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"GUGA: o ator pornô"


— Para onde está me levando?

— Para o Dourado, um produtor aqui da casa. — Respondeu a voz do Tonynho.

Ele era arrastado por salas enormes e corredores tão largos, via os funcionários da limpeza, seguranças e pessoas carregando luzes. Uma porta toda vermelha bordô estava bem na frente. Na placa grudada tinha escrito: "PlanetaXXX".

A porta se abriu, um homem de quarenta e poucos anos saiu de lá. Ele usava camiseta e bermuda.

— Olha ele aí, o cara que bate recorde de audiência com os programas — Tonynho falou para o homem. Os dois trocaram aperto de mãos e se afastaram. — Dourado, olha o que trouxe para você.

Gustavo sentiu o diretor encostar as duas mãos nas suas costas e o levar para frente.

— Que deus grego é esse? Ele é muito bonito, atraente, vamos ver como ele atua diante das câmeras, venha.

O produtor Tonynho se retirou, deixando o fantasma com o outro diretor. Gustavo atravessou a porta do PlanetaXXX e seguiu por um outro corredor. Era muito longo e comprido, dos dois lados havia salas pequenas dividias por paredes finas. As luzes do teto ligadas no máximo, o ambiente era muito claro. Na frente de cada sala tinha uma câmera com um funcionário operando o aparelho.

O diretor Dourado fazia perguntas, mas Gustavo andava distraído demais, seus pequenos passos nem faziam barulho. Todas as salas do estúdio tinham seus próprios cenários. Eram de todos os tipos, sofás com almofadas, quartos de motéis, camas de casal, consultórios, sala de aulas e etc.

E o que mais chocava era ver os atores atuando diante das câmeras. Eram muitos, de diversos os tons de pele e corpos. Mulheres e homens se tocando. Pessoas do mesmo sexo se beijando sem roupas. Orgias com grupos de 5 à 10. O fantasma ouvia os gemidos até chegar a última sala, andou por uns cinquenta metros, eram vintes salas de cada lado do estúdio.

— Vamos, pode ficar ali — instruiu o diretor Dourado. Apontando para uma sala vazia. O cenário era uma sala de aula, tinha apenas três fileiras com carteiras desocupadas. No quadro tinha palavras em inglês. — O seu papel aqui é de um aluno do ensino médio que vai comer a professora, pode se posicionar ali na carteira da frente e esperar a aula começar. Depois vocês trocam olhares e fodem. É simples. Vai lá!

— Mas eu — Gustavo começou a falar, mas foi empurrado para dentro.

— Luz, câmera e ação — falou o diretor em voz alta.

O câmera ligou o aparelho, a lente deu um zoom no rosto de Gustavo todo assustado. Uma música lenta e com a melodia sensual foi tocada. Em segundos uma mulher entrou pela porta ao lado.

Ela tinha mais de trinta. Usava salto e um vestido preto, todo justo. Seus seios eram grandes, todo desenhado. O quadril largo rebolava a cada passo. Os olhos verdes fitaram Gustavo. A mulher levou o dedo indicador a boca e caminhou até o quadro.

Gustavo fechou os olhos, muito nervoso, a atriz fingia não notar e continuava contracenando. O diretor Dourado coçava a cabeça preocupado, atores sem experiencia no ramo era bastante comum, mas aquele jovem era muito ruim. A sua boca se movia, mas não saiu a voz.

— BEIJA ELA, DEMONSTRA INTERESSE OU FAZ ALGUMA COISA.

A atriz colocou as duas mãos no rosto de Gustavo e o beijou, o fantasma permaneceu de olhos abertos enquanto sentia a sua boca ser invadida pela língua da "professora". A mão esquerda dela saiu do rosto dele e foi em direção ao pênis, quando encostou por cima da calça ela falou:

GUVILU - Escapando do Inferno (+16)Where stories live. Discover now