Por mais que tentasse, o mais velho não conseguia tirar a cena do que viu mais cedo, em como o Hyunjin estava. Passou o trabalho todo pensando nisso, não podia negar, estava preocupado com o mais novo.
Durante o dia, ficou preso numa batalha interna entre ir até a casa dele ou não, fez uma lista dos prós e contras (o que não ajudou em nada, já que não saiu da primeira linha), por fim, decidiu ir assim mesmo, estava realmente preocupado com o mais novo.
Minho já estava parado na porta de Hyunjin, dentro de seu carro, indeciso sobre se deveria abordá-lo imediatamente ou simplesmente partir e deixar esse assunto para trás. Após cerca de 20 minutos de reflexão, finalmente decidiu sair do veículo e dirigir-se à porta.
Respirando fundo, Minho tocou a campainha, esperou por um momento e tocou novamente. Uma voz ao fundo disse: — Já estou indo — Pouco depois, a porta se abriu. Hyunjin, que inicialmente sorria, fechou o semblante ao encontrar os olhos de Minho, resultando em um suspiro escapando dos lábios deste último.
— O que você tá fazendo aqui? — perguntou baixo, mantendo o rosto sério.
— Eu vim ver como você estava — Minho gaguejou ao falar, colocou as mãos no bolso da calça e continuou, — eu estava preocupado.
— Já disse que não quero sua preocupação, já viu que eu tô bem, pode ir embora — Hyunjin falava rápido, desejando que Minho saísse logo dali.
— Por que você tá me tratando assim? Eu não fiz nada de errado — Minho respondeu irritado.
— Eu não sou sua caridade, Minho. Não preciso de sua ajuda. Vai embora, me deixa em paz — falou alterado, seu rosto começando a ficar vermelho.
— Caridade? Que porra você está falando? — Minho falou mais alto, ficando extremamente irritado. — Eu só tava preocupado, mas você parece ser incapaz de agir como um ser humano decente.
— Por quê? — Cruzou os braços e viu Minho franzir a sobrancelha, como se tentasse entender. — Por que você tá preocupado? — A pergunta ecoou no ar, exigindo uma explicação que parecia mais complexa do que simplesmente expressar inquietação.
— E precisa de motivo? — Minho respondeu quando percebeu que o mais novo não ia dizer nada. Antes que pudesse continuar, viu uma senhora passando pela porta.
— Oi, filho, quem está aí? — A Sra. Hwang abriu um sorriso para Minho. — Você é amigo do Hyunjin?
— Me chamo Minho, prazer em conhecê-la — Minho se curvou respeitosamente para a mulher.
— Ah, que educado!! Vem, entra, vamos jantar. A comida acabou de ficar pronta — a mulher falou, abrindo passagem para o mais velho.
— Não será necessário, mãe, Minho já estava de saída — Hyunjin tentou jogar uma indireta, olhou para Minho, mas nada foi feito, pois sua mãe continuou a falar.
— Não seja mal educado, não te ensinei assim. Venha Minho, entre! — A Sra. Hwang insistiu tanto que Minho não conseguiu recusar. — Espero que você goste da comida, meu filho que preparou. — Ambos foram guiados para dentro pela mãe de Hyunjin, mesmo com a relutância evidente do mais novo.
Minho podia perceber que Hyunjin não estava interessado na situação, mas ignorava isso; queria entender o que estava acontecendo e sabia que era impossível recusar algo para a Sra. Whang.
Assim, quando a anfitriã se sentou à mesa, Minho fez o mesmo. A mesa tinha quatro lugares, com a mais velha na ponta, Hyunjin à direita e Minho à esquerda, resultando numa disposição onde todos os dois homens ficaram frente a frente.
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Unexpected - hyunho
FanfictionMinho, quase encerrando seu expediente na clínica veterinária, surpreende-se com um barulho na porta. Ao verificar, encontra Hyunjin desmaiado e decide socorrer o rapaz. A partir desse dia, suas vidas se entrelaçaram de forma inesperada.