Fantasma do passado

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Acordei com um sorriso imenso no rosto, ainda relembrando os momentos intensos do dia anterior. No entanto, a realidade logo me atingiu quando me dei conta dos desafios que teríamos pela frente. Manter nosso relacionamento em segredo seria uma tarefa árdua, mas eu estava determinada a enfrentar por ele.

Abri as janelas e o dia estava radiante lá fora, tomei um belo banho e coloquei um vestido florido vermelho que comprei na shein, amanhã é aniversário da minha abuela, então cuidei logo em botar um lembrete para que eu não esqueça, a Agatha foi para um piquenique com Paloma e Natália, eu não quis ir, estava me sentindo indisposta, ansiosa... Não sei ao certo, eu esperava que ele me ligasse e me chamasse pra fazer alguma coisa, mas ele é não ocupado, ele é professor universitário e psicólogo, finais de semana acho que não tem consulta, mas com certeza tem muitas atividades para corrigir. O celular tocou me tirando de meus pensamentos.

📞:

-Mariana? Você tá de bobeira? Ou tá ocupada.- perguntou ofegante.
-Richard? Você tá correndo?
-É, vim correr no central park
-Eu tô de bobeira, Agatha saiu e eu preferi ficar em casa.
-Eu vou tomar banho e passo pra te buscar.
-Mas...

Desligou... Acho que isso não me dá escolhas, fui fazer uma make básica, não tinha feito nada no rosto pois pretendia ficar em casa, continuei com meu vestidinho da shein por que ele é maravilhoso, coloquei uma sandália de amarração curta, coloquei alguns acessórios, o colar que minha abuela me deu antes de vir pra cá, coloquei um perfume de lavanda e soltei mais os meus cachos.

Me olhei no espelho uma última vez para me certificar que estava tudo ok, ouvi a buzina do carro e gritei um "tô descendo" paguei minha bolsa e desci, ele estava com uma camisa vermelha igual meu vestido, parecia que havíamos combinado.

-Viu? Até nisso a gente combina, é mesmo coisa do destino.- falou brincalhão.

-haha, bem engraçado você!

-Espero que goste do lugar que vamos, vou fazer de tudo pra te relembrar das suas origens.- disse alisando meu rosto.

-Se você tá comigo, já o suficiente

Nos beijamos e pegamos a estrada, tínhamos que ir a lugares fora da cidade, pra não ter risco de sermos vistos por alguém da faculdade, ele disse que o lugar que vamos fica a uma hora de distância.

Chegamos ao local após uma viagem tranquila e agradável, repleta de risadas e conversas (e muitos beijos). Richard escolheu um restaurante mexicano, sabendo que seria uma maneira especial de me fazer sentir em casa, mesmo estando longe. Enquanto caminhávamos pelas ruas movimentadas da cidade, senti uma mistura de nostalgia e alegria ao ver as cores vibrantes e ouvir as músicas típicas mexicanas ecoando pelas ruas. Ao entrar no restaurante, fui recebida com sorrisos calorosos e aromas familiares que despertaram memórias da minha vida no México. Richard me guiou até uma mesa reservada no terraço do restaurante, que ficava lá em cima com o céu aberto e uma decoração muito igual ao dia de Los muertos, diferente da parte de baixo, começamos a explorar o menu repleto de pratos tradicionais mexicanos.

Enquanto saboreávamos tacos, quesadillas e guacamole, compartilhamos histórias sobre nossas culturas e tradições. Richard estava genuinamente interessado em aprender mais sobre o México e suas tradições, o que me fez sentir ainda mais conectada a ele. Ele passou um período no Brasil

Após uma refeição deliciosa e cheia de risadas, saímos do restaurante de mãos dadas, sentindo-nos mais próximos do que nunca. A escolha de Richard em nos levar a um lugar que me lembrasse das minhas raízes mostrou o quão atento e carinhoso ele era, e eu me senti profundamente grata por tê-lo ao meu lado.

A queridinha do professor Where stories live. Discover now