"- Você promete cuidar de mim pra sempre?- pergunta minha menininha.
Beijo sua testa.
- Para todo sempre meu amor. Eu amo você meu bebê."
Um amor pode curar tudo.
Angelique sabia muito bem disso, sabia que ela precisava de um amor, para que curasse...
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Angelique.
Acaricio o rosto de Catherine.
Meu bebê estava dormindo. Resolvi dar um calmante na veia para ela.
Abaixo a cabeça sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto.
Eu sabia que aquilo tinha acontecido por causa dela.
Layla foi minha namorada por três anos. No começo, como tudo, eram flores, nós estávamos apaixonadas. Eu a amava.
Depois de um ano, tudo desandou. Layla mentia pra mim, me proibia de fazer as coisas, e me forçava a fazer coisas que eu não queria fazer.
Depois de uns meses, ela me proibiu de falar com meus pais e meus irmãos. Segundo ela, eles estavam colocando coisas na minha cabeça, e estavam atrapalhando nosso relacionamento.
Aquilo se tornou abusivo. Comecei a questionar, mas sempre ela chorava e tentava se vitimizar, afirmando que eu estava ficando doida e que não a amava.
Muito tempo depois, Layla começou a me trair, e quando eu descobri, ela tentou se matar. Como eu a amava, e não queria que ela fizesse nada consigo, continuei nosso relacionamento.
Todos os dias nós brigávamos, e todos os dias ela fazia coisas comigo.
Eu tentava impedir, pedia pra parar. Mas ela sempre dizia que era amor, que o que estávamos fazendo era amor.
Um tempo depois de tudo isso, meus pais intervieram junto com a máfia. Ameaçaram Layla e assim ela se distanciou de mim.
Por longos dois anos eu tive medos, traumas, por causa dela.
Demorou anos para que eu conseguisse amar de novo. Até que Catherine apareceu.
Ela mudou tudo.
No momento em que eu a vi, eu sabia que ela seria minha.
Mas Layla tinha que voltar, justo agora. Para estragar minha vida.
- Angel?
Levanto minha cabeça.
Catherine me olhava com a testa franzida e com uma carinha de choro.
Limpei rapidamente meu rosto. Não queria que ela me visse assim.
Minha namorada se senta rapidamente.
- Porque você está chorando?- pergunta.
Nego com a cabeça.
- Não foi nada meu amor.- digo.- Você está bem? Tá sentindo alguma coisa?
Ela nega.
Me sento do seu lado e Cath vem se deitando no meu colo.
