Unexpected - hyunho

capítulo 35

Assim que chegou ao hospital, Hyunjin se encontrou com Taemin. O mais velho estava sentado e havia alguns outros médicos em volta dele, o fazendo companhia e lhe dando palavras de apoio e carinho.

Hyunjin, que estava de mãos dadas com Minho, se aproximou de seu irmão e em seguida passou a mão em seu cabelo, na mesma hora o choro do mais velho se intensificou. Hyunjin se abaixou e ficou de joelhos na frente de Taemin, segurou seu rosto e viu que os olhos do outro estavam vermelhos e inchados, assim como os seus; ficaram se encarando e não foi preciso dizer nada, apenas se abraçaram com força e voltaram a chorar.

— Como aconteceu? — Hyunjin perguntou entre soluços, afastando-se de seu irmão para poder encará-lo.

— Eu não sei, quis esperar você. — Taemin se deixou curtir um pouco do breve carinho que seu irmão fazia. Os outros médicos que estavam junto dele foram embora, dando privacidade à família.

Jeongin chegou pouco tempo depois e foi reconfortar os irmãos. Ele também estava chorando; havia perdido sua segunda mãe.

Ficaram sentados naquela sala de espera por quase meia hora antes do médico aparecer, e quando o Dr. Seo entrou no salão, ambos ficaram de pé e ansiosos para ouvir.

— Boa noite, meninos. — O Dr. se aproximou triste do grupo, seu semblante mostrava o quão cansado ele estava. — Sinto muito por a gente se encontrar nessa situação… Vamos para um lugar mais tranquilo?

Ambos acenaram, e o Dr. os encaminhou até uma sala de reunião que havia no andar.

— Como aconteceu? — Hyunjin perguntou assim que entrou na sala, sua mão segurava firme a de Minho.

— Ela teve uma parada cardiorrespiratória — o Dr. falou com a voz baixa, escolhendo as palavras com cuidado. — Estávamos fazendo tudo que podíamos para reanimá-la, mas quando percebemos, o tempo já havia passado. Infelizmente, não havia mais nada que pudéssemos fazer para trazê-la de volta.

Hyunjin abraçou Minho com força quando o médico terminou de falar, chorando com o rosto encostado no pescoço do mais velho. Minho deixava leves carícias nas costas de Hyunjin enquanto segurava o choro. Não queria chorar, não na frente dele; precisava ser forte.

— Eu sinto muito. — O médico falou mais uma vez e respeitou o momento da família, desviando o olhar para dar-lhes privacidade.

— A gente pode vê-la? — Jeongin perguntou entre suspiros e soluços, seus olhos vermelhos demonstrando a dor que sentia.

— Ela ainda está no quarto. Podem ter o tempo de vocês para se despedirem. — O médico respondeu com gentileza e saiu da sala, deixando os irmãos a sós com suas emoções.

Os quatro foram até o quarto. Hyunjin parou na porta, sentindo um nó na garganta se formar. Não queria entrar; não achava que iria conseguir encarar a mãe deitada ali, imóvel. Seus olhos marejados refletiam sua dor e relutância.

— Eu não consigo, Minho — Hyunjin falou baixo, se apoiando na parede perto da porta. — Eu não consigo vê-la daquele jeito… Não sei se quero.

— Tá tudo bem, meu amor, você não precisa — Minho puxou Hyunjin pela cintura e o abraçou mais uma vez. — Ela vai entender… Sua mãe não ia querer que você fizesse algo que não queira, não é?

— Sim… — Hyunjin respondeu abafado devido ao abraço que estava recebendo.

— Vamos dar tempo dos meninos se despedirem. Você se importa se eu entrar depois? — Minho perguntou, segurando o rosto de Hyunjin entre suas mãos e beijou sua testa quando o mais alto apenas balançou a cabeça negativamente.