Dois

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Elleanor já estava em Perth a mais ou menos três semanas e tudo corria bem, havia conseguido um emprego naquela cafeteria próximo do centro e mesmo chegando por volta das 09:00 pm e ela ainda conseguia encontrar forças para escrever

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Elleanor já estava em Perth a mais ou menos três semanas e tudo corria bem, havia conseguido um emprego naquela cafeteria próximo do centro e mesmo chegando por volta das 09:00 pm e ela ainda conseguia encontrar forças para escrever.

Escrever havia se tornado sua paixão desde os onze anos, lembrava-se do quanto adorava ficar em casa lendo seus gibis, livros e escrevendo alguns poemas e poesias em seu quarto.

— Oi meu amor, saudades? Comeu tudo hoje? – foi recebida pela gatinha assim que adentrou em casa. — Que tal uma pizza hoje huh?

Era inútil, ela sabia que a gata nunca responderia, mas não custava muito, dizem que isso é um mal de quem tem gatos.

Procurou seu celular na bolsa e discou o número da pizzaria mais próxima dali, segundo o Google e como demoraria em torno de 45 minutos para chegar, resolveu tomar um banho. Depois de vinte minutos, Elleanor saiu do banho, vestiu roupas confortáveis e amarrou seus cabelos em um rabo de cavalo. Pegou seu notebook e o ligou.

Daria início ao seu momento de relaxamento, as inspirações estavam sendo expelidas por seus poros, escrever se tornou sua válvula de escape, sua forma de fugir um pouco da realidade que se encontrava.

— Preparada para passar a noite no colo da mamãe? – falou olhando para a gatinha ao seu lado, que miou em resposta.

O som da campainha tocou ao longe, Elleanor demorou cerca de três minutos inteiros até descer e abrir a porta, pois precisou se recuperar do susto. A gatinha ao seu lado miou baixinho, como se estivesse alertando que algo estava fora do comum, mas por hora Elleanor preferiu ignorar, Milú conseguia ser uma gata com bastante personalidade quando queria.

Ao abrir a porta, Ella teve uma surpresa agradável ao constatar que o entregador se tratava de um rapaz alto e muito bem afeiçoado. Ella sorriu com esse pensamento, quem em sã consciência usava essa palavra? Poderia ter pensado que ele era apenas bonito; ele era moreno, possuía olhos amendoados e incrivelmente castanhos, sua boca era cheinha o suficiente para se destacar. Elleanor não pode deixar de notar que os olhos do rapaz transmitiam algo, como se ele a conhecesse, não saberia dizer e aquilo acabou a deixando com a famosa pulguinha atrás da orelha.

— Boa noite... – ele começou a dizer, mas parou para lhe analisar de uma forma estranha — São AU$15.

— Aqui, obrigado! Desculpe, mas qual seu nome? – Perguntou num sussurro, mas em contrapartida a curiosidade gritava dentro de si.

— Oi? – ele se inclinou um pouco na direção dela, Elleanor sentiu seu coração querer saltar do peito e sair correndo cidade afora.

— Seu nome. –repetiu mais alto agora, mordendo o lábio logo em seguida.

— Ah sim, Sou Nathan, e você?

— Sou Elleanor, muito prazer... – seu semblante mudou completamente assim que a garota lhe disse seu nome, antes ele sorria um sorriso tão lindo e aconchegante, mas agora, seu cenho denunciava que algo não estava certo. — Certo, Nathan — disse baixinho deliciando-se com o som do nome dele. — Nos vemos por aí!

Lua de SangueOù les histoires vivent. Découvrez maintenant