|Narradora|
Há muito tempo, um homem procurava uma certa garota, mas sempre que perguntava por ela, alguém se interessava em saber o motivo, mas nunca respondia, apenas ia embora. Todas as vezes que ia a alguma cidade, estado ou até algum país apenas para encontrá-la, sempre mudava sua aparência, mas ele sabia que mesmo fazendo isso, a garota o reconheceria em instantes, pois conviveu boa parte de sua vida ao lado dele.
Tem algum tempo desde que havia chegado em Los Angeles, mas antes de ir para lá, ele mudou seu visual. Deixou o cabelo mais curto e o pintou de loiro, colocou lentes azuis nos olhos, vestiu roupas simples, fez a barba e até mudou de nome.
O homem agora se chamava Brian, e seu disfarce era tão eficaz que até ele mesmo quase se convencia de sua nova identidade. Ele caminhava pelas ruas de Los Angeles com um propósito claro em mente: encontrar a garota que há tanto tempo procurava e fazer o que devia ter feito há anos, acabar com ela.
Enquanto caminhava pelas ruas movimentadas de Los Angeles, ele acabou passando perto de um colégio e começou a prestar bastante atenção nas discretamente, mas quando viu duas garotas saindo de um BMW, sentiu que devia prestar mais atenção. Ele observou as duas garotas que saíam do veículo com cautela, seus olhos examinaram cada detalhe de suas características, mas uma delas lhe chamou a atenção. Seus cabelos negros longos caindo como cascatas em suas costas, seu rosto, sua aparência por completo.
Será que era ela? Será que finalmente o encontrou depois de mais de onze anos?
Ele continuou a observá-la e a outra garota, a quem estava abraçando pela cintura e distribuía beijos pelo rosto. Pouco tempo depois chegaram mais algumas pessoas, provavelmente seus amigos, e logo entraram para dentro do colégio, junto com os outros alunos, pois o sinal havia tocado. E logo os portões foram fechados. Como não tinha como enxergar mais nada dentro do colégio e não tinha todo o tempo do mundo para esperar o sinal da saída dos alunos, ele decidiu ir embora, mas antes, deixou um bilhetinho na janela do carro da garota.
Caminhou até o carro e deixou o bilhete discretamente sob o para-brisa, garantindo que não seria notado por ninguém além dela. Depois de deixar o bilhete, afastou-se rapidamente, mantendo-se atento aos arredores para garantir que não fosse visto. Sentiu uma mistura de emoções enquanto se afastava, desde o ódio profundo até a satisfação antecipada do que estava por vir.
|Freen|
Hoje eu tinha buscado Becky para podermos ir juntas para o colégio. Mas ao chegarmos, senti uma sensação estranha, como se alguém estivesse me viajando ou como se algo estivesse prestes a acontecer.
— Babe, você está bem? Você parece alienada – perguntou Becky, me fazendo acordar daqueles pensamentos estranhos.
— Estou bem – disse sorrindo e logo abracei sua cintura e comecei a encher seu rosto de beijos.
— Para – disse gargalhando — Isso faz cócegas.
— Desculpe, é que você é irresistível.
Alguns segundos depois vimos nossos amigos se aproximarem.
— Eai, Freen – disse Heng, dando uma leve bagunçada em meu cabelo.
— Oi meninas – Irin, Noey e Kade disseram em unismo.
— Oi Sarogay, oi Becky – Nam.
— Oi galera – Becky e eu dissemos juntas.
Ficamos pouco tempo conversando e logo o sinal tocou. Enquanto caminhavamos para nossa sala, falamos sobre o que podíamos fazer depois da aula. Acabou que decidimos ver um filme depois da aula, de amanhã.
Durante a aula, eu tentei me concentrar nos estudos, mas a sensação de desconforto continuava. Eu me forcei a prestar atenção nas palavras dos professores, mas minha mente estava distante, preocupada com o que poderia estar causando essa sensação estranha. Meus olhos se desviavam constantemente para a janela, procurando por algo que nem mesmo eu sabia o que.
Becky percebeu minha distração e me lançou um olhar preocupado.
— Está tudo bem, Freen? Você parece distante.
Forcei um sorriso para mostrar que estava bem.
— Sim, só estou um pouco distraída.
A aula arrastou-se lentamente, e eu mal podia esperar para que terminasse. Cada minuto parecia uma eternidade, enquanto eu lutava para manter minha mente longe dos pensamentos que começaram a me atormentar.
Finalmente, o sinal anunciando o fim da aula tocou, e eu me levantei com um suspiro de alívio. Becky me acompanhou até a saída da sala, segurando minha mão com carinho.
— Vamos conversar sobre sua distração, certo? — ela disse, olhando nos meus olhos com preocupação.
— Claro.
Ela sorriu suavemente e apertou minha mão antes de nos dirigirmos para meu carro. Quando finalmente chegamos ao local combinado, encontrei-me olhando em volta, buscando por algo que eu não conseguia nomear. Foi então que meus olhos pousaram em algo no para-brisa do carro.
— Espere um segundo. Eu acho que tem algo no carro.
Ela franziu a testa, seguindo meu olhar até o veículo estacionado ali.
— O que será isso?
Eu me aproximei rapidamente e peguei o bilhete que estava cuidadosamente colocado sob o para-brisa. Minhas mãos tremiam ligeiramente enquanto desdobrava o papel.
O conteúdo do bilhete me fez sentir um arrepio percorrer minha espinha. Era uma ameaça, claramente destinada a mim.
— O que diz ai? — Becky perguntou, sua voz cheia de preocupação.
Eu engoli em seco antes de ler as palavras escritas no bilhete.
"Você não pode escapar do passado, Samara."
Um calafrio percorreu meu corpo enquanto eu encarava as palavras escritas com ódio. E essa caligrafia, tem muito tempo, mas me lembro muito bem dela.
Becky colocou uma mão em meu ombro, seu rosto cheio de preocupação.
— Quem é Samara, Freen? O que está acontecendo? E por que está pálida?
— Vamos para minha casa, lá eu te conto – disse dando a volta no carro para abrir a porta do passageiro para ela.
Becky entrou no carro, com preocupação estampada em seu rosto, enquanto eu lutava para controlar as emoções que tomavam conta de mim. Eu sabia que não poderia esconder mais nada dela, e era hora de finalmente revelar a verdade sobre meu passado.
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1006 palavras.
Capítulo bem fresquinho pra vcs.
Deixem a 🌟 e comentem
Até o próximo capítulo
Beijos da autora
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MY GIRL - FreenBecky
Fanfiction⚠️ NÃO É INTERSSEXUAL ⚠️ Freen é uma garota que aparenta ser meio difícil, mas ela é amorosa e gentil com quem quer, temperamental às vezes e muito inteligente. Ela foi expulsa de seu antigo colégio por ter batido em um professor que assediava as me...
