Meu diário

CAP°14- Banho de sangue

Molly Durand

_ Pra onde tá me levando?- pergunto com a voz embargada.

_ Você vai ver !- Félix diz enquanto o elevador descia em direção ao térreo .

Depois que o elevador chegou no andar de baixo , Félix me puxou com brutalidade em direção a uma espécie de porão, ele fica debaixo das escadas ( nunca vi esse compartimento antes ) , ele abriu a porta com a digital dele revelando uma escadaria

" Parecendo aquelas do filme de terror , sabe"

Descemos as escadas e as lâmpadas se acenderam revelando um quarto parecendo uma caixa gigante mas isso não é o mais horripilante , no centro tem uma caixa de vidro como se fosse uma cabine telefónica.

Olho pra porta e vejo que ela já se encontra fechada.

_ O que vai fazer? - eu tô morrendo de medo , esse cara é maluco.

_ Entre !- diz me mandando entrar na porra da cabine .

_ Não não, desculpa , peço perdão!- falo chorando.

Porquê não fiquei quieta?

_ENTRE NESSA PORRA AGORA !- grita me fazendo pular do lugar .

Esforço minhas pernas a mexer e vou em direção a cabine  , ela já se encontrava aberta , entro e  automaticamente a porta se fecha .

Vejo ele de pé enquanto fala com alguém no celular. De repente sinto gotas caindo na minha cabeça, levanto meu rosto e vejo que caia algo do teto . Uma gota cai em meu braço e levo em meu nariz o cheirando , coisa que foi um erro .

Sangue .

_ NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO, POR FAVOR!- as gotas se intensificam e mais sangue enche a cabine .

Ele quer me matar me afogando com sangue ? Que ser normal faz isso ?

_ VOCÊ QUER ME MATAR ASSIM ! SEU FILHO DA PUTA NOJENTO  ! -grito quando sinto que tô quase boiando no sangue, ele já passou a minha cintura.

Porquê meu Deus!

Meu Deus, eu vou vomitar ! Meu estômago tá embrulhado .

Estava quase chegando no meu pescoço.

Eu amo vocês mamãe e papai .

Respiro fundo e sustento minha respiração quando sinto que ele chegou em meu pescoço.

Félix Caccini

_ Porquê você vai casar com ela ?- Ricky pergunta , depois da minha revelação no café da manhã, ele me seguiu até ao escritório e não para de encher meu saco.

_ Porque sim !- falo dando atenção nos papéis sobre a minha mesa .

_ Isso não é uma resposta cabível !- diz revirando olhos.

_ A única coisa que você tem que saber é que eu vou me casar com ela !- falo já irritado.

_ Você tem que entender que ela não tem nada a haver com as merdas que o pai dela fez ou faz ! - diz o óbvio mas eu não quero saber _ Ela também é inocente.

_ Ricky chega porra !- falo irritado _ Eu já tomei a porra da decisão, a sua opinião não fará diferença.

_ Eu só peço que não se arrependa das suas decisões sobre a Molly ! - diz e se levanta _ O arrependimento vem sempre depois . Eu já vou, nos vemos amanhã .

_Tchau !- falo sem olhar pra ele . Oiço a porta bater e finalmente largo os papéis e suspiro frustrada passando as mãos no rosto .

Eu não vou me arrepender de nada, disso eu tenho certeza.

Duas semanas depois _ Dia do casamento.

É hoje o dia em que irei me casar com a filha do filho da puta . Tomo um banho gelado e faço a barba , afinal de contas é o meu casamento né.

Depois de vestido devidamente , fico esperando a noiva perto da porta do elevador , já que isso não seria um casamento normal, ela só teria que falar sim e assinar a droga dos papéis então pra quê um vestido de noiva extravagante.

Quando vejo que a porta do elevador se abrem , olho para a baixinha bunduda que saí dele caminhando com um certo temor .

Ela tá indo ao velório !

Sorrio internamente, essa menina ama me tirar do sério.

Seu estilo gótico de hoje só a tornou ainda  mais fofa !

°°°
Depois do casamento- velório, todo mundo volta ao trabalho e eu vou para o escritório. Clara estava feliz , sei disso por conta dos seus sorrisos enquanto trocavamos as alianças. Sei que minha irmãzinha não teve muito contacto com uma figura maternal e isso a faz ficar triste na maioria das vezes .

Clarinha já chegou da escola chorando porque os colegas faziam bullying com ela só por ser órfã. Tem dias que ela diz que eu sou seu pai  mas ela não tem uma mãe e por isso fica triste. Vejo que ela tá se apegando bem a Molly e isso me faz feliz internamente. Quando minha irmã tá feliz , eu tô feliz .

°°°

Minha adorada esposa pensou que não teria castigo depois do seu lindo show , sei que não é caso pra muita coisa mas ela tem que aprender que eu é que mando nessa merda , sou eu quem dita as regras , e ela não pode me desobedecer em momento algum .

Agora aqui estou eu , olhando ela me xingando dentro da cabine que mandei ser exclusivamente construída pra torturar pessoas com mentes fracas ( o caso da minha querida esposa ) . Claro que não a matarei afogada em sangue de porco é só mais um aviso, acho que depois dessa ela nunca mais irá me desobedecer.

Quando vejo que o sangue já está quase enchendo a cabine envio uma mensagem automática e a cabine para de encher e as portas são abertas expulsando Molly que cai no chão tossindo enquanto tremia freneticamente. O sangue vai para o ralo não sujando muito o piso do porão.

Me aproximei dela sem me importar em sujar os meus lindo sapatos e me agacho até ficar de sua altura ( mesmo agachado só mais alto que ela).

Ela tão bonita coberta de sangue !

_ Dá próxima não será tão leve assim . Isso só foi um aviso minimalista !- me levanto _ Agora vai ficar aqui refletindo um pouco .

Saiu do porão e tiro meus sapatos dando pra uma das empregadas limpar . Vou para o quarto e tomo um banho de água gelada. Me atiro na cama e durmo feito um bebê.

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Espero que gostem..

Meta : 15 comentários e 15 votos( lembrando que se não comentarem os capítulos a seguir não serão liberados)

Desculpe qualquer erro ortográfico.

Beijos 😚