04 | festa de inauguração

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PARK JIMIN

Residência Park, Seul.

28 de janeiro, 2024. 🗓️

19:45

— Você sabe que eu odeio festinha de faculdade, Kyu. – Resmunguei, contemplando minha aparência rústica em frente ao espelho enquanto Kyu ajustava minha franja com um pente fino.

Ele apenas fez um som de desgosto que se estendia como um zumbido interno, depois parou para ajustar a dobragem das mangas de minha camisa.

— Cala a boca. Você vai ir comigo sim, senão amanhã não acorda nem a sete palmos. Vão ser oito.

Seu tom soava simples, mas pela forma como reagi, pareceu até mais exagerado.

Como uma pessoa me ameaça de morte só por que não quero ir a uma festa?

E o principal. Uma festa facultativa, para comemorar os 23 anos de inauguração da universidade.

— Tá, eu vou. – Assenti meio inegável, depois, o olhei de baixo a cima. – Oh.

— O que, merda?

— Não fica encostando tanto em mim, é estranho. — Eu me afastei um pouco para o lado, deixando Kyu processar minha mentalidade, e por mais que fosse desconfortável ele estar tão perto de mim sem camisa, usando uma única samba canção, também murmurei quando o vi apenas me ignorar, voltando a mexer nos fios meio quebradiços de meus cabelos.

— Se eu quisesse te comer, falaria mais cedo. – Ele respondeu de forma natural, fingindo não notar meu olhar semicerrado. — E porra, você precisa pintar esse cabelo. Que loiro fudido.

Não evitei suspirar baixo, revirando os olhos. — Fica um minuto sem julgar meus defeitos e eu te pago um café amanhã.

— Na moral? – Indagou, contraindo sua expressão para uma mais interessada, mas abandonando em seguida. — Eu tenho cara de quem gosta de cafezinho?

— Hum?

— Jimin, você me acha tão gay assim?

Sinceramente? É claro. Kyung era o homem mais gay que eu conhecia, e eu nem estava falando só da aparência, ou modo de agir. Ele realmente era.

Então, na minha visão periférica, só assisti seu rosto irritado pela falta de resposta, depois de eu passar alguns segundos calado olhando para meu próprio reflexo.

Caso eu cometesse a proeza de dizer uma única palavra que ofendesse Kyu, era capaz dele me fazer saltar da janela mais próxima.

— Por que? – Perguntei, virando minha cabeça para encará-lo. — Eu bebo café todos os dias, tá?

— E VOCÊ É GAY!

Arregalei os olhos, revelando tamanha incompreensão e um toque de ofensa. — Grande coisa!

Kyu emitiu algum som parecido com um "hm" no fundo da garganta, mesmo que estivesse discordando.

— Eu preciso fazer parte da sua laia?

— Você faz.

— Seu cu.

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⏰ Poslední aktualizace: Apr 26 ⏰

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