Depois da confusão de ontem Marilu achou por bem colocar água e pedaços de frutas cortados para a Georgiana, infelizmente não vai ser possível deixar ela solta e nem levá-la para a mansão, pois ela pode fugir e aprontar novamente, então Marilu resolveu deixá-la em casa, aquilo lhe partia o coração pois Georgiana sempre foi livre, mas ao mesmo tempo sabia que era a atitude certa a se tomar ou haveria problemas e consequências para as duas

Ela não sabia explicar o porque a sua fuinha comeu os ovos, até chegou a cogitar que Georgiana poderia ser vegana ou vegetariana.

- Fique quietinha aqui e se comporte, você é muito danadinha, não posso ficar de olho em você sempre - Marilu dizia colocando os dois potinhos no chão - Aqui tem água e frutas para você, na hora do almoço venho te dar uma olhada e  no fim do dia a mamãe está de volta.

Marilu deixou tudo arrumadinho, trancou portas e janelas, depois saiu em direção a mansão com a ajuda da lanterna do celular.

Michelle havia dito a ela que ela só precisava chegar às 7, mas Marilu fez questão de continuar indo cedo pra ajudá-la a preparar a refeição do marido.

No trajeto até mansão a jovem escutou passadas e galhos se quebrando próximos a ela, mas não se assustou, ela sabia que naquele horário já havia alguns peões trabalhando.

Ainda estava escuro, e hoje em específico havia insetos mordendo, ela se debatia distraída tentando matá-los com uma mão e com a outra segurar o celular, derrepente uma perna se enroscou na outra e ela foi ao chão gritando de dor logo em seguida, pois havia batido a bunda em um local cheio de pedrinhas.

- Essa daí vai se costumar qui não, moço - Marilu escutou um peão falar com a voz que mais parecia um trovão.

- Tô te falando, homi - Um outro peão respondeu.

Ela tentou mirar a lanterna do celular para tentar enxergá-los, mas os dois já haviam saído de perto e continuaram caminhando, então ela só conseguiu ver a sombra deles no escuro.

Com muita dificuldade ela se levantou e sacudiu o vestido batendo a mão na bunda e fazendo careta, pois sentia um pouco de dor ainda.

Depois de um tempinho ela respirou fundo e continuou o trajeto, dessa vez decidiu entrar pela porta dos fundos que dava acesso a cozinha, não queria dar de cara com o patrão logo cedo como no dia anterior.

Ao se aproximar ela já sentiu o cheiro do café, provavelmente Michelle já estava preparando a comida do marido, abriu a porta de madeira devagarinho e viu ela encostada no fogão mechendo algo na panela.

- Bom dia, Michelle - Cumprimentou a mulher que logo se virou pra ela.

- Bom dia Marilu, como está? Conseguiu dormir bem?

- Até que consegui, acordei duas vezes só e estranhei um pouco o lugar em que estava, mas logo voltei a dormir - Disse se aproximando dela.

- E o calor? Não incomodou? - Michelle voltou a atenção para a panela.

- O ar condicionado resolveu rapidinho.

Ela confessava que apesar da brutalidade e da ignorância, era notório que o patrão havia feito casas com um certo conforto para os funcionários, até ar condicionado tinha, além de uma certa segurança, como grade nas portas e janelas, apesar de que Marilu tinha quase certeza que ali era muito seguro.

- O que é isto que está fazendo ? - Ela perguntou inclinando o rosto para ver dentro da panela.

- É mingau, bom pra dar sustância - Michelle respondeu mechendo a comida que ainda não cheirava muito porque tinha recém ido ao fogo - Você já tomou café? Eu fiz bolinhos recheados - Apontou para algo coberto em cima da mesa.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 01 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Querido Fazendeiro - LIVRO 2 ( MULHERES QUE AMAM )Onde histórias criam vida. Descubra agora