Capítulo 18 - Até logo

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Hyunjina

Retornei rapidamente para dentro do quarto, fechando a porta de súbito atrás de mim, e por conta daquele alvoroço repentino, meu marido, que estava sentado sobre a nossa cama, olhou para mim com curiosidade.

- O que aconteceu? Você saiu por um minuto e já voltou, está tudo bem? - perguntou ele.

- Acho que o seu irmão e a esposa finalmente se resolveram - informei.

- O quê? Por que você acha isso?

- Eu acabei de flagrar os dois saindo de roupão e toalha do banheiro, aparentemente estavam tomando banho juntos, o que não é muito apropriado para esta casa, mas se pelo menos serviu para fazerem as pazes...

- Eles estavam tomando banho juntos? - perguntou-me de volta. - Tem certeza?

- Tenho, os dois tinham acabado de sair do banheiro, além de que, pelas caras, já dava para ver que tinham aprontado e não queriam ser pegos.

- Acho que você está enganada, até ontem eles estavam brigando.

Era naquele ponto que eu queria chegar para ver se Han denunciaria algum ciúme ao tomar nota do meu relato, e apesar de ele estar sendo bastante cauteloso ao me responder, o fato de querer se manter em negação, sem acreditar que o casal pudesse estar voltando a se dar bem, entregava o incômodo que meu marido devia estar sentindo a respeito daquilo, e o seu incômodo me levantava suspeitas.

- Estou te falando, estavam os dois de cabelos molhados, eles tomaram banho juntos e devem ter feito outras coisas também - comentei, insistindo no tópico para ver o que provocaria nele.

- Hum... - retrucou Han, parecendo desgostoso.

- Apesar de não ser adequado, isso tecnicamente é uma coisa boa, pois faz dias que eles têm dormido separados. Então por que você está com essa cara, como se não tivesse curtido a notícia?

- Justamente pelo que você acabou de falar. Se eles realmente fizeram isso, é porque se acham no direito de usurpar um cômodo da nossa casa para suas libertinagens.

- Você está soando muito mais comigo do que consigo mesmo.

- E isso não é uma coisa boa? Eu estou do seu lado.

- Perdê-lo como meu contraponto não é bom, nós somos o equilíbrio um do outro com nossas opiniões avessas. Normalmente você diria: "deixe eles se divertirem, já estão indo embora mesmo".

- Mas, pelo jeito, você já assumiu esse discurso, não é? Então continuo sendo seu contraponto ao criticar esse atentado ao pudor em nossa casa.

Ele era esperto afinal, conseguia contornar facilmente tudo que eu argumentava, sem expor o real motivo daquele assunto tê-lo aborrecido - pelo menos era o que eu achava, levando em consideração minha desconfiança.

- Então você pretende repreendê-los? - perguntei.

- Com que cara eu faria isso?

- Essa cara de desgosto que você ostenta agora, está ótima.

- Eu não estou com cara de desgosto - retrucou, pegando o celular sobre a cama e mexendo nele, tentando encerrar o papo, com a desculpa de se distrair com outra coisa.

- Não está difícil de ler? - indaguei.

- Ãhn?

Tirei os óculos dele do meu bolso e os estendi para que pegasse.

- É melhor limpá-los - avisei.

- Oh, você os achou. Onde estavam?

Eu sorri, tentando fingir casualidade ao escutar a sua pergunta, pois não conseguia distinguir ainda se Han estava sendo dissimulado ou simplesmente era tão esquecido, que nem tinha reparado ter perdido os óculos pela casa.

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