𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟎𝟑

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105 DCNarrador

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105 DC
Narrador

Como se Rhaenyra tivesse ditado o destino, Viserys viu seu único filho, Baelon, trazer-lhe não alegria, mas remorso. O príncipe Baelon, proclamado herdeiro do trono, faleceu no mesmo dia de seu nascimento. O palácio ecoava com os lamentos dos servos e sussurros de superstição, pois era como se a sombra da rainha Aemma, pairasse sobre a Fortaleza Vermelha, marcando-os com tragédia e desgraça. Para Viserys, a morte de Baelon foi mais do que uma perda pessoal; foi um lembrete doloroso de suas escolhas e das consequências amargas que elas trouxeram.


Viserys


Meus passos são lentos e pesados, cada um marcado pelo peso do remorso e da culpa que carrego em meu peito. Aemma merecia mais do que isso, mais do que ser sacrificada em nome de minha própria ambição e egoísmo. Sinto o olhar acusador de Rhaenyra, que comprova o papel que desempenhei na tragédia que agora nos assola. Minha mente está turva, cheia de arrependimentos e "e se...". E se eu tivesse tomado uma decisão diferente? E se tivesse priorizado o amor e a família em vez do poder e da política? Mas já é tarde demais para essas perguntas. O funeral de Aemma é Baelon é um lembrete constante de meus pecados, e sei que terei que viver com as consequências pelo resto de meus dias.

Rhaegar


Meu coração está pesado enquanto caminho ao lado de Rhaenyra, segurando sua mão com firmeza para transmitir algum conforto diante da dor que ambos compartilhamos. Observo os rostos entristecidos dos presentes. Meus pensamentos são tumultuados, cheios de lembranças felizes e arrependimentos dolorosos. Queria poder apagar o passado, corrigir meus erros, mas sei que isso é impossível. Tudo o que posso fazer é estar ao lado de Rhaenyra, apoiá-la enquanto ela enfrenta essas emoções, que mesmo que fosse apenas uma criança, que havia acabado de perder a mãe, se mantinha firme.

Rhaenyra


O ar gélido da manhã cortava como uma lâmina, penetrando fundo em meu coração já dilacerado pela dor da perda. Observo o cortejo fúnebre se aproximando lentamente do local onde Aemma seria cremada, e um aperto no peito me sufoca. Meus olhos ardem com as lágrimas que ameaçam transbordar a qualquer momento. Lembro-me dos momentos felizes que compartilhamos, e me arrependo de não ter aproveitado mais a dádiva de ter outra mãe na minha vida.

Mas em relação a Baelon, meu irmão que também partiu cedo demais, sinto apenas um vazio. Sua vida foi perdida, mas não consigo encontrar em mim nenhum sentimento de tristeza ou raiva em relação a ele. Ele era apenas um estranho em minha vida, que esteve presente por apenas algumas horas, um completo estranho.

Vejo Syrax, minha fiel companheira, se aproximando com majestade. Seus olhos dourados refletem a tristeza do momento, e eu sinto a conexão entre nós se intensificar. Com um aceno imperioso, ordeno que ela creme a pilha onde repousam os corpos de Aemma e Baelon. É uma despedida digna para aqueles que partiram, para aqueles com sangue do dragão.

𝑶 𝑴𝒂𝒖 𝑹𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒈𝒊𝒅𝒐Where stories live. Discover now