7 - Bucareste

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#Codenamefantoche

É na Romênia.

Seu país de origem, onde fica o começo de toda a sua linhagem. Talvez aquele trabalho fosse também uma porta para as respostas que tanto procura sobre si e todo o mistério sobre o veneno que corre em suas veias, capaz de transformar outros em criaturas como ele.

Jungkook se viu diante de uma grande oportunidade e não pensou duas vezes.

— Avise ao Seokjin. — se levantou rapidamente e caminhou em direção a porta — Em dois dias iremos partir.

[...]

Bucareste, Romênia

— Esse negócio de viver no frio não é exatamente a minha praia. — resmungou enquanto ajeitava o sobretudo contra seu corpo.

Algumas mechas caiam sobre sua testa, Park Jimin caminhava pelas ruas de Bucareste a fim de voltar para o local de passar a noite. Visto que precisava achar os fugitivos do inferno: Avareza, Luxúria, Ira e a Inveja. E então, pensando melhor sobre, se misturar na sociedade como eles estavam fazendo fosse a saída para encontrá-los.

Iria jogar o jogo deles.

O moreno parou em frente a uma grande porta de madeira, parecia bem larga também. Park bufou antes de bater na porta, já que sabia o que iria acontecer em seguida.

— Jimin, meu filho! — a senhora baixinha e de cabelos claros abriu a porta.

Ela estava bem sorridente.

— Oi! — Jimin respondeu com um sorriso sem graça.

Ele odiava contato físico, já a senhora era tão pegajosa que fazia com que a criatura infernal ficasse levemente enojada. Os braços fortes da moça passaram em volta de seu tórax, em um abraço.

— Tá bem, senhora Luana, vou ficar sufocado.

Ela se afastou sorrindo, passando suas mãos em seu avental como se estivesse com as mãos meio úmidas, o que era bem comum já que ela tinha algum problema referente a isto em suas mãos. Já Jimin sempre ficava saturado de toda aquela recepção, mesmo quando ia só a farmácia comprar o seu chiclete favorito, era sempre recebido com tamanho momento de boas vindas.

Fazer o que se era apenas o jeitinho da senhora Luana de ser?

— Você deve ter estudado bastante hoje, né?

Após Jimin entrar, a Luana o ajudou a retirar seu sobretudo para que ficasse mais confortável. A senhora sempre hospedava alunos de intercâmbio em sua residência, e Park Jimin viu a oportunidade perfeita quando, por acaso, soube sobre essa "modalidade". Ele chegou ali junto de um grupo de outras pessoas que ficaram ali alguns meses. Os outros foram embora, mas Jimin permaneceu usando uma desculpa de que iria tentar uma pós-graduação em sua área.

E a senhora Luana não pode ficar mais feliz, visto que adorava ele.

Eles trocaram algumas palavras e Jimin conseguiu dar uma escapa até seu quarto. Ali já entrou bufando. Tirou suas calças e caiu em sua cama, ele se deitou e repousou seus braços atrás de sua cabeça.

Park havia verificado em diversos cantos de Bucareste e chegou a conclusão de que não havia ninguém ali que fosse importante. Talvez por ser a capital, Jimin começou a suspeitar que os pecados ficariam expostos demais e estariam em alguma cidade do interior.

O problema seria, onde?

Olhou seu relógio de pulso, já eram 07PM e ainda estava claro. Talvez já fosse o momento de se despedir da senhora Luana.

[...]

Bran, Romênia

O sol fraco tocava as janelas da sala.

Já faziam alguns dias que haviam chegado ao pequeno vilarejo de mais ou menos cinco mil habitantes. Jungkook havia encontrado em alguns documentos velhos que seu tio havia deixado, que aquela região da Transilvânia tinha relação com algo sobre o seu passado.

Onde, possivelmente, começou toda a sua linhagem.

Haviam conseguido uma casa simples, com três quartos e que não chamava muita atenção. Jin, Namjoon e Jungkook se organizaram ali com seus equipamentos e pesquisas sobre possíveis lugares que precisavam investigar.

Jin caminhou até a sala com uma caneca com bastante café, seu rosto ainda estava um pouco cansado visto que não havia se acostumado muito com o fuso horário e haviam trocado de local mais ou menos três vezes. Ele se sentou em sua cadeira em frente ao seu computador, que foi onde escolheram deixar. Enquanto isto, Namjoon estava deitado em um dos sofás e também Jungkook.

— Então — iniciou Seokjin enquanto dava outra golada — Descobri algumas coisas.

Os dois vampiros que estavam somente encarando o teto, se sentaram para que pudessem prestar atenção.

O Kim apenas ajeitou seus óculos antes de continuar.

— Bom, pelo que estavam nos documentos que o Jungkook me mostrou, há uma espécie de subterrâneo em um dos castelos da Romênia que dá acesso a alguma coisa. — suspirou — Ninguém sabe ao certo o que é.

— Como assim, "ninguém sabe"? — indagou Namjoon.

— Então, historiadores nunca acharam esse suposto subterrâneo. Ninguém sabe o que tem lá, se é uma biblioteca, se é só um calabouço.

Jeon e Kim se entreolharam.

— Porém, para ter acesso a este lugar, precisamos achar uma espécie de chave que está escondida nos castelos da Romênia. — Jin continuou — É uma espécie de imagem em que Drácula está oferecendo sua alma ao Diabo. Algo que foi pintado por um pintor bem renomado.

— Vai ser moleza então. — Jungkook se esticou no sofá.

— Existem mais de cem castelos na Romênia, Jungkook. — respondeu Jin com um sorriso sem graça.

Os vampiros se entreolharam, o trabalho iria ser longo e até difícil, mas precisavam atravessar aquele momento para obter suas respostas que procurava há anos.

— Eu só queria entender porque este cliente em questão precisa de tudo isso. — Seokjin bebericou um pouco mais de seu café — Quer dizer, ele não sabe que vocês são apenas assassinos de aluguel?

Havia uma questão ainda não resolvida em relação a Kim Seokjin, ele não sabia que Jeon Jungkook e Kim Namjoon são vampiros. Então, para que ele não suspeitasse de nada, Namjoon fingiu ser um cliente que necessitava de um artefato importante e deixou a ideia de ir atrás dos mandantes do tráficos de drogas internacionais em stand by.

Visto que queria ajudar seu amigo logo.

Já Jeon não se importava muito com essa situação do Jin, porém levava em consideração a amizade dele com Namjoon e o quanto o loiro o protegia. Então entrava no teatrinho.

— Enfim — Jin olhou para os companheiros de trabalho — O castelo de Bran não é distante daqui e está abandonado. Acho que seria um ótimo lugar para começar.

— Então, partiremos amanhã à noite.

Jungkook disse antes de se levantar e seguir para o seu quarto.

[...]

A noite já havia caído, o que seria bem tranquilo para Jeon que já havia se preparado e ido sozinho.

Caminhava entre as árvores altas, ainda havia algumas casas do vilarejo por perto. A rua era bem simples, ainda de chão e bem estreita. Não tinha iluminação, mas Jungkook não precisava de qualquer forma. Desabotoou seu sobretudo, havia algumas armas na lateral de seu corpo.

Já um pouco longe da civilização, Jeon tinha seus pensamentos viajando em diversas dúvidas que tinha em sua mente. O que era, de onde vinha, porque tinha diferenças em relação a outros vampiros, e talvez elas seriam sanadas logo.

Já nas sombras da floresta uma criatura o observava bem sorrateira, esperando o momento certo de aparecer.

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⏰ Last updated: Mar 18 ⏰

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