Capítulo 17 - Medida drástica

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Lee Na

O estrago estava feito, não tinha o que remediar quanto a isso, pelo menos não àquela hora da madrugada.

Han e eu ficamos em silêncio enquanto aguardávamos nossas respirações normalizarem, ambos repentinamente acanhados pelo contexto inesperado. Eu não sabia o que pensar ou o que sentir a respeito do que se sucedera ali, e isso era extremamente contrastante com as sensações e emoções que eu estava tendo antes - era como se um pequeno deslize tivesse sido capaz de acabar com uma festa inteira em questão de segundos.

Após restabelecer o fôlego perdido, ele apoiou as mãos sobre o colchão, uma de cada lado do meu travesseiro, para poder tomar impulso e me olhar de cima.

- Lee Na... me desculpe... - pediu, fitando-me nos olhos, com uma expressão levemente torturada em seu rosto.

Eu fiquei apenas o encarando, enquanto minha mente ainda tentava processar o que tinha acabado de acontecer.

- É sério, me perdoe - disse meu cunhado.

Sem pensar direito, respirei fundo antes de lhe dar uma resposta.

- Vai ficar tudo bem - falei apenas, pois não tinha tido tempo suficiente para assimilar a situação. - Não se preocupe.

- Vai? Isso quer dizer que você faz uso de contraceptivos?

Fiz que não com a cabeça.

- Seungmin nunca exigiu isso de mim - expliquei -, ele diz que a proteção é por conta dele.

Han baixou o olhar, parecendo ainda mais constrangido consigo mesmo depois de escutar aquilo, afinal, querendo ou não, seu irmão mais novo poderia lhe dar uma aula de como um homem deveria se portar com uma mulher nesse sentido, meu marido nunca havia me faltado com o cuidado, ele sempre tinha se precavido sexualmente para que eu não tivesse que me preocupar com nada.

- Eu sinto muito - reforçou Han mais uma vez.

- Eu já disse que está tudo bem, eu vou dar um jeito nisso.

- Eu não queria te colocar nessa posição, realmente não era a minha intenção.

- Você já está me deixando desconfortável... e essa noite era para ser legal. Podemos deixar isso de lado?

O semblante de meu cunhado continuava pesado e eu comecei a pensar se ele realmente estava apreensivo pelo problema que poderia ter gerado para mim ou se na real estava aflito por si próprio, que aquele vacilo lhe surtisse algum revés.

- Você pode parar com essa cara, porque não vai ter nenhum Felix para você cuidar, okay? - falei, tentando brincar minimamente para descontrair o seu ânimo.

- Felix?

- Na outra noite você me perguntou que nome eu daria a um filho e eu fiquei pensando nisso depois, e decidi que seria Felix.

- É um nome bem criativo, mas ia ser difícil para pronunciarem nas escolas daqui.

- Que bom que eu moro nos Estados Unidos então.

- Oh, é verdade. Para mim, já parece que vocês estão há muito tempo conosco e na verdade nem faz tanto assim.

Era impossível não deixar minha mente devanear em cima do que aconteceria se de fato eu engravidasse do meu cunhado... ele já tinha uma família, não poderia assumir o meu filho também, fora que eu seria uma pária na sociedade e acabaria mal vista por ter sido a mulher a seduzir um pai de família, além do caos que esse caso invocaria ao nosso redor, pois a esposa dele e o meu marido certamente perderiam as cabeças conosco.

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