Te quero pra mim

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Duas semanas se passaram depois do ocorrido no central park, o clima ficou estranho e desconfortável no começo, não nos falávamos a não ser pra tirar dúvidas sobre a sua matéria ou pra responder a chamada, hoje é sexta-feira e vim a aula sozinha pois a Agatha está muito resfriada e está de cama, estou na biblioteca com o Lucas e o Dean, ambos tem trabalho pra entregar na segunda feira então resolvi dar uma mãozinha.

-Eu não aguento mais estudar cara, que saco.- falou Dean fechando o livro com força.

-Isso por que só teve duas semanas de aula, imagina no fim do semestre? Santo Dios.- falei rindo

-Ele é meio exagerado mas eu também estou me sentindo meio sobrecarregado.- falou Lucas apoiando a cabeça na mesa.

-Ah gente também né, Dean faz medicina, uma profissão muito puxada e importante, muito importante, e você Lucas faz designer de moda, não é só desenhar e costurar é uma demanda muito alta!- falei indo buscar mais um livro

-Eu queria era ter escolhido psicologia, bem mais fácil- disse Lucas fazendo biquinho.

-Teu cu, você sabe que pode dar muito ruim se o atendimento não for feito corretamente né? Você pode correr o risco de perder um paciente pra você sabe o que.-Disse Dean indignado com o que Lucas acabara de falar.

-Não tinha pensado por esse lado desculpa Mari- falou Lucas.

-Ah não esquenta, já ouvi muito isso.

-Bom a gente já vai Amiga, temos uma grande faxina pra fazer hoje!. -disse Lucas.

-Nem me fale.-falou Dean

-Boa sorte pra vocês haha.

Fiquei mais um tempo na biblioteca revisando o conteúdo da semana, olhei pela janela e estava caindo o mundo lá fora, o clima mudou tão de repente, estava um sol tão quente hoje, e o pior que eu não trouxe nem um guarda-chuva, o que significava que eu iria enfrentar a chuva quando saísse dali. Suspireie decidi que teria que dar um jeito de me proteger da água.
Descendo as escadas percebi que quase todo mundo já tinha ido embora, a chuva só aumentava e a parada de ônibus não era não perto assim, decido encarar a chuva a final, não sou feita de açúcar. Quanto mais eu andava mais a chuva aumentava e eu já estava toda encharcada, minha única preocupação era o meu celular e os meus livros, um carro preto para do meu lado e abaixa o vidro.

-Entra Mariana.

Ele de novo? Mas será que eu nunca vou conseguir esquecer essa criatura?

-Eu não vou entrar, eu não já falei pra você me deixar em paz?- disse impaciente.

-Mas você tá toda encharcada Mariana, entra, eu te levo pra casa.-falou abrindo a porta.

Entrei relutante por estar mais uma vez sozinha nesse carro com ele, só que em circunstâncias diferentes. Ele me olhava profundamente e isso já estava me deixando com vergonha, tentei desviar o olhar, mas sua presença me envolvia de forma desconcertante, o silêncio entre nós era quase que ensurdecedor, o único som era o da chuva batendo contra o carro.

-Desculpe.- finalmente disse quebrando o silêncio.- eu sei que você não quer me ver mas eu não consigo deixar de me preocupar com você... especialmente em uma tempestade como essa.

Senti um nó se formar na minha garganta. Por mais que eu tentasse negar uma parte de mim ainda se importava com ele.

-Tudo bem...-respondi evitando seu olhar.-obrigada- completei.

O sinal abriu e ele voltou a dirigir, e o caminho até em casa pareceu mais curto do que normalmente é, a sensação de desconforto persistia, mas havia algo reconfortante com sua presença ao meu lado. Talvez mas... Só talvez eu não estava tão sozinha como eu pensava.

A queridinha do professor Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin