayOnde as histórias ganham vida. Descobre agora