Capítulo 31 ✨

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Por um instante Ludmilla não soube bem o que fazer ou dizer. Brunna estava num estado lastimável, a pele dela estava pálida, o olhar meio perdido e sonolento. Então tentou falar com ela.

- Brunna é você?

A outra não respondeu nada, mas se
encolheu ainda mais, então Ludmilla percebeu que o farol da moto ligado provavelmente não deixava que ela enxergasse direito quem estava ali, correu até a moto e desligou, então tentou falar com ela novamente.

- Brunna olha, sou eu, Ludmilla.

-É você... mesmo, não..estou sonhando? - Percebeu a fala lenta e tremida de Brunna, e ela falava tão baixo que quase não conseguia ouvir.

- Sou eu sim. O que aconteceu? Você brigou
com seu marido e resolveu ficar fora de casa?

- Ele-e....é mau-u. - Queria muito entender o que estava acontecendo, mas parecia que a loira estava confusa demais para explicar algo, temeu que estivesse com um começo de hipotermia, tinha que tirar ela dai já.

- Tudo bem Brunna, ele é mau, mas agora
é melhor eu te levar para casa, ok? Amanhã
você resolve essa briga com ele.

- Não posso... ir pra... casa.

- Eu entendo que vocês brigaram, mas você
podia ao menos ter pego uma blusa de frio
quando saiu né? Agora o que você não pode é ficar agui.

- Não tenho escolha. - Ficou sem saber o que dizer para convencer a outra a sair desse frio.

- Então vamos até minha casa, ou um hotel
ou onde você quiser, ok?! Só não dá pra ficar aqui.

- Se eu... for ele... vai saber.

- Ele não vai saber droga nenhuma, é quase
23:00 horas ele deve estar dormindo na cama bem quentinha enquanto você congela aqui fora!

Começou a sentir um começo de irritação,
tinham que sair logo dali, mas Brunna estava mais empacada que mula em areia fofa. Então resolveu jogar baixo. Sem se aproximar muito dela, tirou o casaco e cobriu o corpo da loira, logo na primeira rajada de vento frio, já se arrependeu disso, mas Brunna precisava mais do casaco do que ela. Ficou só com uma camiseta curta.

- Toma meu casaco. - Brunna se embrulhou nele como se fosse a coisa mais preciosa do mundoe naquele momento de frio congelante, com certeza era.

- Agora presta atenção Brunna. Você tem
duas escolhas, ou vai comigo para algum
lugar, sua casa, a minha, um hotel, ou vamos ficar as duas aqui nesse frio até congelar, porque eu não vou sair daqui até que você saia também.

Pensou que a outra não fosse dizer nada e as duas iam mesmo congelar ali, já sentia o efeito do frio no corpo todo que começou a tremer. Então a loira se decidiu.

–Ok... Ludmilla... Vamos... para sua casa.

Deu um suspiro de alívio e ajudou a outra a
levantar e vestir o casaco, enrolou o cachecol em volta do pescoço dela e colocou o capacete, só havia levado um, por ser perto ela mesma iria sem capacete.

Subiu na moto e ligou, Brunna montou na
garupa e sem que Ludmilla precisasse dizer
nada, abraçou a sua cintura. Ao invés disso
ajudar a garota a se esquentar, só piorou o
frio. Brunna estava parecendo um defunto de tão fria.

Acelerou a moto para chegar logo em casa,
sentia os dedos endurecendo no guidão da
moto. Tudo que queria nesse momento era
algo bem quentinho.

A Mulher Do Pastor حيث تعيش القصص. اكتشف الآن