oito

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— Tem mais algum lugar pra passar? — Mount perguntou dando partida no carro.

— Não, já compramos tudo. — Dou uma última checada na sacola de compras.

Ele dirige até em casa e assim que chegamos eu vou logo tomar um banho e me arrumar, era pra essa nossa saidinha pro centro ser rápida mas ele resolveu cortar o cabelo, então agora o pessoal tava quase chegando e não tinha nada pronto.

Entro no banheiro e tiro a roupa, resolvi que iria lavar o cabelo e assim faço.

Tive a brilhante ideia de ir correndo pro quarto, o que não deu certo já que eu tomei um belo tombo, e agora meu quadril tá roxo & doendo.

Estava acabando de secar o cabelo e escuto a campainha.

— Gabriel! — Chamo por ele. E nada. — Porra..

Desligo o secador da tomada e guardo na gaveta, o som da campainha ecoa pela casa novamente.

— Já vai!

Abro a porta e vejo que são Bea e Gary. — Entra aí gente! — Comprimento o casal e levo eles até a sala.

— Como ceis tão? — Pergunto me sentando em uma das poltronas.

— Ah.. bem, amiga. — Bea sorri pra seu namorado.

— Inicio de namoro né.. — Gary coça a pequena barba. — Cadê o Mount?

— Ce acredita que nem eu sei? — Falo rindo um pouco. — Vou procurar, vocês querem alguma coisa?

— Aa, vamos esperar o pessoal.

Assento com a cabeça e entro no corredor.

— Mount! — Abro a porta do seu quarto, e o homem se assusta se virando de costas pra mim. — Que isso?

— O que? — Ele finge arrumar alguma coisa na mesa do computador.

— Por que virou desse jeito?

— Não virei de jeito nenhum! — Ele se faz de sonso. — Deixa de ser louca.

— Louco é você! — Levanto meu tom de voz e caminho até ele. Puxo seu braço o forçando a se virar pra mim.

— Caralho! — Não pude guardar minha cara de espanto. — A Ana fez isso?

— É..

Antes mesmo que ele pudesse dizer alguma coisa eu cai na gargalhada. — Que fogo hein! — Me refiro ao seu abdômen todo arranhado. — Seloco, se alguém me arranha assim eu acho que eu choro.

— Ta vendo porque eu não queria que você visse? Agora vai aí ficar fazendo piadinha.

— Para de ser chato! E a Bea e o Gary já chegaram, anda logo.

— Achou ele? — Murilo pergunta assim que entro em seu campo de visão.

— Achei sim, ele tava resolvendo um probleminha.

(...)

Já passam da meia noite, e música alta aqui no prédio é permitida até às 22:00. Por isso Zerão trouxe seu violão e agora ele canta algumas músicas e dedilha baixinho o Instrumento.

Ele começa a tocar "Pais e Filhos" do Legião Urbana, o que me causa um sentimento de nostalgia enorme. Antes de eu ser praticamente expulsa de casa, meu pai costumava escutar essa música, e outras do grupo, em quanto fazia o almoço de domingo, eu e minha mãe dançavamos juntas, éramos uma família feliz. Até eu estragar tudo.

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