[🦋] 04 - Death on two legs.

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Quem é vivo sempre aparece


"Sua mula velha desorientada, Com suas regras de teimosia

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"Sua mula velha desorientada, Com suas regras de teimosia. Com seus comparsas de mente pequena. Que são idiotas da primeira divisão." - Death on two legs, Queen

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Estrondosa a porta soou com o forte chute que foi recebido, sendo aberta de forma tão raivosa, um grito agudo veio do canto da sala. Num sobresalto gigante as luzes foram acesas pela figura mal posturada que atravessava a entrada da penumbra e eu parei alí no olho do furacão. Meu corpo já tremia em temor, igual minha irmã, que derrubava sua xícara de chá no chão de porcelanato e se curvava, como se tentasse fundir-se ao chão. Chuu tinha os olhos fchados e apertados tão estreitos quando os intervalos dos meus batimentos cardíacos agora.


É dor com ódio. Jeonghan já tropeçava nos tapetes, minhas irises não sabiam onde se repousar. Eu o ouvia balbulciar, e chuu gritava, não o entendia, muito menos tinha forças para tomar uma atitude, meu cérebro deu tela azul. Jeonghan sorria, com uma garrafa de soju em mãos, uma dentre as milhares que provavelmente consumiu... Cheirava tão mal.

O ambiente carregava um peso denso, como se o próprio ar estivesse contaminado pela tensão que Jeonghan trazia consigo. As luzes, agora acesas, revelavam detalhes sombrios do rosto contorcido de raiva e desespero. Meu coração martelava no peito, e a única coisa que conseguia escutar era o eco dos gritos de Chuu, como um lamento na sala. Aclamava para ser socorrida, diante da carga sensorial tão intensa e imprevisível. Céus, ela esteve tão calma e feliz por horas.

Chuu, no chão, tentava juntar os cacos da xícara quebrada, seus olhos marejados refletindo uma mistura de medo e confusão. As palavras de Jeonghan se misturavam em um discurso incoerente, enquanto eu lutava para decifrar sua fala embriagada. Seu hálito carregava o amargor do álcool, uma fumaça tóxica que se espalhava pelo ar. A tarde mal havia chegado.

Tentei manter a calma, mesmo que cada parte de mim estivesse em fúria máxima. Observando Jeonghan, notei a garrafa de soju balançando perigosamente em suas mãos trêmulas. O brilho insano em seus olhos denunciava uma tempestade interior, uma mistura perigosa de dor e rancor.

- Jeonghan... - murmurei, minha voz vacilando diante da imprevisibilidade da situação. Ele não parecia me ouvir, imerso em sua própria tormenta pessoal. Os segundos se esticavam como horas, enquanto o caos se desenrolava diante de nós.

Apesar do medo visível, levantei-me com um semblante determinado. Seus olhos encontraram os meus, e ali entendi que é impossível tentar acalmar Jeonghan, não adianta apelar para a razão que, mesmo quando sóbria, não residia nele. Mas cada palavra parecia evaporar no ar, perdida na tempestade emocional que o consumia, e tudo se tornava pior quando ele se embriagava.

Incrivelmente • JJK+PJM 🦋🧠Kde žijí příběhy. Začni objevovat