capítulo 1

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Minho trabalhava em um consultório veterinário, e o dia tinha sido cheio de trabalho. Para sua felicidade, não precisou dar nenhuma notícia ruim; foram apenas atendimentos de rotina e vacinação, com exceção de alguns animais doentes. Não houve nenhuma perda, por isso ele considerava o dia bom.

A paixão de Minho pela medicina veterinária começou na infância, quando ele desenvolveu um profundo interesse por animais e seu bem-estar. Seus pais, percebendo sua inclinação desde cedo, sempre o encorajaram a seguir esse caminho.

Ao longo dos anos, Minho dedicou-se aos estudos, adquirindo conhecimentos e experiências que o prepararam para a carreira veterinária. Seu amor pelos animais e a satisfação em ajudá-los tornaram-se motivações constantes em sua jornada profissional.

No consultório, ele não apenas aplicava seus conhecimentos técnicos, mas também oferecia um toque compassivo aos animais e seus tutores. O ambiente de trabalho refletia não apenas a realização de um sonho, mas também o resultado de anos de dedicação e apoio contínuo da família.

Minho via seu trabalho como uma missão, onde a prevenção, o cuidado e a empatia se entrelaçaram para proporcionar o melhor para os animais que atendia. 

A paixão de Minho não se restringia apenas ao âmbito profissional; ele via essas atividades como uma extensão natural de seu compromisso com o cuidado animal. Sua atuação em movimentos sociais refletia não apenas seu conhecimento técnico, mas também sua vocação para fazer a diferença na vida dos animais e na comunidade em que vivia.

À medida que a clínica veterinária se aproximava do horário de fechamento, Minho já havia organizado sua mesa e preparado os materiais. Com 30 minutos restantes, ele aproveitou o tempo mexendo no celular, navegando pelas redes sociais e trocando mensagens com seus amigos.

— Oi, Minho, como não vem mais ninguém, eu vou indo logo, tudo bem? — disse a recepcionista.

— Já está tudo arrumado, só falta apagar as luzes e fechar a porta.

— Claro, sem problemas. Pode ir tranquila. Eu finalizo as últimas coisas aqui e fecho a clínica. Até amanhã! — respondeu Minho, expressando cordialidade enquanto a recepcionista se preparava para deixar o local.

Após finalizar os últimos detalhes e despedir-se da recepcionista, Minho pegou seu celular para verificar o horário. Surpreendeu-se ao notar que já passava das 18h, percebendo que o tempo havia escapado enquanto arrumava as coisas. Com um suspiro, ele se preparou para sair, encerrando oficialmente o expediente do dia.

Pronto para sair, Minho guardou sua carteira e celular na bolsa. Ao desligar o notebook, ouviu um barulho alto na porta, como se alguém tivesse caído. Ao abrir o notebook novamente para poder verificar as câmeras de segurança, viu um rapaz, aparentemente não muito mais jovem que ele, tentando se equilibrar. Minho não conseguia identificar o que estava errado, pensando que o rapaz poderia estar bêbado ou ter tropeçado. O ambiente ao redor, iluminado pelas luzes da rua, revela poucos detalhes sobre a origem do incidente.

As suposições de Minho desapareceram rapidamente quando percebeu um líquido vermelho escorrendo pela sobrancelha do rapaz. De alguma forma, ele conseguiu identificar a situação, mesmo sem entender completamente como. A visão do sangue aumentou a urgência de Minho em ajudar o jovem em dificuldades. Os detalhes da cena começaram a surgir: o jovem parecia desorientado, tentando se apoiar em algo para se levantar.

O coração de Minho acelerou enquanto ponderava sobre como ajudar o jovem, mas preocupações de segurança começaram a surgir em sua mente. Falando consigo mesmo, hesitou, temendo um possível perigo. Contudo, seus pensamentos foram interrompidos por um barulho ainda mais alto na porta, intensificando a urgência e forçando Minho a agir rapidamente para entender a situação.

Unexpected - hyunho Where stories live. Discover now