Capítulo 3: Ao Encontro do Desconhecido

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Saber que meu tio estava certo sempre me deixava inquieto, no entanto, não foi uma ilusão e muito menos uma simples luz.

Fui para o lado de fora do navio, o tenente e seu grupo estavam reunidos em volta de uma fogueira pequena.

- De todos os lugares pra onde podia ir, ele foi escolher o lugar mais frio. - o tenente dizia, me aproximei no silêncio.

Sempre ouvia ele reclamando e resmungando com os outros sobre as minhas atitudes e comandos, nenhuma vez me importei.

- Por que as previsões não levam pra termas quentes, hein? - ele questionou aos outros.

Eles deram risadas, bati os pés no chão de aço, eles pararam de rir e ficaram em sentido, olhando para frente, o capitão mostrou os dentes quando me ouviu, olhando para frente.

- Tem algum comentário, Tenente Jee? - questiono a ele.

Ele pisca várias vezes, como se estivesse com receio de que eu tenha ouvido mais do que deveria, no entanto, como eu disse, nunca me importei do que ele fala aos outros, tanto que me obedecessem.

- Não, senhor. - ele responde, com fumaça saindo da sua boca.

Não podia negar que ali era frio, no entanto, somos a Nação do Fogo, ele nos esquenta quando precisamos, nos defende quando pedimos, molho os lábios e começo a andar na frente deles.

- Eu vou ser claro com vocês. - começo a dizer. - A nossa missão é essencial pro futuro da Nação do Fogo, nós vamos achar o Avatar. - paro de frente para o último soldado ali presente, ele não me olha, olha para o horizonte, viro meu corpo para o Tenente, volta a andar na direção dele. - Nós vamos provar o nosso valor e nós vamos voltar pra casa e pras nossas famílias. - paro na frente do tenente rapidamente, passo por ele, viro para trás, olhando para os soldados. - Ou vamos morrer tentando. - digo, olhando para o meu tio, que em algum momento surgiu ali.

Me afasto deles, voltando para o meu quarto, me tranco nele, puxo um ar pesado, olho para as paredes do desenho, fico respirando pesado, esperando que minha raiva suma, mais sei que ela não vai fazer isso, não enquanto eu estiver com ela dentro de mim.

Abro a porta do quarto e volto para o lado de fora, os soldados e o tenente que ali estavam antes, voltaram para os seus postos, nenhum deles se importa com o que eu vou fazer, começo a treinar, jogando bolas de fogo para longe do navio, empurrando com força, formando grandes bolas que sai da minha mão, uso as pernas para fazer o mesmo, jogando meu corpo para frente e lançando bolas de fogo com os pés. Soube que não são muitos que fazem isso, poucos têm essas habilidades e poucos são fortes o suficiente para treinar isso.

Ouço passos do meu tio, mesmo com o treinamento e com o som do mar, meu tio não é tão silencioso ao ponto de não ser escultado por mim, não olho para ele, sei que ele está sentando numa cadeira com uma caixa qualquer e suas xícaras sobre ela.

Lanço fogos curtos dentro do navio, uso os pés para surgir mais deles, sei que meu tio me observa, ele me ajudou muito a treinar desde quando sai de casa, no entanto, com minha raiva que ainda é presente aqui dentro, não ousei parar.

Dou uma estrela no chão, já virando meu corpo para cima antes mesmo do fogo terminar de sumir, sinto ela bater em meu rosto, o ignoro, giro meu corpo no ar na direção do meu tio, viro e o último vestígio de fogo sai da minha mão, mirando o horizonte.

- Bom. - meu tio começa. - Está mais habilidoso do que nunca. - ele diz como se aquilo valesse mais do que tudo.

- Eu tenho que estrar pronto para enfrentar o guerreiro supremo. - digo, parando por alguns segundo, arrumo a braçadeira. - A Avatar Kyoshi derrubou um esquadrão de soldados do Reino da Terra sozinha. - justifico.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Where stories live. Discover now