little girl.

138 15 25
                                    

- Stu Macher -

Eu amanheci como pedi aos céus. Tenho certeza que a última vez que eu acordei num cenário como aquele, foi quando viagem com meus pais para as Ilhas Maldivas aos meus sete anos de idade. Aquilo era lindo. Um cenário de filme, se não fosse pela maldita dor no quadril que eu sentia.

Com os raios de sol atravessando as cortinas e invadindo àquela casa de praia, eu me sentei na cama e cocei minha nuca. Depois de um longo bocejo e os olhos ainda semi aberto, eu pude notar o rapaz ao meu lado dormindo tranquilamente como um anjo que ascendera aos céus. Seu rosto era mesmo angelical. Com traços finos e sutis, nenhuma imperfeição na sua pele a não ser pelas marcas de olheiras debaixo de seus olhos e uma pequena cicatriz debaixo de seu queixo. Seu cabelo castanho estava bagunçado, sem o gel da última noite, certamente seus fios sentiam-se livres pela primeira vez desde muito tempo.

Fixou o olhar nele por alguns minutos. Deus, era lindo.

E Deus, era um completo estranho.

Eu me perguntava se não havia feito uma má escolha ao ir pra sua casa. Agora, eu vejo que não. O que poderia acontecer? Veja só, uma casa na beira do oceano com um cara gostoso e seminu do meu lado!

Coberto apenas por um edredom branco, permanecera dormindo.

Tinha marcas pelo seu corpo inteiro. O meu também, na verdade, mas algo me chamou atenção. Eu franzi meu cenho e me aproximei de seu braço para enxergar com mais clareza o que pareciam ser arranhões, mas arranhões grossos o suficiente para deixarem cicatrizes.

Eu não tinha os notado na noite anterior.

Bem, que seja.

Dei de ombros, me afastando enquanto desviava o olhar até a janela ao meu lado, que dava para a beira do mar. Eu puxei um pouco a cortina pro lado para ver a paisagem completamente estática, como se eu estivesse dentro de uma pintura. O mar estava terrivelmente calmo e pela posição do sol, eu imaginei que fosse por volta das oito da manhã.

Soltei um suspiro baixo e apreciei a vista por alguns minutos, que só perdia para a beleza de ver Billy Loomis dormindo como um cãozinho filhote. Ele era definitivamente adorável, não resisti vossa beleza e dirigi-me até seus lábios para selar aos meus brevemente. Pelo contato físico, Loomis acordou de forma sonolenta, franzindo o cenho e mostrando um semblante confuso, talvez pela turbulência e a adrenalina na última noite.

- Bom dia, flor do dia! Dormiu bem, princesa encantada?

- Urrgh. Você já acorda me irritando.

- É o meu jeitinho, Billy!

O rapaz revirou os olhos.

- Sabe, você parece alguém que eu conheço quando revira os olhos desse jeito.

- Quem? - Murmurou.

- Tatum Riley! É uma amiga minha, você adoraria conhecê-la.

- Não tenho tanta certeza. - Coçava a nuca como quem tentasse se recordar da última noite. Ele até dirigiu a canhota até a barra de edredom e ergueu-o um pouco para conferir se tinha roupas íntimas no seu corpo. Pareceu aliviado ao notar que sim.

- Como assim?

- Não sou muito de conversar.

- Disso eu já tô sabendo. Mas sério, mano, ela é demais! Ela é o cara. - Falei, empolgado enquanto imaginava a situação.

Billy me encarou, sentado na cama e com as duas mãos apoiadas na superfície do colchão. Eu, do mesmo jeito, mas com as costas encostadas na cabeceira da cama e as mãos livres, gesticulando sempre que podia.

Stop Calling Me Your BunnyKde žijí příběhy. Začni objevovat