— Eles não vão gostar disso — Grover disse. — Vão achá-lo impertinente.
Percy colocou dracmas de ouro na bolsa anexa e fechou a caixa, um som como o de uma caixa registradora soou. O pacote flutuou para fora da mesa e desapareceu com um som de pop.
— Eu sou impertinente — Percy disse e olhou pra Annabeth, como se esperasse uma crítica.
— Vamos — ela murmurou. — Precisamos de um novo plano.
Ashley e Luke saíram da cozinha, Luke a apoiando pela cintura.
— tudo bem? — Percy perguntou e Ashley assentiu.
— vamos sair daqui.
Eles saíram do armazém e andaram um pouco, parando em uma clareira a alguns metros.
— vamos acampar aqui. Ao amanhecer pensamos em algo — Annabeth disse e ninguém tentou discutir.
Estavam exaustos.
Felizmente tinha parado de chover. Os garotos pegaram comida e cobertores no armazém, mas concordaram em não fazer uma fogueira. Poderia atrair atenção.
— vamos fazer turnos — Luke disse. — assim todo mundo dorme um pouco.
Eles concordaram.
— eu posso ficar com o primeiro — Percy se ofereceu e aceitaram.
Annabeth se enroscou em um dos cobertores e adormeceu rapidamente, Grover voou até um galho mais baixo da árvore perto deles, se encostou no tronco e olhou pro céu. Ashley se cobriu e deitou no chão, usando sua mochila como travesseiro e virando de lado, se encolhendo um pouco. Luke se sentou do lado dela, encostando as costas no tronco da árvore e fechando os olhos, mesmo que não fosse dormir imediatamente.
— Vá em frente e durma — Percy disse pra Grover. — eu te acordo se houver problemas.
— Isso me deixa triste, Percy — Grover disse depois de concordar.
— O quê? Ter se juntado a essa missão estúpida?
— Não. Isso me deixa triste — ele apontou para todo aquele lixo no chão da clareira. — e o céu. Não dá nem para ver as estrelas. Eles poluíram o céu. Esta é uma época terrível para ser um sátiro.
— Ah, sim. Acho que você seria um ambientalista.
Grover o olhou feio.
— Só um ser humano não seria. Sua espécie está entulhando o mundo tão depressa que... Ora, não importa. É inútil fazer sermões para um ser humano. Do jeito que as coisas vão, nunca encontrarei Pã.
— Que Pã?
— Pã! — gritou, indignado. — P-Ã. O grande deus Pã! Acha que quero uma licença de buscador para quê?
Uma brisa estranha fez farfalhar a clareira, encobrindo por um momento o fedor de lixo e putrefação. Trazia o cheiro de frutas e flores selvagens, e de água limpa de chuva, coisas que devem ter existido algum dia naqueles bosques.
— Fale-me sobre a busca — Percy pediu.
Grover o olhou com receio, como se temesse que ele estivesse apenas me divertindo às custas dele.
— O Deus dos Lugares Selvagens desapareceu há dois mil anos — ele contou. — Um marinheiro vindo da costa de Éfeso ouviu uma voz misteriosa gritando na praia: “Conte a eles que o grande deus Pã morreu!” Quando os seres humanos ouviram a notícia, acreditaram. Estão pilhando o reino de Pã desde então. Mas, para os sátiros, Pã era nosso senhor e mestre. Era nosso protetor, e também dos lugares selvagens na Terra. Não acreditamos que tenha morrido. A cada geração, os sátiros mais valentes empenham a vida para encontrar Pã. Eles esquadrinham o planeta, explorando todos os locais mais selvagens à espera de encontrar o lugar onde ele se esconder e despertá-lo de seu sono.
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ASHES, Luke Castellan - PJO
FanfictionCinzaz Ashley passou anos de sua vida no hotel lótus, onde o tempo passava de forma diferente. Quando saiu do hotel, um homem familiar a encontrou e a levou até o acampamento meio sangue, a deixando lá e a entregando uma caixa antes de ir embora. As...