II

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Duas semanas haviam se passado desde a badalada festa de Yugyeom, diversas fofocas sobre a noite ainda rolavam pela escola, algumas traições foram descobertas, vídeos inapropriados vazados, foto de adolescentes se pegando pelos cantos e tudo que se pode imaginar.

Porém, ninguém falava do sumiço de Mark e Donghyuck após a aposta, não houveram fofocas, murmúrios, questionamentos e nem se quer brincadeiras de mal gosto, era quase como um voto de silêncio ou algo proibido. E claro, os envolvidos preferiam que assim fosse.

Os dois não tinham sequer comentado sobre a noite, um com outro e muito menos com seus amigos, mas isso não significava que as típicas provocações entre eles haviam cessado. Na verdade, as discussões pareciam mais recorrentes e mais sérias, sempre deixando um 'climão instalado pelo ar.

Desde a noite, o ômega se sentia mais sensível e enjoado, os enjoos se tornavam recorrentes, nada parava em seu estômago, sentia um forte mal estar e dores por todo corpo, oque o deixava preocupado e certamente paranoico. O coreano não havia comentado sobre seu mal estar com ninguém e sempre tentava disfarçar para não ser questionado, afinal das contas, nem ele sabia o quê estava ocorrendo em seu corpo.

Porém, sua mãe e seus amigos não eram bobos e já vinham reparando nas corridinhas desesperadas até o banheiro e os resmungos frequentes de dores do mais novo, preferiram não interferir.

Donghyuck não havia contado para seus amigos sobre a noite que passou com o canadense, tinha absoluta certeza que Jeno iria se enfurecer e ir atrás do alfa, Renjun o daria uma bronca de como ele era irresponsável em ter passado uma noite com um alfa que ele nem se quer sabia se podia confiar, Jaemin provavelmente choraria sem nenhum motivo aparente e sua mãe o deletaria do planeta instantaneamente, o ômega preferiu se calar.

Entretanto, o universo ajudava a fazer, mas não a esconder.

O quarteto estava sentado na mesa de sempre, enquanto compartilhavam um lanche que haviam rachado, Jaemin estava encostadinho em Renjun e Donghyuck fofocava sobre a vida alheia com os dois, enquanto ouvia o barulho estridente do joguinho de celular barulhento de Jeno. Alguns minutos se passaram até o ômega sentir o típico embrulho no estômago, logo colocando uma mão em cima da boca, enquanto se levantava apressadamente correndo até o banheiro, sendo seguido por seus amigos.

Na caminhada desesperada em busca de um banheiro, acabou trombando com alguns atletas do time de basquete, ouvindo alguns xingamentos, porém sem tempo para revidar. Quando entrou no banheiro, se ajoelhou o mais rápido possível em frente ao vaso sanitário, ouvindo seus amigos respirarem ofegantes atrás de si por conta da corrida repentina, sentiu a mão pesada de Jeno depositar um carinho em suas costas na intenção de acalmá-lo.

- Olha, seja lá o que caralhos você aprontou, você vai contar tudo agora, se não eu não respondo por mim, sou ômega mas não sou otário! - exclamou o chinês - Acha mesmo que não estamos reparando nos seus enjoôs todo santo dia?

- É, Hyuck! Confia na gente - disse o de cabelos rosas bem baixinho. - Não é como se nós fôssemos sur-

- Eu transei com Lee Minhyung do time de basquete na noite da festa de Yugyeom - Interrompeu o amigo, jogando as informações sem dar tempo para que o trisal processasse.

- VOCÊ O QUÊ? - Gritaram em uníssono.

- Foi no calor do momento, estávamos meio bêbados e-

- Vocês usaram camisinha? - Perguntou o ômega chinês

- Eu realmente não me lembro, Injun - O coreano parecia estar prestes a começar a chorar, olhava para os amigos com os olhos marejados e com uma feição de arrependimento

My Cheerleader Where stories live. Discover now