Capítulo 7: Um Livro da Nação Desconhecida

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Entro na base, passando pelo meu tio, entro na sala onde havia um oficial sentado atrás de uma mesa, ao seu lado, uma porta.

Não digo quem eu sou, ou espero que me veja.

- Cadê o comandante? Eu quero os relatórios de vigilância. Agora. - digo, ele ergue o olhar pela primeira vez, surpreso em ver alguém que não é dali.

Ele transmiti raiva no olhar, como se o que acabei de pedir fosse algo que ele não queria fazer.

- Como é que é? - me questiona, como se fosse surdo.

- E mapas. - completo, não respondendo a sua pergunta. - Cartas náuticas. - continuo. - Quanto mais detalhes, melhor. - termino.

Ele parecia não entender.

- E quem é você? - me questiona.

Aquilo foi um soco no estômago para mim, mesmo assim, escondi aquilo, minha decepção.

A porta se abre antes que eu diga quem eu sou.

- Príncipe Zuko. - o comandante do lugar, surgindo da sala, se dirigindo a mim. - Mais que honra receber um membro da realeza na nossa humilde base. - ele completa.

Segurando a minha raiva, olho para ele, pelo canto dos olhos, percebo que o oficial de levantou e fez uma reverência. Mesmo sendo da realeza, não aguentava aquela baboseira e bajulação.

- Como posso ajudar o príncipe herdeiro? - me questiona.

Dou um passo na sua direção.

- Como eu falei, eu preciso...

Meu tio me segura, passando por trás de mim e ficando na minha frente.

- Por favor, perdoe meu sobrinho. - ele começa a dizer, reviro os olhos, colocando os braços na frente do corpo. - E nossa educação está enferrujada, como a nossa âncora.

Meu tio me olha, ergo mais minha cabeça e puxo um ar pesado, engolindo saliva, olho para o meu tio rapidamente, volto a olhar para o general.

- General Iroh, não precisa se desculpar, e mil perdões pela nossa indelicadeza. - o general fala, olhando para o oficial. - Não recebemos muitas visitas importantes por aqui, muito menos o famoso Dragão do Oeste. - ele olha para meu tio.

Meu tio solta um ar sorrindo.

- Como meu sobrinho já disse - ele me olha -, nós queremos mapas, relatórios de vigilância. - ele sorri, voltando a olhar para o comandante da base. - Estamos atrás de lulas-tubarões-saltadoras. - meu tio sorri mais ainda para o comandante.

Olho para meu tio, como se aquela desculpa fosse idiota demais para o comandante acreditar.

- Lulas-tubarões? - comandante olha para o oficial a minha frente, como se perguntasse se aquilo existia.

Ele me olha, provavelmente me perguntando se aquilo era verdade, no entanto, olhando para ele, eu conseguia transmitir a mentira que meu tio contava. Meu tio me ensinou a mentir muito bem com o olhar e isso eu dava os créditos facilmente para ele.

- Elas migram nessa época do ano. - meu tio continua, com o general ainda me olhando, ele volta a atenção para o meu tio. - Ah, são uma delícia grelhada com um toque de limão. - meu tio faz um som de aprovação ao falar sobre como é a carne desse animal.

O general olha para a mesa do oficial, solta um ar de confirmação.

- Eu entendo! - ele fala, sem olhar para um de nós, ele ergue o olhar para o meu tio. - Vou fazer o possível pra ajudar. - completa. - Mas podem esperar até amanhã de manhã? Aí poderemos rastrear o que quiserem. - ele questiona ao meu tio, como se eu não existisse mais.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Onde histórias criam vida. Descubra agora