Capítulo 47 - Faça-se minha, o tempo todo

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Seungmin

Eu não tinha como saber que Lee Na andaria na linha, pois mesmo que ela se mostrasse mais fiel ao nosso casamento naquela segunda ida para a Coreia, já tinha um tempo que eu decidira não apostar mais todas as minhas fichas nela, e era por esse motivo que eu não me sentia mal em ainda estar investindo em Hyunjina.

Prontifiquei-me em esvaziar o porta-malas do Porsche quando decidimos partir da casa de meu irmão, para poder remover os presentes que eu tinha comprado para minha cunhada e que ainda estavam estavam ali. Entreguei as sacolas para Jina, enquanto Lee Na continuava no quarto a ajeitar sua mala.

- Espera - falei, parando minha cunhada antes que ela voltasse para dentro de casa -, eu quero ficar com essa aqui.

- Essa aqui? - indagou, passando de volta para mim a sacola cujo conteúdo era vestido que ela experimentara. - Por quê?

- Para me lembrar daquele dia. Pode ser que um dia você peça o resgate dela também, nunca se sabe... 

Hyunjina riu.

- Está bem, terei isso em mente.

Guardei a sacola no fundo do porta-malas e fiz questão de ser a pessoa a colocar ambas as malas no carro, só para não correr o risco de Lee Na perguntar a respeito. Na sequência disso, partimos dali para a nossa nova casa.

Nas primeiras duas semanas que se passaram, mantive contato com Hyunjina por mensagens de texto, Lee Na ainda estava se habituando ao novo espaço e à escolha que havia feito, e, querendo ou não, eu ainda tinha que acertar muitas contratações para a casa, e a decisão dos profissionais e o período de teste dos mesmos daria algum trabalho.

Quando tudo começou a se acertar e Lee Na parecia minimamente conformada com sua nova sina, senti que poderia me dar um tempo para respirar, por isso aproveitei e liguei para Jina no início de uma das tardes que saí de carro para trabalhar, tentando ver se ela aceitava receber uma visita rápida antes do horário da minha primeira negociação do dia.

- Nossa, Minnie, parece que já faz um mês que eu não te vejo - disse minha cunhada ao abrir a porta de casa para mim, demorando mais do que eu esperava em um abraço.

- Bom, faz quase isso - comentei -, é bastante tempo mesmo.

- Como você está? - perguntou-me, fechando a porta após entrarmos e esperando que eu tirasse os sapatos para acompanhá-la até a sala de estar.

- Eu estou bem, só tive que lidar com burocracias da casa nessas últimas semanas, mas está tudo andando como deveria. Lee Na e o bebê também estão bem. Curiosamente, ela não ficou brava de ter que permanecer na Coreia.

- É claro que não ficou, aquela casa deve ser um sonho para ela - disse Jina, sentando-se no sofá e eu fiz o mesmo ao alcançá-la.

Lembrei das vezes em que Hyunjina havia me alertado que minha esposa devia ser interesseira e supus que a sua visão dela não havia mudado.

- E por aqui? - questionei. - Você e meu irmão...

- Está tudo na mesma. 

- Isso é... bom ou ruim?

- Sinceramente... eu já nem sei mais.

- Mas vocês pareciam mais entrosados no nosso último dia aqui.

- É, eu sei, mas nada entre mim e Han consegue se manter constante atualmente, mesmo que seja desanimador de admitir, a nossa chama se apagou, o nosso tempo já se foi. Eu o perdoei pelo que fez, mas isso não muda o que eu senti ao ter descoberto.

- Eu não posso dizer que sinto muito, noona, porque eu realmente não sinto nada pelo meu irmão e é ele quem sai perdendo nesse caso. Mas eu lamento que você não esteja pronta para deixar essa vida.

SKZ FamilyWhere stories live. Discover now