Capítulo 46 ✨

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Uma raiva tão grande tomava conta de
Caio, o corpo chegava a tremer. Como
aquela piranha ousava falar com ele daquele jeito? E ainda tinha Brunna, aquela inútil tinha coragem de desafiá-lo na frente da outra. Foi até o banheiro e tomou seu remédio para pressão que com toda certeza estava nas alturas, não ia dar o gostinho de ter um ataque cardíaco e morrer, deixando as duas soltinhas para viverem em paz.

Suas dúvidas a respeito de Brunna começaram no dia que ela defendeu a tal Ludmilla, achou bem estranho essa atitude, Brunna sempre foi uma pamonha e de repente, do nada resolve defender uma estranha. Quando estavam juntos e Ludmilla passava, notava como ela
ficava agitada e tentava a todo custo não olhar para a outra.

Eram sinais que estavam ali, mas ele preferiu não ver. Mas ainda não era tarde demais, daria uma lição nas duas. Agora, com essa situação toda acontecendo ele não tinha mais dúvidas, as duas estavam tendo um caso, e se não estavam, era bem
provável que logo começariam, tinha que dar um fim nisso antes que a coisa se espalhasse pelos fiéis.

Como a honra dele ficaria se soubessem que
sua mulher estava agora com outra?

Tinha que zelar pela sua reputação, apesar
de ter certeza que a maioria do seus fiéis ia
condenar Brunna, ainda assim seria um dano enorme a sua imagem de homem protetor e enviado de Jesus na Terra.
Ainda não tinha um plano totalmente formado em mente, mas sabia exatamente
qual era o final que queria para tudo aquilo.
Tinha que ser cuidadoso, Ludmilla era mesmo herdeira de uma familia poderosa, qualquer coisa que he acontecesse não ficaria impune, iam cair em cima do culpado como urubus na carniça. Por isso tudo tinha que ser planejado
cuidadosamente.

Já se sentia mais calmo, só pensar que logo se vingaria, a bíblia dizia olho por olho e dente por dente, era assim que ele agiria, como um anjo vingador. Foi até o quarto e abriu com a chave uma caixa que ficava guardada dentro do guarda-roupa, tirou de lá um revolver Taurus preto. Acariciou a arma, havia comprado ela no porto a alguns anos, adorava a sensação de poder e destruição que ela transmitia, sentia se dono do mundo com ela na mão. Abriu o
cilindro e certificou se que estava carregado
com as cinco munições, fechou e fez mira,
fingindo que dava alguns tiros.

Não sabia como fazer, mas tinha certeza de
uma coisa, mataria Ludmilla, faria parecer
um assalto, acidente ou até mesmo suicídio,
existiam várias formas, uma teria que dar
certo. Quanto a Brunna, deixaria ela viva para sofrer com a morte da amante, e ainda ter prazer de ver ela se arrastando de volta para ele, implorando perdão. Não se sentia culpado por querer acabar com vida da garota, ela era uma aberração, uma coisa contra a natureza, Deus estava do seu lado, segrando sua mão para fazer a justiça. Guardou o revolver de volta na caixa. Agora
se sentia plenamente bem.

-Sou o anjo vingador de Senhor, sou seu
enviado, tudo que faço é certo. Amém.

Agora precisava sair um pouco, tinha
muita tensão acumulada, ia até porto
procurar sua diversão, apesar de fazer isso só aos domingos, hoje abriria uma exceção, hoje se sentia poderoso.

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