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Autora on.

Quando Violeta escapou das correntes ela lembra de ter deslocados os pulsos e depois ela teve que deslocar os tornozelos, o que doeu demais, e teve que os colocar de volta. Violeta teve ter muitas forças para não gritar dor e correr sem rumo escuridão a dentro. Ela não sabia para onde estava indo, mas sabia que tinha que se esconder rapidamente.

Ela correu o que parecia ser horas dentro daquele breu. Por incrível que pareça com o passar do tempo acaba se acostumando com a escuridão e ela podia ver pequenas formas. Como era um mundo paralelo ela correu para um portal, e para sua decepção ele não funcionava.

É, claro que não iria funcionar aquele lugar era uma prisão.

Violeta estava perto de um pequeno vilarejo quando escutou o grito do necromante ecoando pelo o lugar, aparentemente ele deu falta dela naquele momento. Ela entrou em uma taverna mais próxima e cegamente procurou pelo o porão, ela não iria ficar tão avista assim.

Tropeçando um poucos as escadas ela entrou no portão totalmente escuro e silenciosamente fechou a tampa. Violeta tateou cegamente a escada e se escondeu atrás dela com as mãos sobre a boca. Todo o lugar tremia e um frio horrível se instalou por todo o lugar, significava que ele estava perto.

Ela escutou a porta do lugar sendo brutalmente aberta e os passos dele também.

Violeta prendeu a respiração e desacelerou o coração. Ela aprendeu essa técnica com um grupo no Japão, para fingir sua própria morte, eles desaceleravam o coração e prendiam a respiração. Era perigoso para quem tem problemas cardíacos, mas esse não era o caso dela.

Os passos dele pararam em cima da escotilha do porão.

A humana olhava para o breu com medo e também com desespero. Os passos dele logo se ouviu novamente, mas ele estava indo embora. Seus passos pesados foram embora e logo ele gritou novamente. Lentamente ela respirou quase como uma brisa suave e normalizou os batimentos cardíacos.

- Eu vou te achar! Não importa o quanto isso demore.

Violeta esperou por duas horas, na sua contagem de segundos por segundos, antes de se mover. Ela acariciou a barriga sutilmente antes de respirar lentamente e depois controlar a vontade de chorar. Ela estava presa com ele e não iria demorar para ele achá-la.

Ela se sentou de pernas cruzadas, como se fosse meditar, ela ficou pensando no que ele disse.

- Tenho o poder de minha mãe e a força do meu pai?.

Murmurou para si mesma tentando pensar no que fazer ou em como despertar o que tivesse dentro dela. Ela fechou os olhos e respirou lentamente enquanto meditava, o lugar era todo empoeirado, mas estava mais conservado lá embaixo do que em cima.

Ela não sabe quanto tempo estava lá embaixo meditando, mas uma coisa ela percebeu. Ela não sentia fome e nem sede apenas o cansaço. Tudo é estranhamente lento ou rápido demais, ela não sabia dizer ao certo. Sua cabeça doía apenas por pensar naquilo e gritos de corvos pairavam por onde estava. A pequena vila estava deserta de seres vivos, filhos da terra, e estava tomado por corvos.

Não havia ossos nem fotos das antigas famílias que ali viviam. Não havia nenhum registros dos filhos da terra apenas a antiga vila do paralelo. Era um mundo invertido e uma prisão, e apesar de ser uma prisão, havia algumas coisas que talvez nem o necromante ou a rainha tenham visto ou pensado antes. Eram os objetos, livros, e armas daquele mundo podiam ser inúteis aos olhos dele, mas para ela havia uma forma de se defender. Violeta se lembra de cantigas antigas que sua mãe cantava à ela quando assustada.

Violeta agitou as mãos sem parar de cantar e depois as abriu e as fechou logo em seguida. Ela repetiu o processo lentamente inúmeras vezes, mas nada aconteceu.

A humana e o Elfo - Plus sizeWhere stories live. Discover now