dezesseis

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Agora são umas nove da noite, e a gente tá na praia ainda, só a gente. Por que ir embora pra casa do Zero se podemos aproveitar cada segundo?

O bom é que o grupo aqui é bem animado, e ninguém tava gostando de ir embora cedo.

— Vamos jogar vôlei?! — Matt apareceu com uma bola na mão, ao lado de Bea.

— Na onde vocês arrumaram isso?

— Com umas crianças mais pra lá. — Ele aponta pro lado esquerdo da praia, realmente tinha gente lá.

— Não acredito que vocês roubaram a bola das crianças, mano. — Gou exclamou afundando o rosto na mão.

— A gente não roubou.. — Matt começou

— Eu só falei que se eles não dessem a bola pra gente a mãe deles ia ter sete anos de azar e que eles iam tirar zero na prova. — Beatriz disse como se fosse a coisa mais simples do mundo. — Eles tem 9 anos, super acreditaram. Agora vamos jogar?

(...)

Engraçado como a vida pode virar de ponta cabeça da noite pro dia né?

Quando eu descobri que realmente gostava de meninas pedi desculpas pra Deus e pedi pra ele tirar esse sentimento de mim. Chorei por três noites, angústia, medo. Eu tinha doze anos, não entendia aquela atração direito, meus pais nunca conversaram comigo sobre.

Quando contei pra eles foi o pior dia da minha vida. Mas eu não me arrependo, faria tudo de novo se fosse preciso.

Conhecer o Mount foi a melhor coisa que me aconteceu. Ele me deu suporte, moradia.. amor. Eu o amo, com certeza. Ele é o irmão que a vida me deu, na verdade muitos perguntam de não somos irmãos mesmo, e eu acho que não.

Agora estou aqui, sentada na beira da piscina da casa de praia do Alcinio, com a garota que eu sou praticamente apaixonada.

Quando voltamos da praia o pessoal foi tomar banho e descansar, já outros, tipo eu, tomaram banho e ficaram conversando e bebendo mais um pouco. Eles não tem fim.

— 4:47. Faz um pedido. — Troco minha atenção da água da piscina em quanto olho a loira.

— Não é com número igual no relógio, que faz pedido? — Gabi me pergunta meio confusa.

— Então.. isso é o que todo mundo pensa. — Volto a movimentar meus pés na água. — Eu já fiz pedido em tudo qualquer hora igual. 12:12, 04:04, 18:18.. e nunca deu certo.

A loira parecia prestar atenção.

— Ai um dia eu me revoltei. Resolvi fazer um pedido em uma hora "X", tipo.. 22:23, não deu certo.

— Hm

— Ai tudo dia eu fui fazendo numa hora diferente. 22:24, 22:25. E nada. Eis que pedi 4:47; e funcionou. Então assim, ta comprovado.

Gabi sorri pra mim

— 4:47 é a melhor hora pra se fazer pedido. — Olho em seus olhos e dou uma pausa pra pensar na minha próxima fala. — Só que assim, isso é um segredo.

Me aproximo dela e começo a brincar com o pingente em seu colar. — Só tô contando pra ti porque tu.. é tu.

Sinto sua mão leve pegar em meu queixo e levanto meu olhar até sua boca.

A loira aproxima nossos narizes e deixa um leve carinho ali. Sorrio com o ato.

— Não imagino o que seria de mim se você não tivesse me ligado aquela madrugada. Obrigada por isso.

— Gabriela.. — Chamo seu nome com um receio na voz.

— Sim? — Ela diz baixo pela nossa proximidade.

— Eu te amo.

Vejo seus olhos brilharem e os meus vacilam até a água a nossa frente, com medo da sua resposta.

— Eu também te amo.

(...)

FIM!

Foi isso gente, quem pegou a referencia desse capítulo deixa aí nos comentários!

Eu espero muito que vocês tenham gostado, porque eu amei escrever e desenvolver a personagem Letícia.

É a minha primeira fanfic nesses estilo então me perdoem se tiver algo que não é do agrado de vocês!

Eu diria até a próxima, mas já tem próxima! E o cap de apresentação e o primeiro capítulo já estão publicados, é com o nosso lindo Rafa Lange, mais conhecido como Cellbit.

Espero que tenham gostado, agora.. tchau. ❤️

LIGAÇÕES; gabi cattuzzo Where stories live. Discover now