M.R - todas as utilizações para encher

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O quê dizer sobre Matías Recalt?

Vocês dois praticamente cresceram juntos, sua mãe e a mãe dele eram melhores amigas desde a primeira infância. Ela era sua madrinha e sua mãe a madrinha dele.

Era tradição, uma vez por semana, todos os verões, desde... sempre, vocês iam para uma casa de veraneio da família Recalt.

Era espaçosa, com dois andares, quartos medianos, sala e cozinha conectadas.

O lago, na parte de trás da casa, era seu lugar favorito ali desde a primeira vez que conheceu:  água cristalina com a visão belíssima das matas que rodeavam a casa.

E privacidade, muita privacidade.

Pensou várias vezes na possibilidade de fazer festas ali, não teria ninguém para incomodar mas ao mesmo tempo.... aquele lugar era tão belo e intocado.

Chegaram para esse eventinho anual a dois dias e, a dois dias, Matí Recalt a perseguia e a irritava.

Zuava o livro que você estava lendo, a roupa que vestia, o jeito que você ria... enchia seu saco 24 horas por dia.

Você só aceitava, as vezes chegava a rir também, mas só quando não conseguia segurar. Sabia que no fundo, no fundo, ele gostava muito de você.

Talvez não românticamente, mas com certeza, como amiga.

A mãe dele, sua madrinha, sempre dizia isso pra você.

O ato de Matí te irritar tanto era porque queria sua atenção, desde seu primeiro outro amigo na escolinha, até primeiro namorado.

Ele odiava seu ex.

Você vestiu um biquine belíssimo,  pretendia ver o sol se por de dentro do lago. Levou a caixinha de som com umas músicas relax e uma toalha para se enrolar assim que sair.

Enquanto descia as escadas pensava no que aconteceu no primeiro dia de viagem: você e ele precisaram viajar até uma cidade vizinha buscar uns vinhos que seu pai acabou esquecendo em casa.

Não tinha parado para pensar em como seu petulante Matías Recalt havia se tornado um homem.

Ver ele dirigindo na volta para a casa de veraneio, mais especificamente, vendo aquela mão fazendo força contra o volante te deixou... perturbada?

"Bem que podiam estar ao redor do meu pescoço"

- Que foi, sua idiota?

- Ahm? - tirou o foco da mão dele e voltou seu olhar para o rosto pálido e bonito.

- Não para de me olhar! - ele te olhou com um sorriso bobo no rosto mas voltou a atenção para a estrada, você gargalhou alto.

- Acha que eu quero te olhar, Matías? Se liga!

- Certeza que você é apaixonada por mim.

- Vai se foder - resmungou e ele riu, você amava a risada dele. Se perdeu nos pensamentos uma vez e...

"Não é sério, ele deve meter forte".

Esvaziou esses pensamentos trocando a música inadequadamente sensual para uma divertida que vocês dois amavam.

Voltaram cantando Danza Kuduro, deve ter sido uma das primeiras vezes que vocês se divertiram genuinamente juntos. Só os dois e sem ele encher seu saco.

Voltando a agora, desceu as escadas e saiu pela porta dos fundos em direção ao seu lugar.

Estendeu a toalha na madeira do deck que dava acesso ao lago e aproveitou aquele resto de sol. Estava lindo demais.

Tava bom demais pra ser verdade, ouviu  passos fazendo com que a madeira estralasse.

- Eai, feia.

- Feio é você, filho da puta.

- Vou falar pra sua madrinha...

- Da pra calar a porra da boca, Matías?

- Óbvio que não, sua bebezona - sério isso? Ja éram maiores de idade. Você estava na faculdade, já trabalhava... não precisava passar por aquela humilhação.

Levantou do deck, se enrolou na toalha e saiu andando. Matías Recalt te seguiu ainda zoando seu biquíni e sua braveza.

- Será que não consegue me deixar em paz?! - gritou quando chegava perto de casa.

- Não, sua chata! Nasci para te encher o saco - disse te seguindo rapidamente puxando seu cabelo.

- Pena que só enche meu saco e não me enche de porra - você resmungou na sua cabeça revirando os olhos. Você pensou que foi só na sua cabeça, mas não... tinha deixado aquele pensamento intrusivo escapar.

- Como é? - ele deu um passo em sua direção.

- O quê? - você gaguejou um pouco e tropeçou para trás acabando contra a parede de madeira da casa, como se de alguma forma pudesse se afastar de Recalt.

- Você acabou de dizer que queria que eu te fodesse, te enchesse com a minha porra, tivéssimos muitos filhos e morássemos felizes para sempre nessa casa.

- Perá, o quê? Eu não fa- você parou de falar quando ele apertou sua cintura - Matías...

- Eu estava certo esse tempo todo - você tentou negar o que fez com que o sorriso dele crescesse cada vez mais - Já que assumiu que está louca por mim... acho que posso assumir que sou louco por você.

E então te beijou.

E, nossa, foi o melhor beijo da sua vida! Vocês nasceram para se beijar. As mãos dele percorriam seu corpo e pareciam adorar cada uma de suas curvas... você gemeu contra a boca de Matí e ele contra a sua.

O joelho dele foi subindo perigosamente entre suas pernas e se chegasse mais pra cima você acabaria se esfregando igual uma cadelinha no cio.

A mão dele parou no pescoço e ditou o beijo, porra!

Aquele tesão repentino foi cortado...

- FILHA, MATÍ - era sua mãe gritando da janela da cozinha, a poucos passos de onde vocês se agarravam - VENHAM JANTAR!

- Merda - você se afastou bruscamente do rapaz tomando consciência do que tinha acabado de aprontar, não adiantou muito, Recalt segurou sua cintura forte.

- Não adianta fugir de mim, Chiquita. Agora sei que o que eu sempre senti é recíproco, não vou te deixar escapar.

Beijou seus lábios e saiu correndo para dentro de casa.

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será que esse merece uma parte dois?

imagines do cast de lsdlnWhere stories live. Discover now