Capítulo 18: O Resgate

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   Miyuke e eu paramos entre uma dívida da estrada. A estrada principal se abria em outras duas, olho para uma delas, procurando rastros de carroça ou de pegadas.

Miyuke respira pesado, ela olha para a direção em que eu olhava, o sol entre as nuvens nubladas bate em algo no chão, caminho na direção do que me chama a atenção.

Agacho, pegando algo da lama em baixo dos nossos pés, parecia que havia caído uma chuva no dia anterior, já que o céu estava nublado o dia inteiro.

Assim que limpo, vejo que é a moeda que eu havia dado para ele, olho para frente, olhando para a estrada.

Miyuke está do meu lado, de pé, esperando o que eu iria fazer, me levanto, olhando para a moeda na minha mão, a limpo e a coloco no bolso, respirando pela boca.

Miyuke fazia isso também, nenhum de nós dois conseguia respirar pelo nariz quando paramos de correr.

- Já estou chegando, tio. - digo, baixo para que somente eu ouvisse.

Volto a correr, sem perceber que Miyuke tentava me acompanhar, continuo correndo, ignorando ela, pensando somente no meu tio.

Pelo tempo que estávamos correndo, o grupo não deve estar muito longe, Miyuke para de correr mais atrás, paro de correr virando para ela.

Ela analisa algo no chão, erguendo o olhar para mim, sorri, respirando pela boca, ela caminha na minha direção.

- São pegadas de animais. - ela aponta para o chão, olho para onde ela apontava. - A carroça está sendo puxada, eles têm que parar para dar água para os animais. - volto a olhar para ela, ela molha os lábios.

Meu olhar desce para aquele movimento, me fazendo ficar analisando aquilo, pisco, olhando para frente.

- Vamos continuar! - ela volta a correr, passando na minha frente.

Não demorou muito para que ouvíssemos vozes mais à frente, Miyuke desacelera, ela me olha sobre o ombro, olho para ela rapidamente e logo volto a olhar para frente.

Um pelotão inteiro estava mais à frente, com o meu tio amarrado na parte de trás. Aquilo aumenta a minha raiva, respiro pela boca devido à corrida, mas isso não me impede de respirar com raiva também.

Sinto olhar de Miyuke sobre mim, mais ela não entendia nada, não sabia o que meu tio havia feito por mim.

Passo a língua no lábio inferior e fecho os olhos, respirando fundo, assim que os abro, olho em volta.

- Tem certeza de que quer me ajudar? - questiono, assim que meus olhos param nela.

- Não! - ela nega. - Vou ajudar o seu tio. - confirma, se movimentando entre os galhos.

Ela some por entre eles, vou por outro caminho, olhando para o enorme tronco mais a frente do batalhão.

Olho para onde Miyuke entrou e a vejo acompanhando o meu movimento, ela me olha de longe, ela move a cabeça, concordando com algo. Algo que eu não havia dito, mais sabíamos que teríamos que agir rápido, antes de chegar no Poço, onde provavelmente haveria mais soldados da nação da terra.

Ela aponta para si e logo em seguida para os soldados, indicando que ela atacaria por trás, assim que eu desce o sinal. Aponto para o tronco mais à frente, quase caindo da árvore, volto a olhar para ela, ela concorda.

Avanço, indo na direção deles, assim que o que pensei estivesse dando certo, teria que fazer barulho para eles pararem, para que o tronco caísse no lugar certo. Me impulsiono para cima, ficando sobre um outro tronco, olho para eles, jogo algo de cima, fazendo galhos chamar a atenção deles.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Onde histórias criam vida. Descubra agora