Love me

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Tenham uma ótima leitura!!!✨✨✨


Porchay


Abro os olhos, desnorteado.

Estou deitado num quarto escuro e uma cama deliciosamente macia, ainda era madrugada?

Não consigo pensar muito, pois logo sinto uma respiração ao lado. Então, Kimhan me sequestrou até esse local.

Muito ousado da parte dele.

- Volte a dormir. – Ele diz, com a voz sonolenta.

- Perdi o sono. Você não deveria ter feito aquilo.

- Foi mal, eu só quis cuidar de você.

- Você só pode estar brincando. – Sorrio sarcasticamente, parecendo piada escutar Kim dizer coisas como essas.

- Eu estou falando sério.

- Deveríamos ter seguido nossas próprias vidas, sabia? Você não estava construindo uma família?

- Não.

Encaro-o sem entender, o que aconteceu com ele durante esse tempo?

- O que? Você... Não está?

- Não. Só se eu construir uma família com você. – Ele sorri, maliciosamente.

- Idiota. – Bato levemente no seu ombro, logo sentindo minha cabeça doer. – Aí!

- Como você está? Deite-se de novo.

- Minha cabeça dói um pouco.

- Vou pegar um remédio pra você.

Kim abre uma gaveta, retirando o comprimido e despejando água da jarra, em um copo. Isso me lembra quando eu fiz algo parecido com ele, tempos atrás.

Me ergo na cama, engulo o comprimido e bebo a água. Kim está sentado a minha frente, sem tirar os olhos de mim, coloco o medicamento e o líquido na bancada, aguardando ansiosamente a sensação de alívio.

Ele desliza os dedos pelo meu rosto, tirando o resquício de água dos meus lábios. Foi um carinho leve e quente, o olhar dele é tão profundo sobre mim.

Eu havia me esquecido, do quanto eu senti falta dele.

- Você precisa dormir. – Retorno a realidade com sua voz, ele volta ao seu espaço na cama. – Conversaremos melhor quando amanhecer.

Fico de costas para si, com o coração acelerado.

No momento, eu só preciso dormir.

••••••••••••


Kimhan


Me levantei antes do mais novo, eu estava disposto preparar algo leve para ele comer. Sou péssimo de cozinha, mas tinha coisas que eu aprendi olhando Kinn fazer.

- Quer ajuda? – Porchay aparece, utilizando um pijama que eu fiz ele colocar com muita dificuldade, quando chegamos ontem a noite.

- Não precisa.

- Eu faço questão. – Porchay se aproxima de mim, preparando o suco.

Sorrio inconsciente, parecia algo tão natural entre nós.

Porém a realidade era outra, e eu sei muito bem que isso não iria durar muito tempo.

Terminamos de preparar o café, Porchay não parecia interessado em comer muito. Propus que ele tomasse pelo menos, os líquidos.

É o que ele está fazendo, enquanto estamos sentados um de frente pro outro.

- Sua casa é bonita. – Ele repara, bebendo outro gole do café. – Saiu da mansão, por que?

- Porque eu quis mudar de vida.

Porchay engasga, me assustando de imediato.

- Mudar de que?

- Isso mesmo o que você ouviu. – Repondo, retornando a panqueca que eu estava comendo.

- E o seu pai?

- Ele tem chances de cura ainda.

- Não, quero dizer... Ele foi a favor da sua decisão?

- Não. Mas eu quis decidir por mim, entende? Tive ajuda de uma pessoa, ela passa por uma situação semelhante a minha.

- Hannah, não é? Eu não sabia que vocês tinham tanto contato.

- Por que? Isso te incomoda?

- Não. Ela é uma ótima pessoa.

Só com você.

Termino de comer, imaginando o que eu faria com Porchay agora. Eu não queria que ele fosse embora, e pela forma que ele está agindo, é capaz dele sair e não querer nem saber meu nome mais.

- Vai fazer alguma coisa quando for embora? – Chamo sua atenção.

- Não. Hoje é sábado, tenho nada pra fazer.

Pensa, Kimhan...

- Quer assistir um filme comigo?

Ele demora responder, começo ficar internamente nervoso.

- Assistir um filme... Interessante. – Porchay me encara profundamente, sorrindo em seguida.

•••••••••••••

As horas passaram, Porchay passou o dia comigo no quarto mexendo no celular, enquanto eu fiquei ao seu lado na cama cuidando dos meus planejamentos, pelo computador.

- Kim, desculpe atrapalhar, mas podemos conversar sério agora? – Ele pergunta, agoniado com alguma coisa.

- Claro. – Desligo o notebook.

- Quero deixar claro, que eu ainda estou muito mal por sua causa. Agirmos como se nada tivesse acontecido, não vai ajudar em nada.

No fim, não teríamos como fugir da realidade. Eu estou com medo dela.

O medo de perder, Porchay. Essa ideia chega me sufocar.

- Chay... Eu sou completamente apaixonado por você, e eu confesso ter sido um tremendo babaca com os seus sentimentos. Do fundo do meu coração... Eu só quero que você me perdoe. – Minhas lágrimas caem livremente, eu nunca fui tão sincero sobre meus sentimentos por alguém.

Porchay me encara, sem reação. Inerte nos próprios pensamentos.

- Eu também sou apaixonado por você. Só que eu tenho medo de sair machucado de novo, eu posso te perdoar, mas isso não significa que vamos voltar ter o que tínhamos.

Ele segura meu rosto, secando minhas lágrimas.

- Você está certo. Então... Vamos seguir nossas vidas daqui pra frente, é isso o que você quer, não é?

- Não, Kim. O que eu estou tentando dizer, é que não podemos voltar ter o que tínhamos, porque eu quero algo sério agora. Quero que você me ame, sem se preocupar com herdeiros ou qualquer outra coisa que possa te influenciar ser o que você não é.

Porchay também está chorando, após ter colocado todos os seus sentimentos para fora. Dessa vez, eu que seco suas lágrimas trazendo seu rosto para mais perto.

- Chay, você pode confiar em mim agora. Eu quero te amar.

Intercalo meu olhar entre seus olhos e lábios.

Porchay toma atitude, colando seus lábios nos meus. Nos encontramos em um beijo necessitado, uma troca de conexão única.

O beijo se aprofunda, entre toques e línguas. Eu senti falta de tudo nele, e eu não iria deixar isso que estamos tendo no momento, passar. Nunca mais.

Ele pausa o contato pela falta de ar, me olha, sorrindo abertamente em seguida. O rosto corado, os lábios vermelhos...

Tão perfeito.

E meu, principalmente.

Retribuo o sorriso, sentindo borboletas no meu estômago.

- Kim, agora que estamos... recomeçando. Vamos fazer as coisas certas dessa vez, vamos nos conhecer melhor.

- Nós podemos ter um encontro.

- Encontro? Por favor, não diga que são baladas.

- Não. Eu te prometo que não, você vai gostar do lugar. Mas agora, que filme o senhor deseja assistir, senhor Kittisawasd?

- Não quero assistir filmes agora. – Sua voz soa baixa, ele aproveita e monta no meu colo. – Quero passar o resto do dia só com você.

- Chay...

- Quietinho. – Ele me cala com o dedo. – Não precisamos fazer nada a mais, só vamos aproveitar a presença um do outro hoje.

Volto a beija-lo, apoiando minhas mãos na sua cintura. Viro ele na cama, demos risada na mesma hora por quase ter dado errado. Fico por cima de si, espalhando beijos pelo seu rosto e lábios.

Desço, sentindo o aroma doce de seu perfume. A respiração dele trava, pelo ato. Deixo pequenos selares no local.

- Kim... – Porchay chama minha atenção, respirando pesadamente.

- O que? – Volto beijar seus lábios. Meu vício.

- Estou com sono. Quero dormir agarrado com você. - Ele diz, enquanto passa a mão pelos meus cabelos.

- Eu não acredito... Você é... Imprevisível.

Deito ao seu lado, sorrindo igual um bobo. E eu estou totalmente bobo de paixão.

Porchay se acomoda no meu peito, me segurando firme. Acaricio suas costas, me sentindo feliz.

Verdadeiramente feliz.

Just One Proposal (KimChay)Where stories live. Discover now