Fugindo de uma organização criminosa junto com seus pais, Zahara Moreau e sua família se refugiam em uma pequena cidade que segundo ela foi esquecida por Deus e pelo sol. Entrando em situações que acabam fazendo ela e sua nova amiga descobrirem o se...
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Desci correndo de braços abertos indo em sua direção, obviamente tomando cuidado para não escorregar no chão molhado, ele estende os braços e eu passo por ele na direção do meu carro, que coisa perfeita, alisei o capô e me virei para meu pai que me olhava com um bico enorme, eu ri e o abracei agradecendo mil vezes.
— Já percebi que gostou, você já sabe dirigir porquê sei que o filho do meu sócio te ensinou, sua fora da lei, entretanto, aqui você pode dirigir normalmente. — Meu pai diz e me aperta no abraço me fazendo rir.
Minha mãe vem até nós segurando um copo de viagem com café expresso e me entrega, tem dias que eu não como muito pela manhã. Peguei o café e me despedi deles, entrei no carro que cheirava a chocolate e morango, meu cheirinho favorito, os bancos de couro branco e alguns cds das minhas bandas favoritas, coloquei um deles e sorri com o som animado. Liguei o carro e vamos para a escola.
Saí da propriedade e entrei na rua principal, a pista tava meio molhada mas os pneus passavam tranquilamente, ultrapassei uma bomba laranja que tremia na estrada, e segui na rua que o mapa que meu pai tinha deixado no banco do passageiro mostrava que iria dar na escola. Encontrei um conjunto de prédios pequenos com cor de tristeza, a placa mostrava que era a escola, nunca imaginaria, assim como cada canto desse cidade ela era cheia de árvores e tudo quando é tipo de mato. Por Deus, nesse lugar só chove?
Estacionei indo onde tinha uma placa escrito "secretaria", me arrependi de ter saído do carro quentinho. Entrei no lugar pequeno e quente, tinha um pouquinho de mofo nos cantos das paredes, me passou um arrepio aqui, bati na porta e entrei, tinha plantas pra todo lado, uns quadros e troféus nas prateleiras e uma senhora mexendo em um computador sofrido.
Antes de eu falar alguma coisa a porta se abre novamente e uma menina pálida de cabelos castanhos e rosto muito pálido, com roupas de frio básicas e uma pele pálida... Já falei que ela é pálida?
Ela me olhou e abaixou o olhar, me virei para a moça que percebeu nossa presença e me adiantei a falar.
— Com licença, meu nome é Zahara Moreau e... — Nem consegui terminar de falar porquê ela se levantou empolgada.
