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Após uma conversa reveladora e cheia de promessas de mudança, Cedric e Sn se despediram com um novo entendimento mútuo. O silêncio da noite acompanhava Sn enquanto Cedric, cuidadoso e atento, a acompanhava até a entrada da comunal da Sonserina. A adrenalina do momento e a conversa que tiveram pareciam criar um pequeno mundo à parte, onde as horas e as regras de Hogwarts desapareciam momentaneamente.

Contudo, a realidade esperava por Sn ao cruzar o umbral de sua própria casa. As regras não escritas entre amigos e colegas de casa sobre privacidade e espaço pessoal eram, em geral, respeitadas entre os Sonserinos, tornando a cena que a aguardava em seu quarto uma violação surpreendente daquela norma.

Pansy Parkinson, sua companheira de quarto, estava reclusa em sua cama, envolvida em suas próprias preocupações, um comportamento não tão incomum. No entanto, o que era inusitado era encontrar Mattheo Riddle, q criança encapetada, deitado despreocupadamente na cama de Sn, um cigarro entre os dedos, a fumaça serpenteando pelo ar em preguiçosos redemoinhos.

A reação de Sn foi imediata e intensa. "Mattheo! O que pensa que está fazendo?" ela exclamou, sua voz um misto de incredulidade e irritação. O cheiro do cigarro, um odor penetrante e persistente, já começava a se impregnar nos tecidos, prometendo uma lembrança olfativa indesejada daquela invasão.

Mattheo, aparentemente imperturbável, lançou a Sn um olhar tranquilo, quase desafiador. "Ah, Sn, não seja tão dramática. Estava apenas aproveitando a quietude do teu quarto" disse ele, com uma calma que apenas servia para aumentar a frustração de Sn.

"Quietude? Com o cheiro de cigarro impregnando tudo? Já falei que é pra não fumar aqui" Sn estava furiosa, não apenas pela invasão de seu espaço pessoal mas pela falta de respeito. "Pansy, você não vai dizer nada?"

Pansy, até então uma observadora silenciosa, encolheu-se um pouco mais na cama. "Ah, Sn, ele só queria um lugar para ficar... E você não estava aqui," ela tentou explicar, mas suas palavras soavam mais como uma desculpa esfarrapada do que como uma justificação válida.

"Draco decidiu... bom, ele vai ter companhia esta noite no nosso quarto e me expulsou." Mattheo explicou.

Sn olhou para Mattheo, surpresa pela franqueza e pela situação em si. Ela conhecia bem os modos de Draco, mas não esperava que Mattheo recorresse a ela, especialmente após o desentendimento da noite anterior.

"E você quer o quê? Dormir aqui?" Sn perguntou, incrédula, mas não completamente insensível à situação dele.

"Não vou fumar mais, eu prometo" ele acrescentou rapidamente, um leve sorriso tentando quebrar a tensão.

"Está bem, mas apenas por esta noite," Sn consentiu, sua voz carregada de relutância e uma regra implícita de bom comportamento. "E vai dormir no chão. Vou buscar alguns cobertores."

Mattheo soltou um suspiro de alívio. "Obrigado, Sn, eu juro que não vai se arrepender."

Enquanto Sn buscava cobertores extras e almofadas para fazer um improvisado leito no chão, Mattheo se sentou timidamente na beirada da cama, trocando olhares incertos com Pansy. A atmosfera no quarto era estranhamente calma, considerando a situação inusitada.

Pansy, sempre pronta para um bom pedaço de fofoca ou drama, quebrou o silêncio. "Então, Draco está com quem mesmo?" perguntou, uma centelha de malícia nos olhos.

Mattheo deu de ombros, claramente não querendo alimentar os rumores. "Não sei, não perguntei. Só sei que tive que sair."

Com um leito improvisado no chão, Sn ofereceu a Mattheo um lugar para repousar. "Aqui está. Tente não fazer barulho, ok?"

Mattheo se acomodou no chão, expressando sua gratidão com um aceno de cabeça. "Obrigado, Sn. Você é uma amiga de verdade."

As luzes se apagaram, e o quarto foi tomado pelo silêncio. A situação, embora improvável, havia se resolvido da melhor maneira possível sob as circunstâncias.

Pansy, cuja curiosidade parecia nunca descansar, quebrou o silêncio que tinha se acomodado suavemente sobre eles. "Onde você estava afinal?" A insistência em sua voz era tão palpável quanto o desconforto de Mattheo no chão.

"Cale a boca e durma, Pansy, estou morta..." A resposta de Sn foi um murmúrio fatigado, marcado por uma exaustão que ia muito além do físico, uma exaustão de dias de tensão e mistérios não resolvidos. A noite pedia por descanso, por um momento de paz nas incessantes marés de eventos que haviam sido a norma nas últimas semanas.

A resposta de Sn serviu como um feitiço de silêncio, pacificando momentaneamente a curiosidade insaciável de Pansy. Mas a tranquilidade era uma visitante rara e breve naquela noite. O som dos cobertores se movendo, um prelúdio de uma decisão ousada, preencheu o quarto novamente. Mattheo, impelido pela desconfortável posição no chão e talvez um toque de sua notória arrogância, decidiu que o chão frio e duro não era digno de um Riddle.

Com uma "cara podre" que Sn conhecia bem, uma expressão misturando o atrevimento e o charme de um jeito que só Mattheo conseguia, ele abriu a cama e se acomodou ao lado dela. "Muito melhor," sussurrou ele, um alívio indisfarçável na voz, como se tivesse finalmente encontrado um pedaço de conforto em um mundo que insistia em negá-lo.

Sn, já à beira do sono, sentiu a invasão do seu espaço pessoal como um choque elétrico de realidade, um lembrete de que, em Hogwarts, os planos raramente seguiam o curso esperado. "Eu juro que algum dia eu te mato, Riddle," ela murmurou de volta, metade irritada, metade resignada ao absurdo da situação. Não era a primeira vez que Mattheo testava os limites da paciência de Sn, e certamente não seria a última. Mas, em algum lugar, no fundo de sua exaustão, ela sabia que ameaças de morte entre eles carregavam o peso de um carinho frustrado, uma forma estranha e distorcida de amizade que apenas eles poderiam entender.

E assim, contra todas as expectativas, o quarto finalmente foi tomado pelo silêncio da verdadeira escuridão, um silêncio que permitia o descanso. Os três, unidos por circunstâncias inusitadas e laços complicados, adormeceram, cada um perdido em seus próprios pensamentos e sonhos. Naquela noite, Hogwarts abrigava mais do que mistérios e magia; abrigava a complexidade das relações humanas, forjadas e testadas nas suas sombrias e antigas paredes.


Agora uma pergunta

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Agora uma pergunta... oq vcs tão achando da fic? Quem vcs acha q é o segundo assasino?

70 estrelas = capítulo novo

₊ ⊹ . 𝗚𝗛𝗢𝗦𝗧𝗙𝗔𝗖𝗘 - 𝘛𝘩𝘦𝘰𝘥𝘰𝘳𝘦 𝘕𝘰𝘵𝘵 ⁺¹⁸Onde as histórias ganham vida. Descobre agora